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Dezembro vermelho: especialista da Unimed-BH reforça a importância do diagnóstico precoce do HIV

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Dezembro Vermelho - Crédito: Freepik
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Cenário da doença ainda preocupa, mas infectologista celebra avanços científicos

A epidemia de HIV/aids no Brasil teve um grande impacto na sociedade brasileira na década de 1980. Desde então, mais de 1 milhão de pessoas foram identificadas com a doença no país. Segundo último levantamento do Boletim Epidemiológico de HIV/aids do Ministério da Saúde de dezembro de 2023, entre o ano de 2007 até junho de 2023, foram notificados no Sinan mais de 480 mil casos de infecção pelo HIV no Brasil. Atenção especial é dada para a faixa etária entre 15 e 24 anos, que representa 23,4% das infecções, com 114.593 casos.

No ano de 2022, foram registrados no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) um total de 10.994 óbitos no Brasil devido a aids. A melhora do acesso ao tratamento com antirretrovirais tem contribuído para a redução da mortalidade que sofreu uma queda de 26,5% entre 2012 e 2022. O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar e melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Em Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Minas Gerais (SES-MG) revela que foram notificados 4.628 casos de HIV/Aids em 2021, 4.751, em 2022; e 3.601 casos até novembro de 2023. O médico infectologista, cooperado da Unimed-BH, Adelino de Melo Freire Jr., explica que o HIV/aids afeta qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, gênero ou status socioeconômico. Contudo, boletins epidemiológicos de saúde apontam que “homens homossexuais, profissionais do sexo, usuários de drogas injetáveis, transexuais e populações vulneráveis em contextos socioeconômicos desfavorecidos apresentam mais riscos de serem diagnosticados com o vírus”.

O uso consistente e correto de preservativos, testagem regular para o HIV, educação e conscientização são cruciais na prevenção do HIV/aids. Há, ainda, a profilaxia pré-exposição (PrEP), considerada uma estratégia eficaz para pessoas com mais risco, como casais sorodiscordantes (uma pessoa tem o vírus e a outra não), profissionais do sexo e usuários de drogas injetáveis. Além da PrEP, tem-se a profilaxia pós-exposição (PEP), para casos em que é necessária uma medida de prevenção de urgência a ser usada devido a situações de risco de exposição, como em casos de acidente com instrumentos perfurocortantes, relação sexual desprotegida ou violência sexual.

 A síndrome da imunodeficiência humana, conhecida como aids, é causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), que ataca o sistema imunológico e, em estágios mais avançados, dá sinais como febre, fadiga, perda de peso inexplicada e infecções oportunistas. Segundo o médico da Unimed-BH, quando o tratamento antirretroviral (TARV) é iniciado precocemente, ajuda a bloquear a replicação viral. “O tratamento precoce é importante, pois preserva o sistema imunológico e melhora a qualidade de vida e o risco de adoecimento futuro. Ele também reduz a transmissão do vírus para outras pessoas”, orienta o infectologista.

Tratamentos e avanços

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza todo o tratamento com antirretrovirais, adaptados às necessidades individuais de cada paciente infectado, inclusive para os que são atendidos na rede privada de saúde. Além disso, a ciência tem obtido importantes progressos no que tange ao diagnóstico, prevenção e tratamento da doença.

 “Atualmente, os principais avanços incluem a PrEP, autotestes de HIV, tratamentos mais eficazes e estratégias de tratamento simplificadas. Embora não haja uma cura completa para a maioria das pessoas, temos situações extraordinárias nas quais pacientes ficaram livres do vírus após combinação de transplante de medula óssea e tratamento intensivo contra o vírus. Assim, as perspectivas futuras incluem a pesquisa contínua para uma cura definitiva e para o desenvolvimento de vacinas eficazes, aprimorando os tratamentos e os esforços contínuos para reduzir o estigma associado ao HIV/aids”, explica Adelino Melo.

O especialista destaca que o acesso não é o maior desafio do soropositivo, mas sim o estigma, a discriminação, a falta de educação sobre a doença e a necessidade contínua de combater mitos e desinformação. “Muitos pacientes não conseguem conversar sobre o diagnóstico com outras pessoas além dos profissionais de saúde, fato que gera sentimentos negativos e sofrimento psíquico. Por isso, é crucial enfatizar a importância da educação sobre o HIV/aids, promovendo testagem regular, combate ao estigma e a discriminação, além de enfatizar a necessidade de esforços globais coordenados para alcançar as metas de prevenção e tratamento estabelecidas pela comunidade internacional de saúde”, finaliza.

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