Economia
Mercado Imobiliário projeta crescimento de 10% em 2021
O ano de 2021 não começou como o esperado no Brasil, visto que ainda não existe uma perspectiva concreta em relação à pandemia de Covid-19 e à recuperação econômica do país. Neste cenário, pode-se contar, porém, com uma boa notícia: os setores de construção civil e imobiliário têm previsão de que o ano seja muito positivo. Para o consumidor, a possibilidade de comprar um imóvel se torna mais viável, seja para investir e ter mais segurança, seja para realizar o sonho da casa própria. Para a população, sendo a construção um dos setores que mais gera empregos e renda, fica a possibilidade de um cenário econômico mais favorável com o bom desempenho desse segmento.
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, já apontou que a projeção para esse ano para o setor de construção é um crescimento em torno de 4%, sendo que especificamente no mercado imobiliário, essa projeção é de um incremento na faixa de 10%.
Segundo dados dos Indicadores Imobiliários Nacionais da CBIC, na região Nordeste, houve um aumento de 49,7% de unidades vendidas na comparação do 3º trimestre de 2020 com o mesmo período de 2019. A pesquisa mostrou ainda que 46% dos entrevistados têm a intenção de comprar um imóvel nos próximos dois anos
A JVF Empreendimentos é um exemplo de uma empresa baiana que aposta no crescimento. A diretora Juliana Oliveira afirma que o ano de 2021 começou muito bem, em grande parte pelo bom desempenho do último trimestre de 2020.
“O mercado, que historicamente tem uma flutuação negativa no período de festas, diante da pandemia, se viu em franca retomada. Vendemos mais no último trimestre do ano passado que na soma de todos os anos anteriores no mesmo período”, revela.
Confiança e otimism
Juliana aponta que, apesar do cenário econômico ainda incerto, 2021 deve ser bom para o setor de construção e imóveis, e que a JVF está muito confiante e otimista. Alguns fatores indicam que há razões para essa boa perspectiva.
“O mercado cresceu muito, a oferta de crédito se manteve e as incorporadoras estão tirando da gaveta todos os projetos que ficaram em stand by por conta da pandemia. Por isso, 2021 se aventa como um bom ano para o segmento”, salienta
Na análise da conjuntura, a queda da taxa de juros, que atingiu seu menor percentual em 2020, é um fator que beneficia quem busca financiamento, e essa modalidade de compra representa um montante muito alto das negociações imobiliárias no Brasil. Isso tem aquecido o mercado, pois, com juros menores, o comprador pagará menos pelo valor total do financiamento.
Além disso, os bancos privados entraram fortemente no mercado com ofertas de financiamentos imobiliários atrativos. Os bancos públicos, em especial a Caixa Econômica, sempre tiveram as melhores condições, mas com juros reduzidos, as ofertas de outras instituições bancárias foram ampliadas e isso também dá mais opções ao consumidor.
O desejo de morar bem
A necessidade de isolamento social, que neste momento se faz novamente presente, também despertou no brasileiro, mais do que nunca, o desejo de se sentir bem em sua casa.
“Sem sombra de dúvidas, com o confinamento, as pessoas sentiram ainda mais as dores que já tinham sobre seus lares, e esse aumento no desconforto, diminuiu a jornada de compra. As pessoas precisam morar melhor, terem espaços bem divididos, já que o home office é uma realidade e até o homescholling. E isso pode permanecer para além da pandemia, pois ela acelerou uma tendência”, analisa Juliana.
Lançamentos e planos
Diante deste cenário, a JVF pretende dar andamento em 2021 às suas projeções de expansão. A construtora já está desenhando um novo projeto, que deve ser lançado em abril. Mantendo-se um cenário positivo para o mercado imobiliário, a empresa irá lançar mais um empreendimento no segundo semestre do ano. A atenção para pontos que podem impactar o mercado, porém, é redobrada.
“Existem fatores que merecem atenção. No passado, a Covid-19, o fechamento de atividades não essenciais e a instabilidade da moeda foram fatores que tiveram impacto e ainda podem ter neste ano. Tivemos ainda um desabastecimento de fornecedores, problemas na redução da escala de trabalho e clientes que, no primeiro momento, recuaram da decisão da compra por medo do desemprego”, conta a diretora da JVF.
Construção e empregos
Dados do novo Caged, do Ministério da Economia, apontam que a Construção Civil, em 2020, foi um dos setores que mais gerou novas vagas com carteira assinada no País. No total, foram contabilizados 112.174 novos postos de trabalho formais no setor, resultado da diferença entre 1.570.835 admissões e 1.458.661 demissões.
Os três grandes segmentos do setor apresentaram números positivos. A construção de edifícios foi responsável por 27.248 novos empregos, enquanto obras de infraestrutura geraram 47.357 novas vagas e serviços especializados para a construção criam 37.569 empregos.
Economia
Receita exige CPF de cotistas em fundos de investimento a partir de 2026
A Receita Federal tornará obrigatória, a partir de 1º de janeiro de 2026, a identificação por CPF de todos os cotistas finais de fundos de investimento — medida voltada ao combate à lavagem de dinheiro, pirâmides financeiras e ocultação de patrimônio.
Destaques:
- O que muda com a nova regra da Receita Federal
- Como funcionará o formulário digital de beneficiários finais
- Quem está obrigado — e quem está isento
- Impacto na fiscalização e lições da Operação Carbono Oculto
A partir de 1º de janeiro de 2026, o anonimato em fundos de investimento chega ao fim. A Receita Federal publicou nesta sexta-feira (31) uma instrução normativa que obriga administradores a informar o CPF dos cotistas finais — ou seja, das pessoas físicas que efetivamente detêm, controlam ou se beneficiam dos investimentos.
A medida, anunciada pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad, visa aumentar a transparência do sistema financeiro e dificultar o uso de estruturas complexas para esconder origens ilícitas de recursos. “Agora, todos os fundos vão ser obrigados a dizer até o CPF. Se for um esquema de pirâmide, você vai ter que chegar no CPF da pessoa”, afirmou Haddad em entrevista coletiva em São Paulo.
Ferramenta digital centraliza dados
Para cumprir a nova exigência, será implantado o Formulário Digital de Beneficiários Finais (e-BEF) — uma plataforma eletrônica em que instituições financeiras e administradores de fundos deverão registrar os dados dos verdadeiros titulares dos ativos. O formulário poderá ser pré-preenchido com informações já existentes na base da Receita, facilitando a adesão.
As informações coletadas serão integradas ao Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e cruzadas com outras bases públicas, como as do Banco Central e do Coaf, ampliando o poder de fiscalização. A Receita também passará a receber mensalmente os relatórios 5.401 e 5.402, que detalham cotistas, patrimônio líquido e número de cotas — dados antes restritos ao BC.
Quem precisa cumprir — e quem não precisa
A obrigatoriedade atinge sociedades civis e comerciais, associações, cooperativas, fundações inscritas no CNPJ, além de fundos de investimento no Brasil e no exterior que operem no país. Entidades estrangeiras sem influência significativa em empresas nacionais também deverão declarar seus beneficiários.
Estão isentos:
- Empresas públicas e sociedades de economia mista
- Companhias abertas e suas controladas
- Microempreendedores individuais (MEIs)
- Sociedades unipessoais
O prazo para adequação é de 30 dias após a entrada em vigor da regra para cada grupo. Quem descumprir pode ter o CNPJ suspenso, contas bancárias bloqueadas e sofrer multas.
Lições do combate ao crime financeiro
A iniciativa nasce diretamente das investigações da Operação Carbono Oculto, deflagrada em 2025 na Avenida Faria Lima (SP), que apurou lavagem de dinheiro por meio de fundos exclusivos. “Pessoas que fazem as coisas licitamente acabam se misturando com pessoas que têm fachada bonita, mas por trás há crime organizado da pesada”, alertou Haddad.
O ministro reforçou que a medida faz parte de um esforço mais amplo contra a sonegação fiscal e o capital ilícito, que também inclui o combate a criptoativos não declarados e fundos offshore. “Estamos combatendo isso desde que chegamos, dando transparência, cobrando imposto e fazendo a pessoa colocar o CPF para sabermos quem é”, disse.
Com essa mudança, o Brasil alinha-se a padrões internacionais de conformidade tributária e combate ao financiamento do crime — e, diga-se, dá um passo decisivo para separar o trigo do joio no mundo dos investimentos. Afinal, transparência não é burocracia: é proteção ao cidadão honesto.
Economia
Novo limite para saque-aniversário do FGTS entra em vigor
Trabalhadores terão limites de valor e prazo para antecipar parcelas; governo visa proteger poupança em caso de demissão e preservar fundo para habitação.
Destaque:
· Limites de valor e número de parcelas
· Objetivo: proteger trabalhador e recursos do FGTS
· Como fica a adesão e a antecipação
As regras mais restritivas para o saque-aniversário do FGTS entram em vigor a partir deste sábado (1º). A mudança, aprovada pelo Conselho Curador do FGTS e implementada pela Caixa, estabelece um teto para antecipações — com impacto direto para os 21,5 milhões de trabalhadores (51% das contas ativas) que já aderiram à modalidade.
A principal novidade são os limites contratuais. Agora, cada parcela antecipada deve ficar entre R$ 100 e R$ 500. No primeiro ano, é possível antecipar até cinco parcelas (R$ 2,5 mil no total). A partir de 2026, o máximo cairá para três parcelas anuais (R$ 1.500). Além disso, o trabalhador terá de esperar 90 dias após a adesão para solicitar o empréstimo e só poderá fazer uma operação por ano.
O governo justifica a medida como uma proteção ao trabalhador. A antiga flexibilidade, sem limites, levava muitos a comprometerem todo seu saldo futuro. Em caso de demissão, ficavam sem o amparo do FGTS — que continuava bloqueado como garantia para o banco. “O trabalhador, ao ser demitido, muitas vezes se vê sem recursos”, explicou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
A medida, diga-se, também busca blindar os cofres do FGTS. O fundo, que movimentou R$ 52,3 bilhões em financiamentos habitacionais no primeiro semestre, via sua capacidade de investimento ameaçada pelo volume de antecipações. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a classificar a prática anterior como “uma das maiores injustiças contra o trabalhador”.
Para o segurado, a recomendação é reavaliar a adesão. A opção pelo saque-aniversário — feita via aplicativo ou agências da Caixa — significa abrir mão do saque integral na demissão sem justa causa, mantendo apenas o direito à multa rescisória. Com as novas regras, a antecipação deixa de ser uma fonte ilimitada de crédito para se tornar uma opção pontual e controlada.
Economia
Bolsa tem 5º recorde seguido e se aproxima dos 150 mil pontos
O Ibovespa registrou seu quinto recorde histórico consecutivo nesta sexta-feira (31), fechando a 0,51% acima do pregão anterior, aos 149.540 pontos. O otimismo no mercado de ações, que já dura oito pregões, foi impulsionado por uma conjuntura positiva: a entrada robusta de capitais estrangeiros e dados recentes do mercado de trabalho.
Do outro lado, o dólar comercial encerrou o dia praticamente estável, cotado a R$ 5,38. A moeda, no entanto, teve um mês de outubro positivo, acumulando alta de 1,08%. No ano, a divisa mantém uma trajetória de forte queda: 12,94% de desvalorização em 2025, o melhor desempenho entre as moedas latino-americanas.
Cenário externo e interno impulsionam bolsa
Dois fatores centrais explicam o bom humor dos investidores. No plano internacional, o alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China — com um acordo sobre terras raras — aumentou o apetite por ativos de países emergentes, como o Brasil.
Internamente, a publicação da PNAD Contínua pelo IBGE mostrou que a taxa de desocupação se manteve em seu menor patamar histórico, de 5,6%. Esse cenário, diga-se, reduz a probabilidade de o Banco Central (BC) adiar o início do ciclo de cortes da Taxa Selic, o que beneficia investimentos de maior risco, como as ações.
A dinâmica do câmbio e os próximos passos
O mercado de câmbio viveu um dia de volatilidade, com o dólar oscilando entre R$ 5,40 e R$ 5,37 antes de encerrar estável. A pressão veio do último dia útil do mês, utilizado para o fechamento da Taxa Ptax, que corrige dívidas públicas atreladas ao câmbio. No entanto, a entrada de recursos externos durante a tarde ajudou a equilibrar a balança.
Com a série de recordes, a bolsa acumula ganhos de 2,26% em outubro e avança expressivos 24,32% no ano. A pergunta que fica no ar é se o Ibovespa terá fôlego para romper a barreira psicológica dos 150 mil pontos na próxima semana, um patamar que reflete não apenas o capital estrangeiro, mas uma cautelosa esperança na economia doméstica.
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