Governo projeta pagamento em quatro parcelas, entre março e junho
O Governo Federal estuda a concessão de um novo auxílio emergencial à população para suprir a falta de empregos e a impossibilidade de trabalho em meio à pandemia. Durante a semana, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que está “quase tudo certo” após uma reunião entre os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o ministro da Economia, Paulo Guedes.
A proposta do governo é oferecer parcelas de R$ 250 durante quatro meses, entre março e junho, a fim de combater os efeitos econômicos causados pela pandemia. De acordo com Lira, também é discutida a criação de um novo programa de distribuição de renda e a PEC Emergencial, considerada prioridade da gestão federal desde a aprovação da reforma da Previdência e que, agora, foi modificada para viabilizar o auxílio.
Apesar disso, a PEC Emergencial não determina as regras para a concessão do novo auxílio, como quem terá direito ou as formas de pagamento. Para isso, outro Projeto de Lei ou Medida Provisória deverão ser propostos pelo governo e encaminhados ao Congresso.
“O auxílio emergencial movimenta a economia local. Está quase tudo certo; teve uma reunião de três horas ontem à noite aqui”, citou Bolsonaro para apoiadores na manhã seguinte à reunião, na saída do Palácio da Alvorada. Segundo ele, o valor discutido está “acima da média do Bolsa Família, que é de R$ 190”.
Impacto do auxílio no bolso dos brasileiros
O auxílio emergencial pago pelo governo em 2020 ajudou a retirar parte da população da extrema pobreza, que, em 2019, era de 10,97% e, em agosto de 2020, de 4,52%. No levantamento da FGV (Fundação Getúlio Vargas), em fevereiro de 2021, dois meses após o fim do pagamento, o percentual subiu para 12,83%, com 27,2 milhões de brasileiros na extrema pobreza.
De acordo com o IBGE, a condição é atribuída aos cidadãos que dispõem de menos de US$ 1,90 por dia, o que equivalia a, aproximadamente, R$ 151 mensais em 2019, quando a última análise do instituto foi realizada.
Auxílio para o pagamento de dívidas
Ainda que o auxílio seja destinado às parcelas mais pobres da população brasileira, entre desempregados e autônomos, há quem possa utilizar o recurso para realizar pagamentos atrasados, além do uso básico da alimentação.
Para essas pessoas que não estão na extrema pobreza e conseguem, com o auxílio, complementar a renda, há formas de organizar a vida financeira com esses valores. Assim, é importante tentar renegociar dívidas antigas e enxugar os gastos mensais não essenciais, como academia e serviços de streaming não utilizados. Depois disso, quando receber as parcelas do auxílio, deve-se quitar já qualquer possível pendência desses débitos em aberto.