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Brasil tem fim de semana perfeito na vela

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Os velejadores brasileiros conquistaram importantes resultados neste fim de semana em regatas internacionais. Foram três medalhas de ouro e uma de prata nos Europeus de 49erFx e Star, e nos mundiais de Lightning Junior e ClubSwan36. Além dos pódios, a Equipe Brasileira de Vela fez sua estreia no Mundial da Juventude de Haia 2022 com 15 atletas da nova geração.

Neste domingo (10), em Aarhus, na Dinamarca, as bicampeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram a medalha de ouro do Campeonato Europeu de 49erFx após a medal race. As brasileiras tiveram bom desempenho durante todo o evento, ficando entre as dez primeiras em todas as 16 regatas. Martine e Kahena somaram 79 pontos perdidos. A medalha de prata ficou com as holandesas Odile van Aanholt e Annette Duetz com 91 e o bronze para as suecas Vilma Bobeck e Rebecca Netzler com 102.

O título em Aarhus é mais uma conquista das meninas de ouro da vela brasileira na temporada, incluindo a prata na 51ª edição do Troféu S.A.R Princesa Sofía, em Palma de Maiorca, na Espanha, e a medalha de ouro da Semana Olímpica de Hyères, na França.

”Eu vejo o nível muito elevado na classe, com muitos atletas se destacando. A gente está sentindo uma evolução muito mais rápida nas meninas que entram hoje na modalidade do que quando a gente entrou”, disse Martine Grael em entrevista à CBVela.

O próximo desafio de Martine e Kahena será o Campeonato Mundial de 49erFX em Nova Scotia, no Canadá, no mês de agosto. Assista às regatas finais de 49erFX – https://www.youtube.com/watch?v=UQYC-Epm50c

Outro resultado positivo na Dinamarca foi do Europeu de Star. ao lado do norte-americano Jack Jenning, o niteroiense Pedro Trouche ficou com a prata neste domingo (10), atrás apenas dos croatas Tonci Stipanovic e Tudor Bilic. O ouro escapou na última regata por apenas um ponto perdido. O também brasileiro Samuel Gonçalves ficou em sétimo lugar ao lado do timoneiro holandês Haico de Boer.

“O objetivo era ficar entre os cinco até a última regata. Lideramos a penúltima regata, mas perdemos a primeira colocação no contra boia e finalizamos em terceiro, que não foi ruim, mas ficou um gosto amargo. Estava um vento de 25 nos e muitas ondas, mas conseguimos ultrapassar dois barcos na regata final e terminamos na quarta colocação. Foi minha segunda participação no Europeu de Star, Jack Jenning e eu ficamos felizes por velejar bem no campeonato”, afirmou Pedro Trouche.

”O Brasil mostra sua força na vela oceânica e olímpica, misturando a nova geração, que tem total apoio da CBVela desde o início no Optimist, até os velejadores que brilham há tempos no cenário internacional. Ver nossas equipes no alto do pódio mostra que o trabalho de base surtiu efeito”, disse Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da Confederação Brasileira de Vela.

Título inédito na ClubSwan 36

No Mundial de Club Swan 2022, o barco Mamão venceu na classe ClubSwan 36, em Valência, na Espanha. O veleiro teve o comando de Henrique Haddad, atleta olímpico, campeão mundial de Snipe e dos Jogos Mundiais Militares. Gigante, como é conhecido, está na SSL Team Brasil na SSL Gold Cup Finals. Além de Henrique Haddad, outros quatro brasileiro a bordo do Mamão, com destaque para Kiko Pelicanno, medalhista olímpico em Atlanta 96 e integrante do Brasil 1 na The Ocean Race 2005-06.

Outro nome no ClubSwan 36 foi Guilherme Hamelmann, medalhista pan-americano e treinador em Tóquio 2020. Os outros brasileiros foram Fernando Sesto e Alisson Santiago. O canadense Ross MacDonald e o norueguês Haakon Lorentzen estavam no time.

O evento em Valência colocou em jogo o título de campeão mundial em 2022 com três classes de one design – ClubSwan 36, ClubSwan 42 e ClubSwan 50. O Swan One Design Worlds reúne a família Nautor’s Swan e foi um ponto de encontro para os melhores velejadores profissionais e velejadores apaixonados da classe Corinthian (amadores).

Ouro do trio de Lightning nos EUA

O Brasil conquistou o título do Campeonato Mundial Junior de Lightning 2022 neste sábado (9), no Sheboygan Yacht Club (SYC), nos Estados Unidos. O trio do Yacht Club Santo Amaro (YCSA) foi formado por Nicolas Bernal, Felipe Fonseca e Mathias Reimer. A prata ficou com os chilenos Dante Parodi, Diego Natho e Santiago Lorca, e o bronze ficou com os norte-americanos Brady Starck, Bobby Starck e Adam Starck. O evento para atletas até 20 anos contou com 15 equipes de seis países.

Foi a sexta conquista brasileira na história da categoria juvenil. Os timoneiros Thomas Summer em 2002, 2004 e 2006, e Felipe Rondina nos anos de 2014 e 2016 já haviam levado o título mundial com suas tripulações. Depois de um período sem competições em virtude da pandemia da COVID-19, o principal evento da categoria Lightning foi realizado em Wisconsin, Estados Unidos.

Liderado por Nicolas Bernal  (20 anos), o barco contou com Felipe Fonseca (20 anos) e Mathias Reimer (17 anos). Os três são do YCSA, um dos principais clubes de vela do país. A equipe começou de maneira arrasadora com quatro vitórias em quatro regatas. ”Foi um grande evento, agradecemos nossos adversários nessa competição pelas regatas. Não podemos deixar de agradecer Cláudio Biekarck por ter nos treinado”, disse Mathias Reimer.

O time brasileiro agradece à CBVela e à Classe Lightning Brasil pelo empréstimo do veleiro para os treinos preparatórios no Brasil e empréstimo da vela para uso no campeonato e a Cláudio Biekarck e Geison Mendes pelo apoio nos treinos.

Nicolas Bernal tem apoio do programa Bolsa Atleta do Governo Federal. Felipe Fonseca tem apoio do programa Bolsa Atleta do Município de São Paulo. Nicolas Bernal, Felipe Fonseca e Mathias Reimer são velejadores do Yacht Club Santo Amaro, clube filiado ao Comitê Brasileiro de Clubes (CBC).

Estreia no Mundial da Juventude

A Equipe Brasileira de Vela estreou neste domingo (10) no Mundial da Juventude 2022. O time jovem do país conta com 15 representantes em seis classes em Haia, na Holanda. Os atletas fizeram quase uma semana de aclimatação na Europa e contaram com uma preparação de nível olímpico supervisionada por Juan Sienra, como chefe de delegação, ao lado dos treinadores Ricardo Paranhos e Maria Hackerott, além de Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela.

O Brasil terá Guilherme Araújo e Milena Araújo (Hobie Cat 16), Guilherme Menezes e Fernando Menezes (29er), Clara Meyer e Lívia Nogueira (29er), Alex Kuhl e Handrey Cantini (420) e Joana Gonçalves e Luísa Madureira (420). Erick Carpes (Ilca), Júlia Carreirão (Ilca), Marcos Americano (Kite), Lucas García Alves (iQFoil) e Sofia Faria (iQFoil).

Sobre a CBVela

A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: oito. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 19 medalhas em Jogos Olímpicos.

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