Médico veterinário alerta para o risco de resfriados, pneumonia e leptospirose
A época de chuva e temperaturas mais baixas já teve início na Bahia e, com ela, vem a necessidade de cuidados especiais com os pets, que podem apresentar desde resfriados até ter um risco maior para leptospirose, em função dos alagamentos típicos desse período.
O médico veterinário e responsável técnico pela Clínica Veterinária da AGES, localizada em Paripiranga, Lauman Gonçalves de Carvalho, aponta que assim como nós, os cães e gatos são animais de sangue quente, que sofrem influência das variações do clima. Algumas raças sofrem mais com essas mudanças de temperatura, como aqueles animais de pelos curtos ou desprovidas de pelos.
“Como alternativas para amenizar essa situação podemos indicar o uso de cobertas, roupinhas e camas que proporcionem um conforto térmico para os animaizinhos. Não havendo esses cuidados os nossos amigos passam a correr riscos de adquirir doenças respiratórias, a exemplo de resfriados e até mesmo quadros de pneumonia”, alerta o veterinário.
Outro cuidado necessário é em relação à leptospirose, doença bacteriana que pode ser considerada como zoonose (ou seja, transmissível de animais para humanos), e que é um risco em ambientes úmidos e alagados, pois a urina do rato que esteja contaminado pode entrar em contato com a água e chegar até os animais e, por meio de pele íntegra ou ferimentos, contaminar o pet.
“A vacina que previne a leptospirose é de fundamental importância no período de inverno. Sabemos que o animal acometido pela doença pode não resistir ou mesmo acabar com várias sequelas, a exemplo de problemas renais e hepáticos, além de poder contaminar seus tutores. Por isso, saliento a importância dessa vacina”, enfatiza Lauman.
Entre os meses de abril e julho, são mais comuns também os temporais, com trovões e ventos fortes, o que também pode ser um problema para os pets. Afinal, o barulho pode assustar os animais, assim como o show de fogos de artifício em época junina ou de Réveillon, podendo fazer com que os animais se machuquem ou gerar fugas.
“Caso o animal apresente desconforto ou mesmo crises de pânico nessas situações, nada melhor que procurar mantê-los em locais seguros que não ofereçam risco deles sofrerem acidentes. Se for um caso muito grave, é possível avaliar a possibilidade de usar algum tranquilizante, sob orientação de um médico veterinário sempre. E, claro, jamais permitir que os animais tenham acesso a rua nesses momentos, pois o medo pode fazer com que eles fujam e acabem se perdendo”, adverte o responsável técnico pela Clínica Veterinária da AGES.
Grande Porte
Os animais de grande porte também precisam ser cuidados na época fria. Eles possuem cascos que na maioria das vezes são sensíveis ao excesso de umidade. Além disso, Lauman aponta que problemas respiratórios também podem acometer essas espécies, e isso tudo pode gerar perdas tanto para a saúde como também perdas na produção oriunda deles.
“Por isso, devemos buscar locais secos para evitar que os cascos fiquem expostos constantemente a lama ou água e cuidar do ambiente, para que a água não entre em contato com a ração e acabe estragando ou gerando micro-organismos, que causem mal aos animais que a consumam”, aponta o médico veterinário.