Home Estilo e Vida Saúde “Câncer por HPV: o Brasil pode ficar sem” é a nova campanha do Instituto Lado a Lado pela Vida
Saúde

“Câncer por HPV: o Brasil pode ficar sem” é a nova campanha do Instituto Lado a Lado pela Vida

Envie
Default Featured Image
Envie

O HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) é vírus causador de diversos tipos de câncer, com destaque para o de colo do útero, que anualmente provoca a morte de mais de 9 mil brasileiras. A campanha do Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL) destaca a mensagem de que a tão desejada vacina contra o câncer não só já existe, como está disponível gratuitamente na rede pública, para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.

Com o tema “Câncer por HPV: o Brasil pode ficar sem”, o movimento conta com a parceria de importantes organizações científicas e de comunicação, como a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), revista Pais & Filhos e Instituto Palavra Aberta, criador do Educa Mídia.

Dados do Ministério da Saúde indicam que, em 2020, a primeira dose da vacina HPV, cuja meta é de 80%, foi aplicada em cerca de 70% das meninas de 9 a 14 anos e em pouco mais de 40% dos meninos de 11 a 14 anos. Na segunda dose, os índices foram de aproximadamente 40% e 30%, respectivamente. De acordo com o Global Cancer Observatory, da OMS (Organização Mundial da Saúde), anualmente são diagnosticados mais de 17 mil casos de câncer de colo do útero no Brasil, que causa mais de 9 mil mortes e, muitas delas, em mulheres na faixa etária dos 50 anos, que desenvolvem a doença por não terem tido a oportunidade de receber a vacina.

Como parte desta nova campanha, o LAL realiza no dia 9 de dezembro, o “Simpósio Nacional Câncer por HPV: o Brasil pode ficar sem”, que será online, com a participação de especialistas do Brasil e do exterior, entre eles: Juarez Cunha, presidente da SBIm; Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da SBP e diretor da SBIm; Patricia Blanco, presidente do Instituto Palavra Aberta; e François Uwinkindi, médico epidemiologista, que atuou na coordenação do bem-sucedido programa de imunização de meninas em Ruanda, na África.

Cristo Redentor reforça o chamado para as famílias vacinarem os adolescentes

No dia 10 de dezembro, o Instituto LAL ainda promove, em parceria com o Santuário Cristo Redentor, a iluminação do monumento, no Rio de Janeiro (RJ), para marcar o início das ações e divulgar sua proposta de criação do Dia Nacional de Luta Contra o HPV.

“Com essa iniciativa, buscamos alertar os adolescentes e seus familiares sobre a necessidade da imunização, para que possamos reduzir drasticamente no Brasil a incidência dos cânceres causados por HPV, em especial o câncer de colo do útero. A ampla cobertura vacinal é fundamental para mudar o cenário da doença no país”, destaca Marlene Oliveira, presidente do LAL e idealizadora da campanha.

“A população sempre esteve ávida pela descoberta de uma vacina contra o câncer e não se atenta que já existe uma para vários tipos de tumor e, além de tudo, é oferecida gratuitamente pelo nosso PNI (Programa Nacional de Imunização). A vacina HPV é capaz de proteger contra várias doenças causadas pelo vírus, como verrugas genitais, câncer de vulva e vagina, de pênis, ânus, orofaringe e boca”, completa Marlene.

A campanha pretende engajar os pais e responsáveis, e esclarecer que a vacina deve ser aplicada o mais cedo possível, a partir dos 9 anos de idade.

Segundo o UNICEF, fundo das Nações Unidas para a Infância, que promove os direitos e o bem-estar de crianças e adolescentes em todo o mundo, os desafios dos programas globais de vacinação incluem consciência limitada do benefício das vacinas em algumas comunidades, combinado com baixas taxas de alfabetização e barreiras de gênero ou crenças socioculturais. O órgão ainda ressalta que a hesitação vacinal pode levar ao atraso na aceitação ou recusa das vacinas, apesar da disponibilidade, e é uma preocupação crescente, especialmente em segmentos da população que têm acesso a informações nas redes sociais, bombardeadas por fake news.

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente a vacina contra o HPV para meninos de 11 a 14 anos; meninas de 9 a 14 anos; mulheres imunossuprimidas – com o sistema imunológico fragilizado por HIV/Aids, transplantes e cânceres – de 9 a 45 anos; e homens imunossuprimidos, entre 9 e 26 anos de idade.

“Países como a Inglaterra e a Austrália, que conquistaram altas coberturas vacinais entre os adolescentes, registram queda na incidência de câncer de colo do útero. Na Inglaterra, já foi verificada uma redução de 87% dos casos, sobretudo em mulheres vacinadas na adolescência. A vacina HPV é comprovadamente segura e eficaz na prevenção das infecções pelo papilomavírus humano, das verrugas genitais às lesões precursoras dos cânceres associados a esse vírus”, afirma Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri acrescenta que “a vacinação contra o HPV é a medida mais efetiva no combate ao câncer do colo do útero”. O médico também destaca que a SBP recomenda enfaticamente a vacinação de todos os adolescentes. “A probabilidade de infecção por HPV em algum momento da vida é de 91,3% para homens e 84,6% para mulheres. Mais de 80% das pessoas de ambos os sexos contraem o vírus, antes dos 45 anos de idade. Portanto, vacinar é de grande importância”, defende.

Ruanda tem muito a nos ensinar: cobertura vacinal do HPV no país ultrapassa 90%

“Simpósio Nacional Câncer por HPV: o Brasil pode ficar sem” conta com a participação de um convidado internacional, o médico e epidemiologista François Uwinkindi, que atualmente é gerente do Programa de Doenças Crônicas Não transmissíveis do Ministério da Saúde de Ruanda. O especialista foi diretor da Unidade de Câncer no Centro Biomédico de Ruanda (RBC) e responsável por coordenar todas as atividades relacionadas à prevenção e controle do câncer no país africano. Atuou diretamente no programa lançado em 2011, dedicado ao câncer de colo do útero, o mais comum naquele país, com a implantação do plano da Nação para vacinar meninas contra o HPV.

A cobertura vacinal ultrapassa 90% no país e François destaca que o primeiro passo para o sucesso do programa foi a vontade política e, consequentemente, o apoio de diversos setores. A campanha envolveu, além do Ministério da Saúde, os ministérios da Educação e da Promoção da Família.

O evento online do LAL será conduzido pela presidente da instituição, Marlene Oliveira, e terá mediação da jornalista especialista em temas de família, Andressa Simonini, editora-executiva da revista Pais & Filhos. Participam do simpósio médicos e especialistas de instituições dedicadas à imunização; à saúde de crianças e adolescentes; representantes do Ministério Público e organizações voltadas à comunicação e combate à desinformação. Entre eles:

Juarez Cunha: presidente da SBIm, especialista em pediatria e intensivismo pediátrico pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre, e membro da Diretoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (RS).

Renato Kfouri: Presidente do Departamento de Imunizações da SBP e diretor da SBIm.

Eduardo de Souza Ferreira: procurador civil do Ministério Público de São Paulo, professor de Direitos Humanos da PUC/SP e Membro do Departamento de Pediatria Legal da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Ana Goretti Kalume Maranhão: médica, especialista em pediatria pela SBP, servidora pública estatutária da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Distrito Federal e do Ministério da Saúde. Coordenou a Área Técnica de Saúde da Criança do Ministério da Saúde.

Luciana Bergamo: promotora da Infância e Juventude de São Paulo (SP) e membro do Departamento de Pediatria Legal da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Patricia Blanco: presidente do Instituto Palavra Aberta, idealizador do Educa Mídia, programa de educação midiática, e membro do Conselho Editorial da Folha de S.Paulo.

Pedro Westphalen: médico ginecologista e obstetra, deputado federal e presidente da Frente Parlamentar do Programa Nacional de Imunizações.

Luís Felipe Blaques Rigler: um jovem de 16 anos que dará seu depoimento sobre a vacinação e prevenção de doenças causadas pelo HPV.

 

Mais informações sobre os eventos do LAL estão disponíveis no https://ladoaladopelavida.org.br/conheca-nossos-eventos/

Mutirão Agora tem Especialistas faz mais de mil cirurgias em todo país

Mutirão Agora tem Especialistas faz mais de mil cirurgias em todo país

Leia Mais
Pesquisa com coautoria da USP pode avançar tratamento de doença rara

Pesquisa com coautoria da USP pode avançar tratamento de doença rara

Leia Mais
Conforte-se Caxias do Sul com solução inovadora em locação de poltronas para pós-operatório

Conforte-se Caxias do Sul com solução inovadora em locação de poltronas para pós-operatório

Leia Mais
A saúde do coração como aliada da performance: a importância do acompanhamento cardiológico para atletas com o Dr. Daniel Barbosa

A saúde do coração como aliada da performance: a importância do acompanhamento cardiológico para atletas com o Dr. Daniel Barbosa

Leia Mais
Dra. Silvana Correa: O poder da beleza natural com o tratamento de contorno e volume russo para lábios

Dra. Silvana Correa: O poder da beleza natural com o tratamento de contorno e volume russo para lábios

Leia Mais
Envie