Um novo estilo de vida e mobilidade que vai de encontro aos interesses do clima e de otimização dos impactos globais. As motos e bicicletas elétricas que viraram febre em Niterói, cidade conhecida por ser uma das maiores em construção de ciclovias, poderão fazer parte de um projeto sustentável na cidade. Com baterias de lítio usadas em veículos totalmente elétricos que podem chegar até 80km por hora, a substituição do combustível fóssil pelos motores elétricos na mobilidade urbana faz este novo estilo de vida ser mais sustentável e até 90% mais econômico que os tradicionais.
O especialista no assunto, Davi Souza, que é sócio-diretor da Ventane Motors explica que o novo modelo de mercado em mobilidade urbana fala diretamente com a economia azul, a agenda climática e a cultura ESG (Environmental, Social and Governance), que na tradução refere-se a Ambiental, Social e Governança. Em abril deste ano, a empresa adquiriu 10 créditos de carbono azul capturadas por macroalgas marinhas da espécie kappaphycus alvarezii, que são uma das principais fontes de neutralização do carbono.
Crédito: Conecta Comunicação
“Tivemos o cuidado de contratar uma empresa especializada em negócios sustentáveis, para fazer o levantamento da nossa pegada de CO2, e após calcular a emissão estimada para toda a nossa operação em 2023, uma segunda empresa parceira após a certificação, cuida do manejo através da secagem e micronização da biomassa destinando o material reduzido para parceiros da agricultura”, explicou o empresário.
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Nas regiões metropolitanas em especial, o transporte é um dos maiores emissores de carbono, de acordo com o que explicou o Secretário Municipal de Clima, Luciano Paez, Ambientalista e doutorando em Geografia. “Niterói foi a primeira cidade do Brasil a estruturar uma secretaria de governo para o enfrentamento das mudanças do clima em nível local. Investir em uma mobilidade cada vez mais sustentável é a nossa meta e ter empresas sensíveis a esta pauta, que se esforçam nesta construção é fundamental”, parabenizou o secretário.
A marca também já garantiu o Selo Niterói Amigo da Bicicleta, criado pela Coordenadoria Niterói de Bicicleta e já se propõe a ser parceira de um projeto piloto da cidade para que se tenham bicicletas elétricas compartilhadas, mas os detalhes ainda serão alinhados nos próximos meses com as autoridades locais.
Entre o público, estão homens e mulheres com idades entre 15 e 60 anos, além dos mais idosos e pessoas com deficiência (PCD), que se dividem com os modelos apropriados para cada estilo e necessidade. As bikes dobráveis atendem a quem sai de Niterói com destino ao Rio de Janeiro, podendo transportar nas barcas e catamarãs, enquanto os modelos com acento regulável e rodas traseiras adicionais que impedem o capotamento, são as mais indicadas para idosos e cadeirantes, por exemplo.
O Código de Trânsito Brasileiro prevê a obrigatoriedade da Carteira Nacional de Habilitação para alguns modelos, como os ciclomotores e motonetas e determina a proibição de trafegar em rodovias que não tenham acostamento ou faixa de rolamento própria, conforme o artigo 244 do CTB.
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“Posso dizer que fomos agraciados pela cultura sustentável de Niterói. Procuramos uma cidade para ser sede e nos encontramos com as políticas positivas e ações efetivas de incentivo à cultura cicloviária, ciclomobilidade e a agenda climática, através da Secretaria Municipal do Clima. Podemos dizer que Niterói nos acolheu”, finalizou Davi.