** Com sete quedas seguidas de um mês para o outro (entre junho e dezembro), as vendas do varejo baiano chegaram ao fim de 2021 num patamar 11,8% abaixo do que estavam antes da pandemia da Covid-19, em fevereiro de 2020;
** Na comparação dezembro 21/ dezembro 20, as vendas na Bahia tiveram a maior queda do país (-12,9%). Foi o pior dezembro para o comércio baiano desde 2015;
** O desempenho das vendas do varejo na Bahia em 2021 (-0,6%) mostrou uma segunda queda consecutiva, ficando abaixo do verificado no país como um todo (1,4%);
** Com quedas em 4 dos 8 segmentos, recuo do varejo baiano em 2021 foi puxado por supermercados (-9,5%) e móveis e eletrodomésticos (-7,0%);
** Por outro lado, no ano passado, os crescimentos nas vendas de vestuário (24,3%) e outros artigos de uso pessoal (11,0%) ajudaram a segurar a queda do varejo na Bahia;
** Com alta recorde nas vendas de automóveis (43,6%), varejo ampliado baiano teve alta no acumulado do ano de 2021 (7,3%).
Em dezembro de 2021, as vendas do varejo na Bahia recuaram (-1,9%) em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais (que desconsidera, por exemplo, a Black Friday e o Natal). Foi o sétimo resultado negativo seguido nessa comparação – mês a mês, as vendas recuam desde junho do ano passado.
Os dados são Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE.
No país como um todo, de novembro para dezembro, o varejo também se retraiu (-0,1%), com quedas em 19 das 27 unidades da Federação. Tocantins (1,3%), Santa Catarina (0,8%) e Espírito Santo (0,6%) tiveram os melhores resultados, enquanto Mato Grosso (-4,7%), Acre (-4,5%) e Rondônia (-4,3%) tiveram os piores.
Com a série de quedas, as vendas do varejo baiano chegaram a dezembro de 2021 num patamar 11,8% abaixo do que estavam antes da pandemia da Covid-19, em fevereiro de 2020. O resultado no ano passado ficou bem pior do que o verificado em dezembro de 2020, quando o volume de vendas no estado estava 1,5% acima do registrado em fevereiro do mesmo ano.
Frente ao mesmo mês de 2020, em dezembro/21 as vendas na Bahia também caíram (-12,9%) pela quinta vez consecutiva (recuam nessa comparação desde agosto do ano passado). Foi o recuo mais intenso entre todas as unidades da Federação, num desempenho muito aquém do nacional (-2,9%). Foi ainda o pior resultado para um dezembro, no varejo baiano, desde 2015 (quando a queda havia sido de 13,3%)
Nessa comparação, apenas 6 dos 27 estados tiveram resultados positivos, com destaques para Mato Grosso do Sul (4,1%), Rio Grande do Sul (3,8%) e Espírito Santo (3,8%).
Assim, as vendas do varejo da Bahia fecharam 2021 em baixa (-0,6%) frente a 2020, mostrando um segundo resultado negativo no acumulado anual – em 2020 já haviam recuado 4,3%, conforme mostra o gráfico a seguir.
No ano, o resultado do varejo baiano ficou abaixo do nacional (1,4%). Houve quedas em 14 dos 27 estados, liderados por Tocantins (-7,4%), Distrito Federal (-5,0%) e Paraíba (-4,0%). No outro extremo, Piauí (9,8%), Amapá (8,5%) e Rondônia (7,1%) tiveram os maiores crescimentos.
Quedas nas vendas em supermercados (-9,5%) e de móveis e eletrodomésticos (-7,0%) puxaram resultado do varejo para baixo em 2021
No acumulado no ano de 2021 (-0,6%), o volume de vendas caiu em quatro dos oito segmentos do varejo restrito baiano (que desconsidera as vendas de automóveis e material de construção).
O maior recuo, em termos de magnitude da taxa, seguiu nas vendas de livros, jornais, revistas e papelaria (-22,1%), como vem ocorrendo ano a ano desde 2018.
Entretanto, foram os resultados negativos em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-9,5%) e móveis e eletrodomésticos (-7,0%) os que mais contribuíram para o resultado negativo do comércio como um todo, no ano passado.
Atividade de maior peso na estrutura da receita do varejo baiano, os supermercados tiveram em 2021 o segundo pior resultado anual da série histórica da PMC, iniciada em 2001 para esse indicador. As vendas só não caíram mais do que em 2017 (-11,8%).
No estado, as vendas dos mercados caíram em todos os meses de 2021, frente ao mesmo período do ano anterior. De fato, recuam seguidamente desde novembro de 2020.
Já os móveis e eletrodomésticos vinham de quatro anos seguidos de altas nas vendas, inclusive em 2020, quando apresentaram o melhor desempenho do varejo baiano (14,5%).
No ano passado, dentre os quatro segmentos do varejo com altas nas vendas, o destaque ficou com a atividade de tecidos, vestuário e calçados, que teve o maior crescimento (24,3%) e deu a principal contribuição positiva para o comércio em geral, na Bahia.
As vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico também tiveram alta importante (11,0%) e exerceram a segunda principal influência positiva no resultado do ano. O segmento reúne os grandes varejistas on-line.
Com crescimento recorde na venda de automóveis (43,6%), varejo ampliado da Bahia tem alta no acumulado do ano de 2021 (7,3%)
No acumulado do ano de 2021, as vendas do comércio varejista ampliado na Bahia apresentaram crescimento (7,3%) em relação ao ano anterior. O resultado foi o 10º melhor entre os estados e ficou acima da média do país como um todo (4,5%).
Os melhores resultados ficaram com Pernambuco (17,9%), Espírito Santo (13,6%) e Piauí (12,5%). Por outro lado, Distrito Federal (-2,2%) e Amazonas (-0,5%) foram os únicos locais com queda no acumulado de 2021.
O desempenho final de 2021 também foi o melhor para o varejo ampliado baiano desde 2012 (11,0%).
O varejo ampliado engloba o varejo restrito mais as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.
O resultado positivo no ano se deu em razão do crescimento recorde para o estado na venda de veículos, motocicletas, partes e peças (43,6%). Este foi o melhor número na Bahia desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE, em 2001. Além disso, foi o 2º maior aumento do país no ano, inferior apenas ao registrado em Pernambuco (70,4%).
Entretanto, o crescimento nas vendas de automóveis na Bahia em 2021 se deu em cima da queda recorde para o estado ocorrida em 2020 (-24,0%).
Por outro lado, houve queda importante nas vendas de material de construção em 2021 (-11,1%), sendo o pior resultado do país no ano e o 2º pior resultado da Bahia na série histórica, superior apenas ao registrado em 2016 (-11,3%).
No mês de dezembro, o varejo ampliado baiano apresentou queda (-1,5%) frente a novembro, na série com ajustes sazonais. O resultado ficou abaixo da média do país como um todo, onde houve leve crescimento (0,3%).
Já na comparação dezembro 21/ dezembro 20, a Bahia também apresentou queda (-5,0%), ficando abaixo da média nacional (-2,7%).
Outras informações estão disponíveis na Agência IBGE Notícias.