Os felinos, desde leões, guepardos, onças, leopardos, panteras até os gatos domésticos, possuem uma característica em comum: a presença de dentes caninos bem afiados, enquanto molares e pré-molares estão em menor quantidade.
Tal característica os tornam mais habilidosos para comer carnes, pois são capazes de rasgar com os dentes tecidos musculares e possuem dificuldades para mastigar vegetais e outros alimentos fibrosos, como verduras.
Além disso, a necessidade proteica desse grupo de animais é superior à de outros grupos, devido à quantidade de enzimas que são responsáveis pela metabolização das proteínas. Por esse motivo, uma ração de qualidade é essencial.
A seguir, destacamos alguns cuidados primordiais para a dieta de gatos, com foco nos que são domesticados, para que você saiba como manter o seu pet saudável.
Ingestão de macronutrientes
Os gatos possuem maior facilidade para absorver proteínas e é delas que retiram nutrientes importantes para a manutenção de sua saúde. Seu consumo diário pode ser até três vezes maior em relação aos cães.
De acordo com o Portal Vet Royal Canin, para uma dieta adequada a gatos, o ideal é que o consumo de proteínas, gorduras e carboidratos, macronutrientes essenciais para os mamíferos, se divida, aproximadamente, da seguinte forma:
- 52% de proteínas;
- 36% de gorduras;
- 12% de carboidratos.
Desse modo, é perceptível o quão importantes são as proteínas para esses animais, pois é delas que eles extraem boa parte das vitaminas necessárias, muitas delas conseguidas apenas por meio da alimentação.
Estratégias para consumo de água
Para que as proteínas sejam sintetizadas, é necessário água. Isso sem contar todas as demais propriedades da bebida, essencial à vida.
Os gatos, porém, possuem uma característica ligada à sua ancestralidade. Por serem descendentes de felinos do deserto, tendem a ficar por muitas horas sem tomar água.
Essa herança vem do fato de esses felinos do passado extraírem água da carne de suas presas, o que permitia que não precisassem se hidratar constantemente.
Entretanto, pensando nos animais domesticados, que se alimentam com rações, a situação muda, e, por isso, é preciso recorrer a bebedouros que estimulem o animal a tomar água, bem como à dieta líquida, de rações em sachê, por exemplo.
Variação de fontes de proteína
Os felinos, por possuírem uma baixa produção de algumas enzimas que ajudam no processo metabólico, acabam precisando de uma alimentação equilibrada.
Um exemplo é a não conversão, no organismo dos gatos, do betacaroteno (encontrado em vegetais como a cenoura e o caqui) em vitamina A. Assim sendo, é necessária uma ração que já tenha em sua composição essa vitamina.
Outro nutriente é o ômega-3 EPA e DHA, oriundo da proteína extraída de animais marinhos, que é conseguida em rações que tenham peixes, como atum e salmão em sua base.
É preciso balancear, no entanto, com rações que tenham como base carnes de animais terrestres, como a bovina, que apresentam um outro nutriente, o ômega-6, também fundamental para a dieta do felino.
Mas qual ração escolher?
Existem variáveis que influenciam na escolha de qual é a melhor ração para seu gato.
É preciso levar em consideração idade, espécie e, se for o caso, pontos como pele, tônus muscular, pelos e chances de atingir obesidade.
Algumas espécies sofrem com problemas de pele, devido a condições genéticas, e há aquelas que precisam de rações que tenham um formato mais palatável durante o processo de ingestão.
O ideal é consultar um veterinário ao adotar seu gato, para que ele o examine e saiba quais são suas necessidades primordiais. Com esses dados, será possível estabelecer uma dieta mais eficaz e saudável para o bichano.