Pelo segundo ano consecutivo, os tradicionais festejos de São João não serão possíveis por conta da pandemia do Novo Coronavírus. No entanto, já é possível ver, principalmente no interior da Bahia, muita gente apostando em alguns costumes típicos desta época do ano, a exemplo dos fogos e montagem das fogueiras. Essas práticas, no entanto, são prejudiciais, sobretudo para quem está se recuperando da Covid-19. Além disso, é uma atitude que pode provocar, inclusive, lesões nos olhos.
De acordo com Dr. Marco Polo, médico oftalmologista do DayHORC – empresa do Grupo Opty, lesões nas córneas podem aumentar no período junino. Isso porque a população fica mais exposta à fumaça, faíscas de fogueira e de fogos de artifício. “Esses elementos podem provocar a sensação de areia e lacrimejamento. Essas partículas conseguem ainda aderir à parte interna das pálpebras, gerando dor e vermelhidão”, explica. É comum também ocorrer irritação nos olhos, com sintomas semelhantes à conjuntivite, tais como ardor e fotofobia.
Entre os acidentes oculares com maior gravidade estão as queimaduras nos olhos. “A depender da extensão, o paciente pode ter a visão comprometida de forma irreversível”, explica Dr. Marco Polo. Em relação aos cuidados, vale o alerta: “soluções caseiras podem ajudar a melhorar leves incômodos, como o uso de soro fisiológico, água corrente e água gelada. Mas, em casos de acidentes, como explosão e sintomas persistentes de embaçamento, dificuldade para enxergar, dores ou irritação, é preciso buscar o serviço de emergência oftalmológica 24 horas, de imediato, a exemplo do Pronto Atendimento do DayHORC. O médico alerta ainda para os riscos da automedicação, como o uso de colírios e pomadas, pois podem agravar os sintomas.
Inverno
O período junino também é caracterizado pela redução das temperaturas, por conta da chegada do Inverno. Esta época também requer cuidados com a visão. O clima seco e a baixa umidade do ar deixam nossos olhos mais vulneráveis às doenças como conjuntivite alérgica, que pode evoluir para viral ou bacteriana, síndrome do olho seco e outras reações alérgicas, como olhos vermelhos, lacrimejamento, ardência, coceira, fotofobia e irritação. Abaixo, seguem algumas recomendações do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.
– Faça a lavagem e a secagem ao sol de mantas, cobertores e blusas de lã guardadas por muito tempo.
– Evite o acúmulo de poeira em casa.
– Durma em local arejado.
– Lave com frequência o rosto e as mãos, principalmente antes e depois do uso de colírios ou pomadas, uma vez que estes são meios importantes para a transmissão de micro-organismos.
– Não compartilhe toalhas de rosto, esponjas, rímel, delineadores ou qualquer outro produto de beleza.
– Evite objetos que acumulem poeira, como: cortina, carpete, tapete, bicho de pelúcia, documentos antigos, livros etc.
– Evite a exposição a agentes irritantes como fumaça e/ou alérgenos, pólen, poeira, pelos de animais e cloro de piscina.
– Se estiver com conjuntivite, não utilize lentes de contato e não coce os olhos para evitar irritações.