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Terapia gênica: fundamentos, aplicações atuais e projeções científicas

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Crédito:Bevan Goldswain/iStock
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Embora ainda esteja em fase de desenvolvimento para muitas aplicações, a terapia genética já representa um marco na medicina moderna 

 

No transcorrer do tempo, a medicina enquanto ciência evoluiu significativamente, especialmente do início do século XX até os dias atuais. A terapia genética, também conhecida como terapia gênica, é um traço desse processo de desenvolvimento histórico. Esse tipo de terapia consiste em uma técnica biomédica utilizada para modificar os genes de determinados indivíduos, com o objetivo de prevenir ou tratar doenças. 

 

Na história, o primeiro teste clínico compreendido como bem-sucedido com a terapia genética foi divulgado no ano de 1990, sendo aplicada em uma paciente que nasceu com um tipo de erro inato do metabolismo, nos Estados Unidos. A partir desse feito, muitos avanços ocorreram no tratamento, de modo que, em 2020, foi autorizado o primeiro tratamento com essa tecnologia em território brasileiro. 

 

Quais são os tipos e como funciona a terapia genética?

 

Em suma, essa técnica consiste na introdução de um gene sadio no organismo, considerado gene de interesse. Esse gene fica localizado em uma molécula de DNA ou RNA que deve ser introduzida em um determinado organismo. Todavia, é importante saber que o DNA dificilmente pode ser introduzido em um organismo. Desse modo, é preciso existir um carregador que faça esse transporte até o seu destino, chamado de vetor. 

 

Esses vetores podem ser vírus ou plasmídeos. A introdução do gene, portanto, pode ser realizada de forma in vivo ou ex vivo. A primeira é considerada mais eficiente, porém é preciso garantir que o gene chegue realmente ao seu destino. Na segunda, retiram-se as células do indivíduo, que passam por processo de modificação e são reintroduzidas. É um método mais difícil, mas muito mais fácil de controlar. 

 

No que diz respeito aos tipos de terapia genética, há a técnica germinativa e a somática. A germinativa baseia-se na introdução dos genes no zigoto, célula resultado da fecundação, ou não óvulos e espermatozoides. 

 

A somática refere-se à introdução do gene em células somáticas, ou seja, aquelas que não são germinativas. As células somáticas compõem a maior parte do organismo. Por esse motivo, essa técnica é a mais utilizada e não há transmissão de genes para os descendentes, diferentemente do que ocorre na germinativa.

 

É importante enfatizar que a terapia genética promete ainda mais avanços. Por exemplo, o uso de tecnologias como CRISPR-Cas9, capaz de editar determinados trechos do DNA, está sendo aprimorado por uma série de pesquisadores, com a finalidade de possibilitar tratamentos personalizados com menos efeitos colaterais e menos invasivos. 

 

A tendência da faculdade de medicina, através do acompanhamento dessas inovações científicas e epistemológicas, é incorporar em sua grade curricular temas ligados a biotecnologia, bioética e genética aplicada. Em muitas instituições, os estudantes já discutem em sala de aula casos clínicos envolvendo terapia gênica, além de aprenderem os fundamentos moleculares que embasam esses tratamentos.

 

No fim, a terapia genética está redesenhando os horizontes da medicina contemporânea. A tendência é que, a partir do avanço tecnológico, esse procedimento seja cada vez mais aperfeiçoado. 

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