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Projeto ‘A Escola no Hospital’ auxilia pacientes a melhorar desempenho escolar

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Projeto ‘A Escola no Hospital’ auxilia pacientes a melhorar desempenho escolar
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Iniciativa atinge 120 crianças e adolescentes atendidos pelo Hospital Sobrapar e será um dos temas apresentados no simpósio promovido pela instituição: “Saúde, Reabilitação e Desenvolvimento Infantil no Contexto Hospitalar”

O que acontece quando uma criança que realiza tratamento ou está internada em um hospital se ausenta com frequência da escola? Como fica o desempenho escolar e como reverter as dificuldades de aprendizagem que podem surgir decorrentes da própria doença ou como comorbidade?Uma iniciativa do Hospital Sobrapar Crânio e Face, de Campinas, une saúde e educação com o objetivo de melhorar o desempenho escolar das crianças com deformidades de crânio e face atendidas na instituição. Por meio de estratégias de aprendizagem, estimulando o contato com conteúdos acadêmicos e auxiliando a inserção do aluno na escola e nos ambientes sociais, o projeto “A Escola no Hospital” tem obtido resultados positivos.

Todo o trabalho realizado com as crianças será apresentado durante o “Simpósio Sobrapar: Saúde, Reabilitação e Desenvolvimento Infantil no Contexto Hospitalar”, que acontecerá em Campinas no dia 17 de junho, com inscrições abertas.

A paciente Milena Martins Cândido, de 11 anos de idade, com fissura lábio palatina, é um exemplo dos resultados. Ela começou a ser atendida pelo Hospital Sobrapar quando nasceu e integra o projeto desde 2018. Milena aprendeu a ler e a escrever com a psicopedagoga e coordenadora da “A Escola no Hospital”, Raquel Urvaneja. Após a pandemia, Milena retornou ao projeto com muita dificuldade, porém, com o incentivo da mãe e o acompanhamento da psicopedagoga, já apresenta uma boa evolução.Raquel Urvaneja explica que despertar o interesse pela escola e mostrar a cada paciente o quanto é capaz de aprender, extraindo suas principais habilidades e capacidades, é um dos grandes desafios enfrentados nos atendimentos do Hospital Sobrapar. Na maioria das vezes, o tratamento das anomalias craniofaciais pode chegar a até 20 anos de duração e exige consultas frequentes e eventuais cirurgias, fazendo com que o paciente em idade escolar acumule faltas nas aulas. Essas ausências podem prejudicar a compreensão dos conteúdos, gerar defasagem escolar e a perda do vínculo com amigos e professores, aumentando as dificuldades de aprendizagem e reduzindo a vontade de aprender e a inclusão social.

Essencial durante o período pandêmico, orientando e acolhendo pacientes e famílias para manter o interesse em permanecer na escola, o projeto continua crescendo e já soma 120 crianças atendidas anualmente. Apoiada pela Fundação Prada de Assistência Social, a iniciativa consiste em montar, após uma avaliação psicopedagógica com testes padronizados, um plano de intervenção individual, a partir das necessidades, dificuldades e anseios de cada criança.

O projeto inclui diversos tipos de jogos de estratégias, que estimulam o pensamento, quebra-cabeça, incentivo à escrita e leitura, atividades escolares que envolvam a criatividade, pensamento lógico-matemático, leitura e interpretação de texto, atenção e foco, favorecendo a aquisição de estruturas cognitivas. Isso ocorre no atendimento dentro do hospital e, também, em casa, quando necessário. É muito importante também para essas crianças com anomalias craniofaciais, atendidas pelo Hospital Sobrapar, o acolhimento e a escuta ativa sobre suas dificuldades.O trabalho em conjunto com a família é outro pilar do projeto. “É sempre necessário acolher as famílias e entender qual o significado da aprendizagem para eles, como foi a experiência na época escolar e como eles podem ajudar e orientar seus filhos. Depois, mostrar e conscientizar sobre o processo de aprendizagem. Com isso, as famílias começam a entender a importância da escola e associar as informações com a realidade da criança”, conta Raquel.

Durante o “Simpósio Sobrapar: Saúde, Reabilitação e Desenvolvimento Infantil no Contexto Hospitalar”, que acontecerá entre 8h e 17h, no dia 17 de junho, no Auditório do IOU – Instituto de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço Unicamp, serão discutidos, entre outros temas, a importância da adesão ao tratamento de longo prazo, os aspectos psiquiátricos da criança hospitalizada, os recursos lúdicos na conduta hospitalar e o medo no contexto do hospital. Podem participar profissionais e estudantes das áreas de enfermagem, fonoaudiologia, medicina, nutrição, odontologia, psicologia, psiquiatria, psicopedagogia e serviço social. Inscrições pelo site: Simpósio Multidisciplinar Hospital Sobrapar – Hospital Sobrapar

“Chama muito a nossa atenção o quanto a pandemia impactou o desenvolvimento infantil. Havia dificuldades de transporte e insegurança em prosseguir com o tratamento, entre vários outros fatores. Mas não há tempo a perder quando se trata de intervenções em crianças”, diz Rosa Palladino, psicóloga do Hospital Sobrapar.

Rosa destaca a importância da atualização dos profissionais de saúde que atendem crianças. “Independente da pandemia, os cuidados no desenvolvimento infantil exigem responsabilidade, diagnóstico e intervenções em tempo oportuno, evitando prejuízos maiores. É impossível olhar para o desenvolvimento infantil sem ficarmos atentos aos impactos para uma criança hospitalizada ou que precise de atendimento frequente”, complementa.

O Hospital Sobrapar é uma instituição privada e de natureza filantrópica, referência no tratamento multidisciplinar das anomalias craniofaciais congênitas ou adquiridas. Realiza, em média, 1200 cirurgias reconstrutoras e mais 50.000 atendimentos por ano a pacientes SUS de todo o Brasil. Nas redes sociais, acesse @hospitalsobrapar ou site www.sobrapar.org.br

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