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Seis lições que a Copa do Mundo deixou para os negócios

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Seis lições que a Copa do Mundo deixou para os negócios
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De quatro em quatro anos, seleções do mundo todo se encontram para colocar as estratégias em prática, mostrar o melhor do futebol em busca da taça e do reconhecimento de todo o planeta. E o que os líderes querem para seus negócios? Sucesso, reconhecimento e a certeza de que suas estratégias estão dando certo. Portanto, há muito mais pontos em comum entre a Copa e os negócios do que se imagina. 

Estratégia, planejamento, trabalho em equipe, lideranças, campanhas e mobilização ganham jogos de futebol, além de garantir a posição de empresas de qualquer porte no mercado. “Uma das lições fundamentais é dar à equipe a noção de que são um time”, diz João Alfredo Lopes Nyegray, doutor em estratégia, coordenador do curso de Comércio Exterior e professor de Geopolítica e Negócios Internacionais na Universidade Positivo (UP). Já Cristiano Caporici, diretor de Marketing da Tecnobank, lembra que a Copa pode inspirar mudanças de estratégia de marketing.

Veja a seguir seis lições que a Copa deixou para os negócios.

Trabalho em equipe é essencial

Todo esporte em grupo mostra que é preciso mais do que apenas talento individual, afinal, a seleção portuguesa não ganha copas tendo apenas Cristiano Ronaldo como um dos grandes nomes do time. “Não importa quem faz o gol, o que importa é que o time vença. Da mesma forma que, muitas vezes, tomar um gol não é uma falha única do goleiro, mas da defesa como um todo”, explica João Alfredo Lopes Nyegray. Para ele, o senso de coletividade surge não apenas de um ambiente em que as pessoas possam se sentir parte de um todo maior do que elas mesmas, mas também da confiança nos colegas: “É claro que construir um ambiente assim não é fácil. Esse papel é de todos, de maneira coletiva.”

Todo time precisa de um bom líder

Assim como senso de equipe, ter um bom técnico e capitão de time é imprescindível para o sucesso. Segundo Nyegray, durante muito tempo, acreditou-se que a liderança era algo inato, mas liderança é um tema que pode ser incentivado, criado e moldado. “Jim Collins sempre falava na chamada ‘liderança nível 5’, e apontava que são pessoas e não circunstâncias que causam resultados. A criação de bons líderes depende de uma cultura organizacional que permita o crescimento pessoal, que não sancione pessoas por tentarem o novo, e de um ambiente favorável”, explica. Empresas engessadas, onde é comum rechaçar novas ideias utilizando o famoso bordão “mas sempre fizemos assim por aqui”, são empresas que repelem não só a inovação, mas também a formação de lideranças. “O incentivo à busca de qualificação e aprimoramento profissional também é importante para a criação de bons líderes. A gerência de times funcionais, por sua vez, passa também pelas pessoas: profissionais qualificados, com senso de pertencimento e com confiança nos colegas.”

Poder de mobilização

O público tende a sentir-se parte de algo maior em que acredita. Na Copa do Mundo, isso acontece, mas não é só durante a Copa. Muitas empresas vêm investindo em ações de sustentabilidade e responsabilidade social pelo mesmo motivo. Foi-se o tempo em que pessoas compravam algo por ser bom ou bonito; agora é importante que o consumidor se identifique com os valores compartilhados por uma marca. “Os valores das empresas não podem e não devem estar apenas no planejamento estratégico, ou seja, devem ser praticados de fato. Se eu não for capaz de mobilizar meu time e meus liderados em torno desses propósitos, jamais conseguirei mobilizar multidões. No fundo, valores compartilhados e o pertencimento a uma experiência única são as respostas”, afirma Nyegray.

Marketing de expectativa

A Copa, assim como as Olimpíadas, acontecem só de quatro em quatro anos, gerando uma expectativa imensa no público. “Nos dias de hoje, de hiper concorrência, é mais difícil fazer com que clientes voltem do que fazer com que comprem de uma empresa pela primeira vez. Aí entra o marketing de expectativa, tanto para engajar o público quanto para ampliar seu envolvimento em torno da marca. É algo que gestores de grandes eventos estão relativamente acostumados, mas que, no geral, outras áreas tendem a desconsiderar”, pontua Nyegray. Para ele, estreitar relacionamentos, divulgar adequadamente para o público e promover expectativa – seja por meio de campanhas específicas para aberturas de vendas, vídeos com personalidades da área ou sorteios de experiências ligadas ao produto ou serviço – são pontos muito relevantes. “Lembrando que aqui a parcimônia vem na promessa: não adianta prometer tudo e não entregar nada”, destaca. 

Campanhas eficazes

A Copa do Mundo concentra milhares de campanhas de marketing com ações práticas direcionadas para um público abrangente e que geram retorno. Mas como uma empresa pode fazer o mesmo fora da Copa? Nyegray lembra que as campanhas devem entender o público, seus desejos e expectativas. “Depois, entra o marketing de expectativa,  que serve também para estreitar laços e relacionamentos. As redes sociais, por exemplo, podem e devem ser usadas nessas campanhas”, afirma. 

Desafio de ousar

A Copa do Mundo é desafiadora para as seleções, e para os empreendedores e empresários. Mas também é momento de aproveitar a oportunidade para gerar vendas e engajamento. “É preciso pensar em muitos aspectos, como por exemplo, como compensar os dias de baixo movimento por causa dos jogos. Ou como romper paradigmas e criar promoções e ações pensadas nessa temática, nesse ambiente de torcida, de patriotismo, de união”, aponta o diretor de Marketing da Tecnobank, Cristiano Caporici.

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