No Brasil, aumento de sedentarismo entre os jovens preocupa a comunidade médica
Os jovens não fazem o mínimo de atividade física necessária para se manterem saudáveis. Foi a essa conclusão que chegaram quatro cientistas da Organização Mundial da Saúde (OMS), após o que foi considerado o maior estudo já realizado sobre o tema. Ao todo, mais de 1,5 milhão de adolescentes (de 11 a 17 anos) foram avaliados durante os anos de 2001 a 2016.
Ao todo, 80% destes jovens não praticam nenhuma atividade física diária, como caminhar ou jogar bola, por exemplo. Vale mencionar que a recomendação da OMS é de pelo menos uma hora por dia de movimentação. Outras conclusões da pesquisa são: 1) não houve avanço considerável no período do estudo; 2) meninos fazem mais exercício que meninas; e 3) tanto países ricos quanto pobres estão lidando com o sedentarismo.
O estudo completo foi publicado na revista The Lancet.
Bangladesh é o país com o melhor desempenho no que diz respeito ao sedentarismo entre os jovens, com uma taxa de 66,1%. Por outro lado, a Coreia do Sul apresenta o pior resultado, com alarmantes 94,2% de jovens sedentários. No Brasil, 83,6% dos jovens também se encontram nessa categoria de falta de atividade física regular.
Para se ter uma ideia, no Brasil, houve um aumento significativo no número de jovens (10 a 19 anos) com sobrepeso, obesidade e obesidade grave. A porcentagem subiu de 21% para mais de 30% durante os anos de 2012 e 2022. Para profissionais da saúde, o sedentarismo entre crianças e adolescentes está se tornando um problema de saúde pública.
A falta de atividade física em crianças e adolescentes pode levar ao aumento do risco de obesidade, o que acarreta consequências prejudiciais à saúde, como hipertensão e até o aparecimento de diabetes tipo 2, que está diretamente relacionada ao excesso de peso e acúmulo de gordura.
Mas qual é a causa desse cenário?
Estudiosos apontam o uso excessivo de telas como uma das principais causas do sedentarismo. A tecnologia cada vez mais presente na vida humana alterou as atividades diárias, do trabalho ao lazer. Dormir menos, passar mais tempo sentado e fazer menos atividade física são parte da realidade.
Além disso, outros fatores também podem influenciar no aumento do sedentarismo. Dentre eles, pode-se destacar a falta de segurança nas cidades para que as crianças possam brincar nas ruas, o fato de que os pais têm cada vez menos tempo para passar com seus filhos e a piora na qualidade da alimentação.
Para combater os efeitos negativos do sedentarismo, é de extrema importância incentivar os jovens a buscarem uma vida ativa e saudável, por meio de exercícios físicos regulares aliados a uma alimentação adequada. No caso de inchaço e dores nas pernas devido ao sedentarismo, os jovens podem utilizar meias de compressão durante a atividade para que consigam se exercitar sem desconfortos.