A partir da puberdade, todas as meninas devem ir ao ginecologista. Porém, os exames de prevenção ao câncer de colo do útero se inicia a partir da primeira relação sexual. No Brasil o exame de prevenção é feito anualmente nas mulheres que já tem vida sexual ativa.
– Quais são os sintomas do câncer de colo no útero? Como diagnosticar?
A melhor maneira de diagnosticar o Câncer de colo do útero na fase inicial é através do exame preventivo. Os sintomas são: secreção vaginal, muitas vezes com aspecto sangrinolento e com odor desagradável. Esses são os sintomas mais comuns. O sangramento durante a relação sexual também é um sintoma importante que deve ter atenção.
– Mulheres com casos de câncer de colo no útero na família tem mais chances de serem acometidas pela doença?
O câncer de colo do útero normalmente não tem nenhuma relação com hereditariedade. Na maioria das vezes eles está vinculado ao HPV, sem histórico familiar.
– Mesmo que a paciente seja nova, ainda assim existe a possibilidade de se tornar infértil? Como proceder se a mulher ainda quer ter filhos?
Os casos de tratamento do câncer de colo do útero avançado, muitas das vezes tem indicação da retirada do útero como um todo e essa mulher realmente não vai conseguir engravidar mais. Mas, havendo a preservação dos ovários, ela pode utilizar o material genético dela, os óvulos, para fertilizar, e fazer o uso de um útero de substituição, uma barriga solidária. Casos que não tem indicação de fazer uma cirurgia radical, mas tem indicação de radioterapia ou quimioterapia, a melhor estratégia é fazer o congelamento de óvulos antes da terapia, para que esse tipo de tratamento não danifique os óvulos das mulheres. Muitas das vezes, as mulheres que passam por esse tipo de tratamento oncológico, entram em menopausa precoce porque tem os seus óvulos destruídos. Por isso, o ideal é que faça o congelamento de óvulos antes do tratamento.
– como funciona o tratamento?
O tratamento depende muito do estágio. Em estágios iniciais, muitas das vezes, a própria biópsia alargada já remove todo o tecido cancerígeno e só se faz o acompanhamento. Nos casos mais avançados, retirar todo o colo do útero, nos mais avançados ainda, a cirurgia radical que é a retirada do útero e em alguns casos, existe a necessidade de radioterapia e quimioterapia após a cirurgia.