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Quando trocar o virabrequim? 4 sinais de desgaste e riscos de rodar com o componente danificado

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Mecanico olhando o motor do carro.
Freepik

Peça essencial para o funcionamento do motor, o virabrequim exige atenção a ruídos, vibrações e falhas de desempenho que podem indicar danos sérios e alto custo de reparo

Pouco lembrado nas revisões de rotina, o virabrequim é um dos componentes mais importantes do motor. Responsável por transformar o movimento dos pistões em rotação para as rodas, ele atua de forma constante e sob alta pressão. Com o tempo, desgaste, falhas de lubrificação e até vibrações podem comprometer seu funcionamento e rodar com a peça danificada representa um risco real de quebra total do motor.

Especialistas em manutenção automotiva alertam que identificar precocemente os sinais de desgaste é o melhor caminho para evitar prejuízos e acidentes. Isso porque o virabrequim não costuma apresentar falhas repentinas: ele dá indícios claros de que algo está errado antes de chegar à ruptura.

Ruídos metálicos e vibrações são os primeiros alertas

Entre os sinais mais comuns de desgaste do virabrequim estão ruídos metálicos vindos do motor, especialmente ao dar a partida ou durante acelerações. Esses sons ocorrem quando há folga entre o eixo e as bronzinas, peças responsáveis pela sustentação e pelo giro suave do componente.

Outro sintoma frequente é o aumento de vibrações no veículo, perceptível principalmente ao dirigir em baixas rotações. Essa oscilação pode indicar desalinhamento ou desgaste irregular nos mancais. Em casos mais avançados, o condutor pode notar perda de potência, marcha lenta instável e até desligamentos inesperados.

O virabrequim é como o coração do motor. Se ele não gira corretamente, toda a harmonia do sistema se perde. A falta de lubrificação é uma das principais causas de falhas graves, já que o atrito direto entre as peças gera aquecimento e desgaste acelerado.

Falta de óleo e superaquecimento são inimigos do virabrequim

O sistema de lubrificação tem papel direto na conservação do virabrequim. Quando o nível de óleo está baixo ou o filtro está entupido, a circulação do lubrificante é prejudicada, deixando o eixo desprotegido. Isso provoca riscos e desgaste nas superfícies metálicas, além de comprometer o equilíbrio do motor.

Outro fator de risco é o superaquecimento. Altas temperaturas alteram a viscosidade do óleo, reduzindo sua eficiência e facilitando a deformação do virabrequim. Em situações extremas, o calor pode provocar trincas na peça — um problema que, na maioria dos casos, exige substituição completa do eixo.

Manter o cronograma de troca de óleo, usar produtos com especificações adequadas e realizar revisões periódicas são atitudes que reduzem significativamente as chances de danos. Em veículos com quilometragem elevada, também é indicado verificar o estado das bronzinas e dos mancais, que sofrem desgaste natural com o uso contínuo.

Reparo ou substituição? Avaliação técnica é essencial

Quando o virabrequim apresenta danos leves, como riscos superficiais, é possível fazer retíficam um processo de usinagem que corrige imperfeições e devolve o alinhamento da peça. No entanto, se houver trincas, empenamento ou desgaste excessivo, a substituição se torna inevitável.

A decisão depende de uma avaliação detalhada feita por um profissional especializado, que utiliza ferramentas de medição de precisão. Trocar o virabrequim é uma operação complexa, pois exige desmontar o motor inteiro. Por isso, o diagnóstico correto é fundamental para evitar gastos desnecessários.

Além do custo da peça em si, que pode variar bastante conforme o modelo do veículo, é preciso considerar a mão de obra e as peças complementares, como bronzinas, juntas e parafusos, que devem ser substituídos no mesmo serviço.

Ignorar o problema pode custar um motor inteiro

Rodar com o virabrequim danificado é arriscar a integridade do motor. Em casos extremos, a peça pode se romper durante o funcionamento, provocando danos internos irreversíveis. O resultado pode ser a fusão total do motor, situação em que o reparo não é viável e o conjunto precisa ser substituído.

Por isso, o motorista deve estar atento a qualquer alteração no som, nas vibrações e no desempenho do veículo. Uma simples troca de óleo adiada ou a negligência a um ruído persistente pode evoluir para um problema grave e caro.

Cuidar do virabrequim é, em última análise, cuidar do coração do motor. Com manutenção preventiva, atenção aos sinais e acompanhamento técnico de qualidade, é possível garantir que o veículo continue rodando de forma segura e eficiente por muitos quilômetros.

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