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São Paulo tem 15 ratos por habitante e vive alerta de saúde pública

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Capital paulista enfrenta infestação de roedores; especialistas alertam para riscos e reforçam necessidade de controle com uso seguro de raticidas

São Paulo vive um cenário de emergência sanitária. Estimativas apontam que a população de ratos pode ultrapassar os 165 milhões, o que representa cerca de 15 roedores por habitante. Esse número coloca a cidade à frente de metrópoles como Nova York e acende um alerta urgente de saúde pública.

Entre os principais fatores que contribuem para esse quadro estão a rápida reprodução dos roedores, o acúmulo de lixo em vias públicas e terrenos baldios, falhas no saneamento básico e o abandono de áreas urbanas. Ratos são animais altamente adaptáveis e encontram em ambientes urbanos condições ideais para se proliferar.

“O problema da superpopulação de roedores está diretamente relacionado ao desequilíbrio ambiental e à negligência com a gestão de resíduos. Esses animais se aproveitam de restos de alimentos e abrigo em estruturas urbanas degradadas”, afirma Maria Fernanda Zarzuela, PhD e gerente do Laboratório da Envu América Latina.

A presença massiva de ratos traz riscos graves à saúde. Os roedores são vetores de doenças como leptospirose, hantavirose, salmonelose e peste bubônica. A leptospirose, por exemplo, pode ser contraída por meio do contato com água contaminada pela urina de ratos e tem incidência maior durante períodos de chuvas intensas. Segundo dados do Ministério da Saúde, as mortes por leptospirose aumentaram 70% no Brasil nos últimos três anos.

Entre as principais ferramentas de combate estão os raticidas. Esses produtos agem comprometendo o sistema fisiológico dos roedores após a ingestão. “Quando utilizados corretamente, os raticidas são altamente eficazes e seguros. O problema surge quando há uso indiscriminado, sem orientação técnica, o que pode colocar em risco animais domésticos e pessoas”, explica Zarzuela.

Ela destaca que é fundamental seguir as recomendações de uso indicadas nas embalagens, manter os produtos fora do alcance de crianças e animais e, sempre que possível, contar com apoio profissional para aplicação.

Empresas privadas de controle de pragas também registraram aumento na demanda por serviços de desratização. “Temos observado uma preocupação maior com a prevenção. Isso é positivo, mas é importante lembrar que o controle efetivo exige ações combinadas: limpeza, educação ambiental e aplicação segura de raticidas”, reforça Zarzuela.

Embora a Prefeitura de São Paulo tenha promovido mutirões de limpeza em diversas regiões, especialistas criticam a falta de uma política sistemática e abrangente de controle de roedores. Terrenos baldios, bocas de lobo entupidas e construções abandonadas continuam a servir de abrigo para os ratos.

O desafio, no entanto, permanece. Em uma cidade com quase 12 milhões de habitantes, a gestão de resíduos e o planejamento urbano têm papel central na prevenção de infestações. Além disso, é preciso garantir fiscalização constante em áreas degradadas que frequentemente se tornam focos de proliferação.

Diante da magnitude do problema, especialistas defendem uma abordagem integrada e permanente. Mais do que combater os roedores visíveis, é preciso atacar as causas estruturais da infestação e envolver toda a sociedade em soluções sustentáveis.

 

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