Como começar, o que comer e como fazer a transição para uma alimentação consciente e saudável
As pessoas estão se preocupando cada vez mais com seus hábitos alimentares e priorizando um estilo de vida mais saudável. O vegetarianismo é um exemplo de alimentação consciente que, além de ser benéfica para a saúde do corpo, é boa para o meio ambiente, para os animais e para a sociedade como um todo.
Um relatório da American Dietetic Association, fundamentado em mais de 200 estudos sobre a dieta vegetariana, constatou que a prática contribui para a prevenção de doenças cardiovasculares, alguns tipos de câncer e derrames.
O percentual de brasileiros declarados vegetarianos vem crescendo ao longo dos anos. Entre 2012 e 2018, houve um crescimento de 75% da população que não consome proteína animal, segundo dados do IBOPE.
Em 2021, de acordo com a Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), 46% das pessoas que participaram do levantamento afirmaram que deixaram de comer carne, pelo menos, um dia por semana.
Já o The Good Food Institute Brasil (GFI Brasil) apurou que o consumo de carne bovina, suína, de frango e de peixe diminuiu 67% em 2022, em relação ao ano anterior. A instituição estima que esse número tende a reduzir em mais 47% em 2023.
Diante desses dados e das dúvidas em relação ao tema, é importante nos manter informados e cientes de que a mudança dos hábitos pode ser desafiadora, mas, se o seu objetivo for reduzir ou suspender o consumo de carne, algumas sugestões podem facilitar o processo e tornar a transição mais saudável. Confira abaixo:
Dicas para adotar uma alimentação vegetariana
Antes de mudar seu cardápio, é importante consultar um nutricionista para que ele oriente a melhor maneira de adequar a dieta ao que o seu corpo precisa, com refeições ricas em nutrientes e, se necessário, o consumo de suplementos para complementar as vitaminas essenciais.
A alimentação, geralmente, é baseada em cereais integrais, leguminosas, verduras, frutas e gorduras saudáveis. Tirar a carne de uma vez pode ser muito radical, então comece gradativamente e aos poucos. Deixe as opções que você mais gosta para o final.
O segredo é fazer uma substituição sem déficit proteico e com uma variação de alimentos e modos de preparo. A proteína animal pode ser trocada por alimentos como feijão, lentilha, grão-de-bico, ervilha e hortaliças verdes escuras, como brócolis, couve, espinafre e rúcula.
Outra dica é adaptar suas receitas favoritas e descobrir novas formas de se alimentar, seja em refeições completas ou com snacks para o dia a dia, como chips de batata-doce e mandioquinha, biscoitos de arroz, entre outras opções.
Comece visitando restaurantes de culinária vegetariana e organizando sua alimentação em casa. Encontre um equilíbrio que seja bom para você.
Atente-se aos rótulos, pois muitos produtos dizem ser vegetarianos ou veganos, mas, muitas vezes, podem ter algum componente de origem animal disfarçado. Então pesquise e informe-se corretamente em fontes confiáveis.
Vale ressaltar que contar com uma rede de apoio sólida e traçar um objetivo bem definido é muito importante, caso aconteça algum deslize, assim você não irá se culpar tanto.