Resgatar é um ato de amor, porém é preciso ter cuidado para garantir o bem-estar deles
Os animais são seres que sofrem muitos descasos e maus-tratos. Esses casos são reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde, que afirma que há pelo menos 30 milhões de animais abandonados no Brasil, e 20 milhões deles são cães. É uma pauta tão importante que a Sociedade Americana Para a Prevenção da Crueldade contra Animais criou o Abril Laranja, mês de conscientização sobre os maus-tratos.
Além disso, é importante destacar que maus-tratos e abandono são crime no Brasil, segundo a Lei nº 9.605/1998, principalmente se for contra cães e gatos. Há muitas organizações no país que visam defender os direitos e garantir uma vida digna a cada animal de rua que resgatam, promovendo a adoção responsável deles.
Resgate
O resgate deve ser feito com cuidado, pois os animais traumatizados pela violência tendem a se proteger com agressividade, por isso é preciso se aproximar com cautela e conquistar a confiança deles.
O mais importante a se ter em mente no momento do resgate é a responsabilidade, pois a pessoa passa a ser responsável pelos cuidados de saúde e abrigo. Em casos em que o animal estiver preso, é preciso acionar os bombeiros, para que seja feito de forma eficiente e sem riscos.
No momento do resgate de cães, é importante ter uma coleira com guia para levá-los. Já nos casos de felinos, é fundamental utilizar a caixa de transporte, para o gato se sentir seguro e não tentar fugir.
Local
Ao levar um gato ou cachorro para sua casa ou um abrigo, é preciso se atentar a isolar o animal de outros da mesma espécie, pois ele fica vulnerável a adoecer com outro bichinho e também pode passar problemas a outros, como pulgas e doenças contagiosas.
O lar, temporário ou não, deve ser confortável e acolhedor, com água, cobertor, alimentação e água. Muito amor e carinho também são necessidades para o animal se sentir bem. Outro cuidado essencial é o banho e a tosa, para livrar o animal da sujeira e avaliar se há parasitas na pele.
Consulta
Caso o animal esteja com algum sinal muito grave de doença, como escoriações, larvas, feridas abertas e problemas na pele, a consulta com um médico veterinário é de extrema urgência – ela é imprescindível em todos os casos, mas, quando não houver urgência, pode-se levar o pet após alimentá-lo e hidratá-lo.
O veterinário irá identificar sinais clínicos externos e também internos, bem como realizar exames e até cirurgias, quando necessário. O profissional também recomenda os cuidados essenciais de saúde, como a vacinação e a vermifugação adequadas. Em cães, vermífugos, como o Nexgard, podem ser utilizados para proteger contra verminoses.
Independentemente do tamanho e da intenção de doar ou não, o animal deve ser castrado o quanto antes, para não procriar e evitar riscos de câncer e doenças graves. Por isso, na consulta médica, é possível avaliar a cirurgia para o pet.