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Brasil é campeão de incidência de raios no mundo; por que se preocupar?

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Realidade é motivo de alerta aos setores produtivos que podem amargar prejuízos com a interrupção do serviço de energia.

O Brasil é campeão de incidência de raios no mundo. Em um ano são registrados, em média, 77,8 milhões de descargas elétricas, conforme dados do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A realidade é motivo de alerta aos setores produtivos, já que os raios são responsáveis por 40% dos desligamentos e das queimas de transformadores, também de acordo com levantamento feito pelo instituto.

A interrupção do serviço de energia elétrica é sinônimo de prejuízos às diferentes atividades econômicas. Para o agronegócio pode representar a perda total da produção, pois prejudica desde o uso de máquinas e de tecnologias no processo produtivo até o armazenamento de produtos, como é o caso do leite.

O setor industrial também é diretamente impactado quando há o desabastecimento de energia, responsável por paralisar galpões de produção e atividades nas sedes administrativas. “Dependendo do tipo de empresa e da linha de produção, há perdas de matéria-prima, produtos e horas de trabalho”, exemplifica a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Blackout no Amapá

Para comércio e serviço, a realidade não é diferente. No ano passado, quando ocorreu a crise no abastecimento de energia elétrica no estado do Amapá, empresários desses setores relataram as dificuldades enfrentadas entre os dias 3 e 24 do mês de novembro, quando ficaram sem luz.

Em entrevista à Agência Brasil, à época, o executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Sandro Bello, informou que os estabelecimentos permaneceram fechados, amargando prejuízos com a perda de vendas, estoques e equipamentos. “Todo mundo teve prejuízos com o apagão. Nos primeiros dias, praticamente nada funcionou. A maioria das empresas teve que adquirir ao menos um gerador para manter seus equipamentos de refrigeração.”

Já a presidente do Sindicato das Empresas Organizadoras e Produtoras de Feiras, Congressos e Eventos do Amapá (Sindieventos-AP), Célia Brazão, relatou que a situação provocou o cancelamento de muitos contratos. Em 22 dias convivendo com a crise no abastecimento de energia, a economia do Amapá registrou um prejuízo de, aproximadamente, R$ 190 milhões, conforme a estimativa do Coletivo Nacional dos Eletricitários.

O problema teve início com o incêndio de um transformador de uma subestação de Macapá, de acordo com informações do Ministério de Minas e Energia. As causas ainda são investigadas.

Prevenção

A explicação para o Brasil liderar a incidência de raios no mundo é geográfica. “É o maior país da zona tropical do planeta – área central onde o clima é mais quente e, portanto, mais favorável à formação de tempestades e de raios”, esclarece o Inpe, que os define como “descargas elétricas de grande intensidade que conectam o solo e as nuvens de tempestade na atmosfera.”

Levantamento inédito realizado pelo instituto identificou as épocas com maior número de raios nas cidades brasileiras, sendo a maioria deles na primavera e no verão. “São as estações do ano em que as descargas atmosféricas causam mais mortes e prejuízos no Brasil.”

Como precaução à possibilidade de desabastecimento, cada vez mais, as empresas têm optado pelo uso de energia temporária. A locação de geradores tem sido a alternativa para assegurar a manutenção das atividades, independente das condições climáticas.

Outro fator que contribui para movimentar o mercado de aluguel de geradores é a capacidade do equipamento atender propriedades rurais e indústrias localizadas em áreas remotas, como aquelas que atuam no setor da mineração.

Por fim, a compreensão sobre a necessidade de um planejamento de energia elétrica como a principal forma de prevenção para os setores produtivos evitarem os prejuízos também tem aumentado a demanda pelo uso de energia temporária.

Foto: Tasos Mansour/Unsplash

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