Seja para perfis conservadores, moderados ou arrojados, conhecer os tipos de aporte é essencial para um bom rendimento
O universo dos investimentos pode parecer muito complexo para quem está começando, principalmente pelas diversas opções e funcionalidades disponíveis. Por isso, é essencial entender a diferença entre renda fixa e renda variável, saber em qual investir e quanto alocar em cada uma delas.
O que é renda fixa?
Essa modalidade de investimento é indicada para iniciantes. Isso porque, ao investir em renda fixa, o investidor já sabe qual será sua remuneração no momento da aplicação, o que proporciona mais previsibilidade. Geralmente, ela é recomendada para investidores com perfil conservador.
Dentro das corretoras, existem três tipos principais de investimentos em renda fixa:
- Pós-fixada: Em que a remuneração está atrelada a algum indicador econômico, sendo os mais comuns a taxa Selic, o CDI ou o IPCA.
- Prefixada: Neste caso, a taxa de retorno é definida no momento da aplicação e não está vinculada a nenhum outro fator além do serviço.
- Híbrida: Essa classe de investimento é uma combinação das duas anteriores, em que uma parte do valor está atrelada a algum indicador econômico, enquanto a outra parte é prefixada no momento da aplicação.
Exemplos de renda fixa
- Certificado de Depósito Bancário (CDB)
- Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)
- Letra de Crédito Imobiliário (LCI)
- Debêntures
- Títulos Públicos
- Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI)
- Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA)
O que é renda variável?
Diferentemente da renda fixa, a renda variável não oferece previsibilidade, mas, por outro lado, pode proporcionar maiores chances de rentabilidade no momento do resgate. O problema é que, nesse tipo de investimento, não há garantia de retorno; pode-se ganhar muito, ou, em casos extremos, perder tudo.
Como a renda variável está atrelada ao desempenho da Bolsa de Valores brasileira e, dependendo da empresa, até mesmo a outros índices, fatores como crises econômicas ou eventos externos podem afetar o desempenho, resultando em perdas significativas. Esse tipo de investimento é indicado para investidores com perfil moderado ou arrojado.
Exemplos de renda variável
- Ações
- Fundos Imobiliários
- Opções
- Exchange-Traded Funds (ETFs)
Qual escolher?
A principal distinção entre investimentos em renda fixa e variável está na previsibilidade da rentabilidade e no nível de risco inerente a cada modalidade.
Na renda fixa, é possível ter uma ideia do rendimento ao final do período de investimento, pois as taxas de juros são definidas no momento do aporte. O risco, embora presente, é menor do que na renda variável, especialmente porque a renda fixa conta com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para investimentos de até R$ 250 mil.
Por outro lado, a renda variável apresenta um cenário mais incerto. O valor dos investimentos nessa modalidade pode flutuar significativamente, influenciado por fatores econômicos, decisões políticas e cenário global. Essa volatilidade pode resultar tanto em grandes ganhos quanto em perdas substanciais.
A escolha depende do perfil de cada investidor, que é definido previamente na abertura da conta em qualquer corretora de investimentos, o que facilita decisões mais assertivas. Para quem busca segurança e previsibilidade, a renda fixa é a melhor opção. Já para os mais arrojados, dispostos a correr mais riscos em busca de maiores ganhos, a renda variável é a escolha mais apropriada.
De toda forma, é fundamental que o investidor faça uma análise cuidadosa de seu perfil e seus objetivos antes de tomar qualquer decisão. A orientação de um profissional especializado em investimentos é altamente recomendada para garantir que a escolha seja adequada às necessidades e à tolerância ao risco. Independentemente do caso, é recomendado ter uma carteira diversificada, para minimizar grandes perdas e obter ganhos mais estáveis.