Especialista baiana chama atenção para impacto silencioso que afeta qualidade de vida no pós-tratamento
O tratamento do câncer de mama tem garantido resultados positivos em sobrevida, mas um efeito colateral ainda pouco discutido vem preocupando especialistas: o ressecamento íntimo. A ginecologista e sexóloga Jaqueline Ferraz, fundadora da Clínica Corpo e Mente, em Vitória da Conquista, destaca que grande parte das pacientes enfrenta desconfortos como secura, dor e sensibilidade aumentada após terapias hormonais, químicas ou radioterápicas. “Muitas mulheres acreditam que é algo inevitável, mas existem alternativas seguras para aliviar esses sintomas”, explica.
A médica integrou a organização da Pulse Run 2025, corrida que reuniu centenas de participantes dentro da campanha Outubro Rosa. O evento estimulou o autocuidado e abriu espaço para debates sobre bem-estar feminino, conscientização e os impactos do câncer de mama além do diagnóstico. Para Dra. Ferraz, ampliar o diálogo ajuda mulheres a buscarem apoio especializado e a entenderem que o tratamento continua após o fim das sessões médicas.
Estudos citados pela Sociedade Brasileira de Mastologia mostram que mais de 70% das mulheres mastectomizadas apresentam algum grau de disfunção sexual, reforçando a necessidade de abordar o assunto de forma responsável. A especialista lembra que hidratantes vaginais, fisioterapia pélvica, lubrificantes adequados e tecnologias como laser e radiofrequência podem melhorar a qualidade de vida no pós-tratamento, sempre com orientação profissional.
A Clínica Corpo e Mente, referência em saúde feminina e bem-estar no interior da Bahia, segue investindo em iniciativas que unem informação, acolhimento e acesso a cuidados íntimos. A expectativa é de que a Pulse Run se torne parte fixa do calendário anual, fortalecendo a conscientização sobre saúde integral da mulher e estimulando mais espaços de escuta e acolhimento.
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