Estudar fora do Brasil é o tipo de experiência que muita gente sonha em viver. No entanto, por trás do sonho, muitas vezes vem a dúvida: será que é possível fazer intercâmbio com pouco dinheiro? A boa notícia é que sim. Com pesquisa e organização, é possível transformar esse objetivo em realidade.
Existem muitas oportunidades de bolsas de estudo, tanto oferecidas por universidades quanto por programas de cooperação internacional. E, claro, há uma exigência que não pode ser ignorada: o seguro-viagem para Europa ou para o continente em que você estará durante o intercâmbio.
Há diversas formas de tornar o intercâmbio muito mais acessível e viável. A seguir, veja opções de países que reúnem essas vantagens e entenda como aproveitar ao máximo cada oportunidade.
Portugal: o destino mais popular (e viável) para brasileiros
Entre todos os destinos internacionais, Portugal costuma ser o mais procurado por estudantes brasileiros. E isso não acontece por acaso. Falar a mesma língua já elimina uma grande barreira. Além disso, o país oferece boa qualidade de ensino, opções de cursos com valores razoáveis e um ambiente receptivo.
Outro ponto que contribui para essa popularidade é a possibilidade de trabalhar durante os estudos, o que ajuda a equilibrar os custos da estadia. Universidades como a do Porto e a de Coimbra são bem-avaliadas.
Além disso, essas opções contam com programas de graduação e de pós-graduação com mensalidades que cabem no bolso. Sem contar que muitas mantêm acordos com instituições brasileiras, o que pode facilitar o processo de inscrição.
México: cultura rica e boas universidades
Seguindo pelas opções mais próximas ao Brasil, o México se destaca como uma alternativa interessante. O país combina uma tradição cultural forte com universidades respeitadas e, o melhor de tudo, com um custo de vida mais baixo do que em muitos destinos da Europa.
A Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) e o Tecnológico de Monterrey são duas instituições bem-reconhecidas, com cursos voltados a estrangeiros e oportunidades de bolsas parciais. Para quem estuda em uma universidade brasileira, vale a pena verificar a existência de convênios e de programas de intercâmbio entre instituições. Outro ponto positivo é a chance de aprender espanhol, o que pode abrir portas em outros países da América Latina.
Alemanha: ensino gratuito e qualidade de vida
Entre os destinos europeus, a Alemanha se destaca por um diferencial difícil de ignorar: o ensino gratuito em muitas universidades públicas, inclusive para estudantes internacionais. Isso já reduz drasticamente os custos do intercâmbio.
Entre as opções para estudar com baixo custo na Alemanha estão a Universidade de Heidelberg e a LMU de Munique, que oferecem cursos com taxas simbólicas ou gratuitas para alguns estudantes. Porém, para conseguir uma vaga, é necessário começar a candidatura com antecedência, reunir documentos como carta de motivação e histórico escolar e buscar programas em inglês, que são comuns em diversas áreas.
Cidades como Leipzig, Dresden ou Karlsruhe são boas escolhas para viver. Elas oferecem excelente qualidade de vida, aluguel mais acessível que grandes centros e boas oportunidades de emprego para estudantes.
Argentina: educação pública de qualidade
Para quem prefere não ir tão longe, a Argentina surge como uma opção prática e econômica. A proximidade geográfica facilita deslocamentos e ajuda a manter os custos sob controle — especialmente com passagens e comunicação com a família.
O grande atrativo do país está no sistema público de ensino. Universidades como a UBA (Universidad de Buenos Aires) oferecem cursos gratuitos para estrangeiros e são bem-avaliadas internacionalmente. O processo de inscrição exige atenção aos documentos e prazos, mas não costuma ser burocrático.
Filipinas: aprendizado por valor acessível
Se o objetivo é aprender inglês, mas sem gastar tanto quanto se gastaria em países como Estados Unidos ou Reino Unido, as Filipinas são uma alternativa que merece atenção. O país tem escolas de idiomas que oferecem pacotes completos, incluindo aulas, hospedagem e alimentação, por valores bem mais acessíveis.
Sem contar que, caracterizado por sua simplicidade e sua flexibilidade, o processo de visto torna o planejamento do intercâmbio consideravelmente mais fácil. Cidades como Cebu e Manila são populares entre estudantes internacionais, com boa infraestrutura, ambiente multicultural e opções de lazer.
Como encontrar programas baratos e experiências alternativas de intercâmbio?
Nem sempre é preciso seguir o caminho tradicional para estudar fora. Existem outras formas de viver essa experiência gastando menos. Uma delas é o intercâmbio voluntário.
Para isso, existem plataformas como Worldpackers, Workaway e AIESEC, que conectam estudantes a projetos em diferentes países, com hospedagem e alimentação incluídas em troca de algumas horas de trabalho por dia. Outra possibilidade são os cursos técnicos no exterior, especialmente em áreas com alta demanda como gastronomia, tecnologia e design. Eles costumam ter curta duração, valores acessíveis e bom retorno no mercado de trabalho.