Home Estilo e Vida Comportamento Sobreviventes da tragédia de Capitólio podem lidar com estresse pós-traumático, explica especialista
Comportamento

Sobreviventes da tragédia de Capitólio podem lidar com estresse pós-traumático, explica especialista

Envie
Default Featured Image
Envie

A tragédia que ocorreu em Capitólio, deixando dezenas de mortos e desaparecidos, abalou o país. O deslizamento de um paredão de cânion no lago de Furnas, em Minas Gerais, foi responsável por atingir lanchas com turistas que exploravam o local no momento do acidente. Em vídeos divulgados nas redes sociais é possível ver o desespero de pessoas momentos antes da queda do paredão, tentando alertar os turistas que estavam nas lanchas mais próximas do local do acidente. Infelizmente, os gritos de alerta não foram suficientes para evitar a tragédia.

De acordo com especialista, os momentos de tensão vividos no local podem deixar marcas profundas nos sobreviventes. O médico psiquiatra Ervin Cotrik, especialista em Terapia Cognitiva Comportamental, explica que eventos como esse podem gerar o chamado transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). “Como o próprio nome diz, é um transtorno de ansiedade desenvolvido em pessoas que passaram por situações assustadoras, violentas e traumáticas que apresentaram risco à sua vida ou à de terceiros. O TEPT atinge cerca de 20% das pessoas que passaram por algum tipo de situação como essas”, disse.

O transtorno pode gerar sintomas físicos e psíquicos como lembranças intrusivas angustiantes, recorrentes e involuntárias do evento traumático; sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo e/ou o sentimento do sonho estão relacionados ao evento. “Os indivíduos também podem apresentar reações dissociativas como flashbacks nas quais ele sente ou age como se o evento estivesse ocorrendo novamente, comportamentos de esquiva como  evitar situações e atividades que trazem as recordações do ocorrido, bem como ficar em constante alerta e estado emocional negativo persistente”, explica Ervin.

O diagnóstico e tratamento da doença são feitos por um psiquiatra, de acordo com a identificação do evento e os sintomas apresentados pelo paciente. Ervin afirma que o tratamento ajuda a controlar os sintomas e é feito através da psicoterapia, terapia cognitiva comportamental e medicação, quando necessário. “É um tratamento multidisciplinar que vai ajudar a reduzir sintomas e manter a saúde emocional controlada. O apoio da família e a ajuda profissional são imprescindíveis nesse processo”, finaliza.

Dia da Amizade: psicóloga perinatal fala sobre como laços afetivos acolhem na maternidade

Dia da Amizade: psicóloga perinatal fala sobre como laços afetivos acolhem na maternidade

Leia Mais
A transformação da amizade na era digital

A transformação da amizade na era digital

Leia Mais
Conexão emocional impulsionou 60% das marcas que superaram metas de receita, aponta estudo

Conexão emocional impulsionou 60% das marcas que superaram metas de receita, aponta estudo

Leia Mais
Geração prateada redesenha o lar: menos espaço, mais liberdade

Geração prateada redesenha o lar: menos espaço, mais liberdade

Leia Mais
A psicóloga e palestrante Lindiana Fontenele, especialista em Saúde Mental e Terapia Cognitivo-Comportamental, lança o livro “Transforme sua Vida com o Poder da Mente”, pela Editora  Life

A psicóloga e palestrante Lindiana Fontenele, especialista em Saúde Mental e Terapia Cognitivo-Comportamental, lança o livro “Transforme sua Vida com o Poder da Mente”, pela Editora  Life

Leia Mais
Envie