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Educação

Último dia de inscrições para formação pedagógica em educação étnica-racial da Escolinha Maria Felipa

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Em sexto módulo da formação, a instituição trará as relações étnico-raciais com o objetivo de impulsionar uma educação sob óticas africanas e indígenas

A escolinha de educação infantil afro-brasileira e bilíngue Maria Felipa realiza ciclo de Formação Pedagógica em Educação Infantil para as Relações Étnico-Raciais, nos dias 28, 29 e 30 de junho, através do Google Meet, de 19h às 21h respectivamente. O curso, que é a sexta edição da formação, tem inscrições até o dia 26 de junho, através do link https://www.even3.com.br/formacaopedagogicaemfvi/, no valor de R$60, e busca construir coletivamente uma perspectiva de educação emancipadora e diversa, que respeite e possibilite as múltiplas formas de existir.

O ciclo foca em uma educação antirracista e nas cosmopercepções dos povos africanos e índigenas, assim como fortalecer caminhos possíveis na contínua busca por um mundo mais igualitário, diverso e que permita reinvenções por meio também de tecnologias e saberes ancestrais. A formação ressalta a importância de desconstruir uma narrativa hegemônica, cisgênera e heteropatriarcal que impulsiona hierarquias e desigualdades sociais.

Para dividir as práticas e referenciais teóricos da própria instituição com outros gestores, coordenadoras/es, profissionais da educação e interessadas/os/es, a Maria Felipa traz a escritora e ativista indígena Eliane Potiguara, para abrir a formação, no dia 28, com o tema “A importância da literatura indígena no movimento indígena”.

O conjunto de inscritas/os/es também dividirão conhecimento com a intelectual negra brasileira Dra. Vanda Machado, que ministrará o segundo encontro “Oralidade e ancestralidade na escola”, no dia 29. No dia 30 de junho, o encerramento fica a cargo da educadora e contadora de histórias africanas Giselda Perê, que ministrará o debate “A mitologia africana da educação infantil”..

“Desejamos espalhar pelo Brasil a perspectiva educacional que acreditamos ser a revolução que queremos, uma formação emancipadora, que liberta, sendo equânime, reconhecendo todas as pessoas envolvidas no processo como protagonistas de suas próprias histórias e como pessoas igualmente potentes”, afirma Bárbara Carine, idealizadora da escola.

Ciclo

A formação iniciou-se em 2019, de forma presencial, na própria escola, e teve sua primeira versão online em 2020. Além de trocas, partilhas, quanto aos conhecimentos antirracistas, segue com o propósito de levantar recursos financeiros para manutenção da instituição, neste momento de pandemia e crise econômica.

Diante de uma sociedade que ainda enfrenta violências que, fruto do racismo, machismo e preconceitos, atravessam o físico, psíquico e emocional de toda a sociedade, a escola e consequentemente a formação são não só mensagens para o futuro, representam a luta pelos símbolos, memória e possibilidades para que haja um mundo que respeite e paute pessoas diversas, complexas e com particularidades culturais que fazem parte do país.

Escola Maria Felipa

A escola nasceu em 2019, após Bárbara Carine, idealizadora e consultora pedagógica da instituição, adotar a sua filha e pensar sobre sua educação. No caminho encontrou locais que não valorizam as raízes epistemológicas africanas e ameríndias, bem como a estética e cultura destes povos. Ao perceber que a escola pautada em uma perspectiva decolonial, que contribuísse para o desenvolvimento humano não só da sua filha, mas de todos as alunas(os), não existia, Bárbara aprofundou os dois anos anteriores à fundação em pesquisas e entrevistas com militantes e pesquisadoras(es) da temática étnico-racial e pedagógica.

A Escola Maria Felipa é afrocentrada, afroafetiva, anti-opressiva, valoriza a diversidade e carrega o nome de uma mulher, uma referência histórica de força, luta e liderança, como compromisso à ancestralidade africana. Maria Felipa, que é ainda invisibilizada, mas foi um grande ícone da independência da Bahia, cumpre também a responsabilidade de mostrar para as pequenas(os) que a população negra também faz e construiu a história do país.

Programação

1° dia: 28/06/21 (segunda-feira)

Tema: “A importância da Literatura Indígena no movimento Indígena” ministrado pela professora, escritora e ativista indígena Eliane Potiguara.

2° dia: 29/06/21

Tema: Oralidade e Ancestralidade na Escola” ministrado pela professora e escritora Vanda Machado.

Horário: 19h às 21h (2h/aula).

3° dia: 30/06/21 (quarta-feira)

Tema: “A Mitologia Africana da Educação Infantil Escolar” ministrado pela professora Giselda Perê.

Horário: 19h às 21h (2h/aula).

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