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Medo da comida? Entenda como lidar com a neofobia alimentar nas crianças

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É totalmente natural a criança não ser receptiva com novos sabores durante a fase de introdução alimentar, mas, e quando vira fobia?

Neofobia alimentar infantil é quando a criança sente medo de um alimento novo. A própria palavra explica o significado – Neo é novo e Fobia é medo. Você conhece alguma criança que rejeita os alimentos que não conhece ou que tenha crises de stress na hora das refeições? O processo da criança não aceitar todos os alimentos no primeiro momento é natural, ainda mais em situações de alimentos não tão atrativos, como legumes e verduras, porém o quadro pode evoluir para um transtorno alimentar.

Geralmente, a neofobia acontece com crianças de 3 a 6 anos, fase após a introdução alimentar. “Esse medo em relação ao alimento impede que ela o segure na mão, sinta o cheiro e até mesmo o gosto. Ela tem medo de qualquer contato com a comida.  Ela só vai aceitar o alimento quando sentir segurança e confiança”, explica a nutricionista infantil, Camila Garcia.

Segundo a especialista em alimentação infantil, a seletividade alimentar e a neofobia são confundíveis pelos pais já que ambas são transtornos alimentares, nos quais a criança recusa os alimentos. A nutricionista explica que a primeira, é mais fácil de superar e pode aparecer em algumas fases quando a criança não come alguns alimentos. Por outro lado, a neofobia é mais séria, pois a criança realmente tem medo na hora da refeição. O diagnóstico e a ajuda da família são fundamentais para facilitar a reversão dos casos.

“É importante que em ambos os casos os pais não encarem como uma fase e que isso vai passar. Pode até ser uma fase, mas esperar passar sem fazer nada não ajudará a criança. Existe tratamento, mas não será de um dia para o outro que ela vai começar a aceitar os alimentos novos. Exige dedicação, paciência e tempo de toda família”, explica.

Para Camila, o papel da família é fundamental para que não fique nenhum trauma na criança no futuro. “O distúrbio alimentar é tão sério para algumas crianças que elas chegam a ficar traumatizadas, com medo de colher ou sem querer sentar no cadeirão, por exemplo. Por isso é importante não forçá-la a comer. Se isso acontecer e ela comer chorando ou nervosa, ela pode estabelecer uma relação de que comer é ruim e não será saudável para os hábitos alimentares saudáveis que ela deve ter.”, aponta.

Qual a diferença entre seletividade alimentar e neofobia?

A seletividade é quando a criança, por alguma razão, não come um ou mais grupos alimentares. Os 5 grupos alimentares são: proteína, leguminosas, verduras, legumes e carboidrato. De acordo com a nutricionista, o ideal é que o prato da criança contenha um alimento de cada grupo para ser uma refeição completa e balanceada, com todos os nutrientes necessários para o bom desenvolvimento do bebê.

“Antes de qualquer medo, lembre que seu filho pode não gostar de algum alimento, assim como você. A seletividade é não comer uma  grande parte dos alimentos do grupo. Caso ela não coma uma beterraba, por exemplo, mas cenoura, chuchu e abobrinha, ela não é seletiva – apenas possui uma recusa com algum alimento. É preciso observar se a criança tem preferência por alguns alimentos, porque não comer uma grande parte é perigoso”, afirma Camila.

A neofobia é quando a criança não come nada do que ela está mais acostumada. As reações podem ser uma cara feia e expressão de nojo à ânsia de vômito e crises de aversão, como sair correndo da mesa.

E quais as razões para desenvolver a neofobia?

Camila explica muitos fatores podem acarretar o desenvolvimento da neofobia alimentar nas crianças. Entre eles:

Introdução alimentar errada: A introdução alimentar de uma criança é uma fase importantíssima para ela adquirir hábitos alimentares saudáveis e conhecer os alimentos. Assim, se ela não for bem-feita, poderá causar prejuízos, como a neofobia, no futuro.

Hereditariedade: Caso os pais tenham alguma neofobia, muito provavelmente, a criança herdará esse medo, porque, provavelmente nesse caso, a família não expôs o filho ao alimento.

Paladar: Se a criança formou seu paladar mais voltado ao doce, dificilmente ela aceitará bem alimentos com sabor muito diferente do doce. Isso se deve aos hábitos adquiridos na introdução alimentar. Por isso é fundamental conhecer os alimentos individualmente e seus sabores.

Monotonia alimentar: Alguns pais oferecem apenas alimentos que o bebê aceita com facilidade. Assim, inconscientemente, eles estão criando uma barreira a aceitação dos novos alimentos.

Experiência: A neofobia também pode ser causada por uma experiência ruim da criança na hora de comer o alimento. Pode ter acontecido dela ter passado mal após consumir algum alimento, não estar com a melhor textura ou ainda algum bichinho que passou na hora da higienização.

Como tratar a neofobia

“O tratamento existe, não é de uma dia para o outro e nem sem a disposição dos pais de educar os filhos”, avalia Camila. A nutricionista explica que demora mais para superar a neofobia que a seletividade alimentar.

A nutricionista ainda alerta: “A neofobia é um transtorno que merece total atenção e precisa de tratamento quanto antes. Com o tempo, pode deixar a criança desnutrida e com baixo índice de vitaminas, micronutrientes e imunidade”.

Para Camila, o tratamento consiste em:

Expor a criança ao alimento – Não basta colocar no prato e esperar a criança comer sozinha algo que ela rejeita. Ela precisa ter contato e conhecer os alimentos de outra forma antes de querer que ela coma.

Seja o exemplo – Os pais devem ser exemplo para os filhos, porque quando ela perceber eles comendo, terá mais segurança.

Não coloque rótulo – É fundamental não rotular a criança para os outros e para ela. Naõ diga que ‘ela é uma criança que não gosta de banana’. Dessa forma, ela não vai gostar mesmo, porque ouviu ser assim.

Continue comprando – Não é porque ela recusou uma ou duas vezes que você vai deixar de comprar. A criança precisa ter o contato com o alimento mais vezes e de outras formas.

Procure ajuda profissional – A nutricionista será a maior aliada para ajudar nas estratégias de cada caso.

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