Alternativas que vão além do financiamento imobiliário atraem atenção de pessoas interessadas em sair do aluguel, trocar de casa ou investir no setor de imóveis
O mercado imobiliário apresenta possibilidades para diferentes públicos que desejam comprar um imóvel. Financiamento, leilão, consórcio, permuta e crowdfunding são modalidades presentes no estudo feito pela Universal Software, empresa especializada em soluções para gestão de imobiliárias, sobre o interesse dos brasileiros pelo setor.
Para construir a pesquisa, foi observado durante o mês de setembro deste ano o volume de buscas no Google relacionadas à aquisição de um imóvel. Embora a opção de financiar ainda seja o meio mais consultado, as procuras por outras alternativas aumentaram consideravelmente.
No ranking, o programa para conquista da casa própria do Governo Federal “Minha Casa, Minha Vida” (MCMV) apareceu no topo da lista, com 119 mil buscas. Na sequência, vêm “leilão de imóveis” (7.900), financiamento imobiliário (7.400) e carta de crédito (7.100).
Na pesquisa, também vieram termos relacionados à permuta de imóveis, quando há troca equivalente ou uso de imóvel anterior como parte do pagamento da nova aquisição, além de consórcio de imóvel, investimento de mercado chamado de crowdfunding imobiliário e opção de compra na planta.

De certo modo, o contexto sugere melhor compreensão sobre o funcionamento dos negócios imobiliários. Ou seja, de que o meio mais adequado para esse tipo de aquisição varia de acordo com o perfil, a intenção e, inclusive, o contexto econômico nacional, como inflação, Taxa Selic e IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Principais formas de comprar um imóvel
O sonho da casa própria ainda habita o imaginário da maioria dos brasileiros. Uma pesquisa do DataFolha apurou que 93% daqueles que pagam aluguel anseiam em adquirir o seu próprio teto. Com o interesse em alta, as empresas especializadas na venda desses bens precisam de uma gestão imobiliária eficiente para captar e orientar potenciais clientes.
O avanço dos meios para acessar essa conquista, aliado à dedicação do público-alvo em estudar e entender sobre o assunto, qualifica todo o processo e aumenta a competitividade. Os termos que apareceram na pesquisa da Universal Software confirmam o nível de interesse e preparo. Quando se trata de primeiro imóvel, algumas opções são:
- Financiamento imobiliário
Lotes, casas e apartamentos são aquisições de alto valor. Por isso, a concessão de crédito via financiamento se tornou uma modalidade comum, sobretudo na compra do primeiro lar. Nesse processo, o contratante busca uma instituição financeira que adquire o bem à vista e, em contrapartida, recebe o valor do empréstimo em parcelas com juros atrelados.
A depender do sistema, de quanto foi pago como entrada e do contrato, o custo total pode chegar até ao triplo do imóvel financiado inicialmente. Essa condição reforça a necessidade de cautela e análise, especialmente sobre taxas e sistemas de amortização. As duas principais opções do mercado são SAC e Price, e os mais comuns de financiamento são:
- Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI): abrange uma ampla carteira de imóveis, mas possui juros altos. Permite prazo de quitação de até 35 anos.
- Sistema Financeiro de Habitação (SFH): voltado para imóveis novos ou construídos de até R$ 1,5 milhão, localizados na zona urbana em que o comprador reside ou trabalha há, pelo menos, um ano. Os juros e as condições são facilitados. O MCMV se enquadra neste sistema.
- Minha Casa, Minha Vida
O programa federal atende famílias com renda de até R$ 12 mil mensais ou R$ 150 mil anuais. O valor máximo do imóvel a ser financiado é de R$ 500 mil, com taxa de juros de 10% ao ano, no prazo de até 35 anos (420 meses).
- Financiamento com a construtora: alternativa mais frequente em negociações de imóveis na planta ou em fase de construção. Geralmente, até a entrega das chaves, o comprador quita, aproximadamente, 40% do bem e financia o restante com uma instituição financeira.
- Consórcio
Assim como os financiamentos, os consórcios possuem valores a serem pagos mensalmente, que variam conforme a quota contratada junto da administradora. A vantagem está na isenção de juros. Contudo, é cobrada uma taxa administrativa média de até 23%, referente ao tempo de contrato.
Por não haver uma previsibilidade precisa de contemplação da carta de crédito, é uma alternativa de longo prazo e recomendada para quem não tem pressa em comprar um imóvel. Contudo, permite o planejamento de pagamento à vista – requisito valoroso que proporciona grande vantagem na negociação.
- Leilão
Comprar uma casa ou um apartamento que foi a leilão exige cautela. Os preços praticados nesses eventos costumam ser mais baixos do que o valor de mercado, mas existem riscos. Custos ocultos, pendências legais e até mesmo desocupação de antigos proprietários que entraram em inadimplência podem ser realidades a serem enfrentadas.