O trabalho da Coelba e das outras distribuidoras da Neoenergia, para contribuir com a promoção da igualdade de gênero em uma profissão antes dominada por homens, através das turmas exclusivas para mulheres da Escola de Eletricistas, foi reconhecido internacionalmente.
Um estudo de caso sobre a iniciativa foi publicado pelo WeEmpower, programa da ONU Mulheres junto à Organização Internacional do Trabalho (OIT) e à União Europeia para estimular boas práticas das empresas. O documento aponta o projeto da companhia brasileira como exemplo de um dos Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs, na sigla em inglês), o de promover educação e desenvolvimento profissional para as mulheres.
“É um reconhecimento para uma iniciativa nossa que vai além da inclusão, promove diversidade e gera renda. A Escola de Eletricistas para mulheres está completamente alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) com os quais estamos comprometidos. Além disso, é uma excelente parceria da companhia com o Senai e as comunidades, que nos ajudaram na seleção e no contato com as alunas. O objetivo é de que, após os cursos, elas sejam contratadas”, afirma o diretor de Recursos Humanos da Neoenergia, Bruno Coelho.
Ao todo, a Escola de Eletricistas exclusivamente para mulheres possui atualmente 200 alunas na Bahia, área de concessão da Coelba, e em Pernambuco, onde a distribuidora de energia do grupo é a Celpe. O projeto foi criado em agosto de 2019, na Coelba, após a empresa perceber que as turmas mistas não tinham adesão suficiente de mulheres e buscar formas de aumentar a participação delas. A conclusão da primeira turma, na Bahia, será no fim de novembro. Devido à pandemia de covid-19, durante parte deste ano, as aulas teóricas foram disponibilizadas em formato virtual.
Para estimular o engajamento das alunas, a Neoenergia mostrou histórias reais de mulheres que já atuam na companhia. Em setembro, a Cosern, no Rio Grande do Norte, passou a contar com 16 mulheres no seu quadro de eletricistas de rede em todo estado.
Com isso, como mostra o estudo de caso, elas perceberam que, na prática, a formação profissional pode se tornar uma oportunidade de carreira e desmistificaram que aquele seria um ambiente de trabalho masculino. Além disso, a empresa tem, entre os seus colaboradores, voluntários que fazem mentoria, transmitindo os valores e a cultura do grupo, entre eles, o estímulo à diversidade. Quando contratadas, essas mulheres têm os mesmos salários e benefícios que os homens. A independência financeira é uma das principais formas de empoderamento das mulheres e, por isso, promover a igualdade no acesso ao mercado de trabalho é essencial.
Link para o estudo de caso (em inglês):