O aumento de óbitos diários, do número de contágio e das taxas de lotações de unidades de saúde que tratam da covid-19 na Bahia foram sinais de alerta que levaram o governo estadual a decretar restrições mais rígidas em todo o território. As medidas foram defendidas pelo deputado estadual Marcelinho Veiga (PSB), que endureceu o discurso para evitar o colapso na rede pública de saúde.
“A situação é desoladora e a Bahia precisa segurar o contágio para evitar o caos que está em outros estados. Ver o governador Rui Costa se emocionar em uma entrevista pedindo que a população se isolasse para evitar que os hospitais e todo o sistema entre em colapso é muito difícil. E ainda tem pessoas que vão para as redes atacar o chefe do Executivo. É uma pressão enorme, o comércio não pode parar, mas as pessoas também não podem morrer. E essa é a responsabilidade principal, precisamos antes de qualquer coisa, salvar vidas”, descreve Marcelinho.
Na Bahia, nos últimos quatro dias, mais de 400 pessoas perderam a vida e milhares de outras foram contaminadas. O segundo vice-presidente da Assembleia Legislativa (Alba) defendeu as medidas restritivas e pede para que a população se proteja e cumpra todas as recomendações dos órgãos de saúde. “Precisamos seguir todas as sugestões, ouvir os cientistas e avançar urgentemente no processo de vacinação em massa. Para o comércio abrir, precisamos que o povo seja imunizado, ninguém vai trabalhar morto”, completa Veiga.