O combate à obesidade é multidisciplinar, envolvendo alimentação equilibrada, exercícios e suporte psicológico
A obesidade é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma doença crônica e uma das principais enfermidades que acometem a humanidade no século XXI. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, feita em 2020, cerca de 60% dos adultos brasileiros apresentam excesso de peso e 25% se enquadram no espectro da obesidade.
Embora muitas vezes a obesidade esteja associada apenas à alimentação, é, na verdade, um problema que envolve diversos aspectos, como emocional, financeiro, social e até profissional. Entender quais são as principais causas é o primeiro passo para um tratamento eficaz de combate ao número crescente de obesidade no Brasil.
O que é obesidade?
Segundo a OMS, obesidade é um quadro clínico de acúmulo excessivo de gordura corporal e aumento da razão entre peso e altura de um indivíduo. Para definir se uma pessoa está em quadro de obesidade, é preciso fazer o cálculo de IMC, dividindo o peso em kg pela altura ao quadrado em metros. Se o resultado for acima de 30, já é considerado obesidade.
Alimentação: principal vilão, mas não o único
A má alimentação é uma das causas mais conhecidas da obesidade. O desequilíbrio entre a quantidade de calorias ingeridas e de calorias gastas é causado pelo consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, ricos em sódio, açúcares e gorduras.
O padrão alimentar do Brasil nos últimos anos passou a incluir cada vez mais produtos industrializados e menos frutas e legumes, principalmente nos estágios de infância e adolescência, consumindo alimentos como salgadinhos e refrigerantes, que possuem baixo valor nutricional e alto índice calórico.
Sedentarismo
O sedentarismo é o segundo vilão do combate à obesidade. Conforme o estilo de vida mundial passa a ser cada vez mais digital, menos esforço físico nosso corpo exerce. Passamos mais tempo sentados em frente às telas, seja para trabalhar, estudar ou mesmo para recreação.
Fatores psicológicos
A obesidade não é apenas uma questão de saúde física. Os fatores psicológicos causam muita influência no quadro da obesidade, e a compulsão alimentar pode ser uma válvula de escape para compensar estresse, ansiedade ou depressão.
Fatores genéticos
Por fim, existem também os fatores genéticos, que favorecem, para uma minoria, a predisposição à obesidade. Casos de obesidade na família, diabetes, doenças cardíacas, problemas respiratórios, hipotireoidismo, síndrome do ovário policístico e deficiências hormonais podem acelerar o processo de ganho de massa gordurosa no corpo.
Como combater a obesidade
Para combater um quadro de obesidade, é preciso atacar todas as frentes de forma eficiente, a começar por uma alimentação balanceada, rica em frutas, legumes, folhas, carnes magras, e pelo controle do consumo de industrializados. Essa é a principal forma de reduzir um quadro de obesidade, ingerindo menos calorias do que o corpo consome.
Muitas vezes, é preciso, inclusive, dispor de ajuda profissional de um nutricionista, para que a dieta saudável respeite a realidade de cada paciente. O segundo passo é incluir na rotina atividades físicas para combater o sedentarismo, sempre acompanhado de um profissional, para que não sejam causadas lesões.
A ajuda profissional de um psicólogo é muito valiosa para compreender quais fatores psicológicos estão influenciando no ganho de peso do paciente.
Por fim, fazer acompanhamento médico com relação a condições genéticas e hormonais preexistentes é indispensável, e, muitas vezes, é preciso receitar remédios para controlar casos de diabetes ou regular a pressão arterial.
Em casos mais graves, o médico pode prescrever remédios para