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Ofensas nas redes sociais reforçam misoginia e xenofobia contra candidatas nordestinas

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Ofensas nas redes sociais reforçam misoginia e xenofobia contra candidatas nordestinas
Imagem: Agência Tatu

Ofensas que reforçam a violência de gênero e a xenofobia dão o tom das interações nas redes sociais das candidatas nordestinas às Eleições de 2022. “Vergonha”, “chora” e “burra” são termos comuns em tweets e comentários direcionados a essas mulheres.

De acordo com dados do MonitorA 2022, projeto da Revista AzMina em parceria com InternetLab e Núcleo Jornalismo, a ofensa às mulheres não depende do seu posicionamento ideológico. É o caso de Mayra Pinheiro (PL), candidata a deputada federal no Ceará; Natália Bonavides (PT), deputada federal reeleita no Rio Grande do Norte; e Marília Arraes (Solidariedade), que disputa o 2º turno para governo de Pernambuco: posicionadas em diferentes espectros políticos, as três são campeãs no lamentável ranking de candidatas nordestinas acompanhadas pelo observatório no Twitter.

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As ofensas direcionadas ao trio se repetem: “não tem vergonha na cara”, “só fala merda” e “idiota” aparecem junto a ataques relacionados às suas orientações político-ideológicas, como “capitã cloroquina” e “bolsomerda”, no caso de Pinheiro, e “esquerdopata” e “chora esquerdalha“, nos casos de Natália e Marília. Mas os xingamentos também se expandem para a população dos estados que elas buscam representar, se transformando em ataques xenofóbicos. Expressões como “pernambucano é tão burro” e “vergonha do povo potiguar” apareceram nas redes de Arraes e Bonavides, respectivamente.

OFENSAS POR IDADE E GÊNERO

As mulheres que iniciam sua vida política ainda jovens também são alvo de violência de gênero por isso, em ataques notadamente misóginos e infantilizadores. A reportagem conversou com a vereadora por Maceió Teca Nelma, de 23 anos, que foi candidata a deputada estadual pelo PSD, e com a deputada estadual reeleita pelo MDB, Cibele Moura, de 25 anos, ambas eleitas pela primeira vez aos 21 anos.

As duas perceberam a mudança no direcionamento das ofensas recebidas. Inicialmente, o foco era a idade, depois, se tornou a aparência. “No início era bem complicado para mim, lidar com tudo isso, porque eu saí de uma vida de uma anônima para a vida de uma pessoa pública, em que tudo meu era analisado. As pessoas falavam do meu cabelo, que eu não sabia pentear, falavam do meu óculos, que eu era a vereadora quatro olhos, que eu não sabia me vestir, das minhas unhas. É algo que eu aprendi a lidar nesse um ano e meio, com muita terapia”, relata Teca.

Para ambas, a infantilização parece estar ligada com a questão do gênero. “Na primeira eleição, ainda por não ser conhecida pelo grande público, eu era muito taxada como muito jovem, muito nova. E isso veio em um momento em que tantos homens jovens com a mesma idade que eu também eram candidatos, também foram eleitos, mas eu era tachada como nova demais, ‘filhinha de papai’, esse tipo de coisa que toda mulher jovem escuta quando entra para a política”, diz Cibele.

Teca tem a mesma sensação. “Por que eu recebo tanto questionamento pela minha idade? Por que os colegas da minha idade não recebem? Por que as pessoas questionam meu cabelo, minha roupa e meu óculos, e não questionam o parlamentar homem? Por que qualquer agressão que eu sofro é primeiramente sobre meu gênero e posteriormente é sobre meu trabalho?”, questiona.

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NORDESTE ELEGEU 16% DE MULHERES 

Dos 27 estados brasileiros, apenas dois, localizados no Nordeste, contarão com mulheres como chefes do Executivo Estadual no próximo ano. Enquanto o Rio Grande do Norte reelegeu Fátima Bezerra (PT) com 58,2% dos votos, em Pernambuco o segundo turno, no próximo dia 30, a disputa será entre Marília Arraes (Solidariedade) e Raquel Lyra (PSDB).

Esses resultados refletem a desigualdade de gênero na política em todo o país. Dados da Estimativa Populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) coletados pela Agência Tatu, apontam que quase 52% da população do Nordeste é composta por mulheres. Este ano, no entanto, os candidatos da região disputaram 510 vagas para o Legislativo federal e estadual e também o Executivo, mas apenas 82 mulheres (16%) foram eleitas. Apesar do aumento de 11% em relação às eleições de 2018, quando somente 73 mulheres conquistaram uma das vagas disputadas, há um longo caminho até a paridade de gênero.

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No caso de Alagoas, as mulheres lamentam dar um passo à frente e outro atrás. O estado elegeu seis mulheres para a Assembleia Legislativa, uma a mais que em 2019, mas perdeu sua cadeira feminina na Câmara dos Deputados. “A única mulher deputada federal de Alagoas perdeu a reeleição (Tereza Nelma – PSD) e nenhuma outra conseguiu essa cadeira. Perdemos uma cadeira que era importantíssima para as mulheres de Alagoas”, reforçou Cibele.

Para Priscila Lapa, cientista política e professora na Faculdade de Ciências Humanas de Olinda, a baixa representatividade afeta a tomada de decisões favoráveis às mulheres no dia a dia da política.

“Essa é a essência do processo de representação: eu defendo aquilo com que me identifico mais. Existem pautas que afetam mulheres em aspectos que guardam relação com outros grupos sociais, como a renda. Mas existem aquelas que dizem respeito à condição de ser mulher. Aí é onde ter uma representação política concatenada com esta pauta faz a diferença”, explica.

Entre as mulheres eleitas no Nordeste neste ano, e as que ainda disputam o segundo turno em Pernambuco, o perfil encontrado pela Agência Tatu, conforme declarações ao TSE, é de mulheres brancas (50 das eleitas), com nível superior completo (68), casadas (53), que têm entre 41 e 50 anos (28). Entre os partidos, quem mais elegeu mulheres (16) foi o PT. Com relação à ocupação profissional, a maioria se declarou “deputada” (26). Isto acontece quando a candidata concorre à reeleição para deputada estadual ou federal e não declara outra profissão.

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Além das dificuldades estruturais, como o subfinanciamento de campanhas femininas, e a violência política de gênero, Teca relembra o lugar de tutela das mulheres na política, quando muitas só conseguem ocupar espaços por serem esposas ou filhas “de alguém”. “Geralmente a gente vê entrando na política a ‘mulher de não sei quem’ ou ‘a filha de não sei quem’. É possível ver isso aqui na Câmara de Vereadores [de Maceió, a ], onde a Galeria Lilás reúne fotografias das vereadoras eleitas, e, entre elas, uma é descrita apenas como ‘esposa de fulano’. A gente não sabe o nome dela, só sabe que ela é esposa de alguém”, conta.

ELEIÇÕES E XENOFOBIA

Durante o período eleitoral, insultos direcionados aos candidatos e eleitores da região Nordeste, como “o povo do Nordeste é tão burro”, “que vergonha de ser nordestino/a” ou “querem continuar pobres” são observados com frequência. Como estratégia política ou para inferiorizar os nordestinos, moradores de outras regiões do país – e até nordestinos contrários aos resultados das eleições – usam a origem regional como base para xingamentos e acusações.

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De acordo com Luciana Santana, cientista política e professora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), apesar de o preconceito contra nordestinos não ser novo, se intensificou desde as eleições de 2018. A conexão está entre a disseminação de discursos de ódio e a intolerância a posições políticas divergentes. “Já aconteceram outros episódios, mas o que temos hoje é uma intensidade desses ataques que estão acontecendo. E essas pessoas não conhecem o Nordeste. Eles não têm noção de como é a formação dos estados, qual a realidade social e econômica, os motivos que levaram a essa alta concentração de renda e desigualdade, e não conseguem perceber as mudanças mais recentes”.

A cientista política aponta a responsabilidade de políticos que endossam esse preconceito contra os nordestinos. “Quando um chefe de estado atribui o analfabetismo a uma preferência política, isso reforça o preconceito e a ignorância dessas pessoas, de considerar que o nordestino deve ficar submisso e que ele não consegue ter o mesmo desenvolvimento intelectual que pessoas de outras regiões”, exemplificou.

O professor de Antropologia da Ufal, Bruno César Cavalcanti, concorda que falas do Presidente Jair Bolsonaro (PL) reforçam estereótipos sobre o nordestino. “Há outra confusão: confunde-se constantemente nível escolar com alfabetização política. No Brasil, votar foi durante muito tempo uma prerrogativa de letrados, formulação que excluía a grande maioria da população de participar do processo político-eleitoral”.

 

Fonte: Agência Tatu

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Santander/Divulgação
Santander/Divulgação

Está em andamento a 23ª edição do Amigo de Valor e Parceiro do Idoso, campanhas anuais  do Santander Brasil que se consolidaram como uma das maiores iniciativas de destinação de Imposto de Renda para fins sociais no País. A expectativa para 2025 é arrecadar R$ 34 milhões até o dia 21 de novembro, apoiando 104 projetos em 21 estados e beneficiando diretamente mais de 16 mil crianças, adolescentes e idosos.

Neste ano, 20 municípios em Pernambuco têm juntos 25 projetos (veja os nomes deles ao fim do texto) beneficiados nos programas do Santander: Caruaru, Glória do Goitá, Gravatá, Ibimirim, Lagoa de Itaenga, Moreno, Palmares, Paulista, Salgueiro, São Caetano, São José da Coroa Grande, Serra Talhada e Triunfo, no Amigo de Valor; No Parceiro do Idoso, as cidades são: Belo Jardim, Glória do Goitá, Ibimirim, Inajá, Lagoa de Itaenga, Mirandiba, Palmares, Pesqueira, Poção, Salgueiro, Santa Cruz da Baixa Verde e Serra Talhada.

O cenário atual do país reforça a urgência dessa mobilização. No Brasil, 44% das denúncias de violações de direitos humanos envolvem crianças e adolescentes; os casos de maus-tratos cresceram 8%; a violência doméstica aumentou 7,8%; e, a cada hora, cinco crianças de até 14 anos sofrem violência sexual. Entre os idosos, a realidade também preocupa: apenas nos três primeiros meses de 2024, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania recebeu mais de 42 mil denúncias de violações de direitos, número superior ao registrado no mesmo período de 2023 e 2022.

“A cada edição, reforçamos que solidariedade e cidadania andam juntas. Ao facilitar o processo de destinação do Imposto de Renda, possibilitamos que clientes e colaboradores contribuam diretamente para o fortalecimento das comunidades e para a construção de uma sociedade mais justa”, afirma Bibiana Berg, head de Experiência, Cultura e Impacto Social do Santander Brasil.

A participação é simples e sem custo adicional. Pessoas físicas que fazem a declaração pelo modelo completo podem destinar até 6% do imposto devido, enquanto aquelas que optam pelo modelo simplificado podem contribuir a partir de R$ 25. Já as empresas tributadas pelo lucro real podem direcionar até 1% do imposto para o Amigo de Valor e mais 1% para o Parceiro do Idoso, com dedução no imposto a pagar.

Os recursos são destinados diretamente ao projeto escolhido pelo doador, por meio de uma plataforma online criada pelo Santander, que apresenta descrições, imagens, metas de arrecadação e o número de beneficiários de cada iniciativa. Empresas também podem realizar suas doações pelo Internet Banking.

Todos os projetos apoiados seguem as diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do Estatuto do Idoso, e são desenvolvidos em cidades com IDH de até 0,739. Entre as frentes de atuação estão: acolhimento de crianças e adolescentes, inclusão de pessoas com deficiência, combate a maus-tratos, ao trabalho infantil e à violência sexual, além de ações socioassistenciais e de empoderamento feminino.

Ao longo de sua história, o Amigo de Valor e o Parceiro do Idoso já arrecadaram juntos mais de R$ 363 milhões, apoiaram 1.328 iniciativas sociais em mais de 500 municípios e transformaram a vida de cerca de 1,7 milhões de pessoas.

Contexto

De acordo com o Atlas da Violência 2025 (Ipea/FBSP), mais de 115 mil crianças e adolescentes foram vítimas de violência física, psicológica, sexual ou negligência em 2023 — um aumento de 36% em relação ao ano anterior, sendo a maioria dos casos registrados dentro de casa. Esse dado evidencia a urgência de ampliar redes de proteção e apoio social.

Ao contribuir com projetos sociais por meio do Amigo de Valor, a sociedade ajuda a quebrar ciclos de violência e a enfrentar fenômenos como a adultização de crianças e adolescentes — quando responsabilidades e situações para as quais não estão preparados lhes são impostas precocemente, comprometendo seu desenvolvimento. As iniciativas apoiadas pelo programa oferecem acolhimento, segurança, atividades socioeducativas e oportunidades de lazer, garantindo que meninas e meninos vivam plenamente a infância e a adolescência.

 

Cidades e projetos beneficiados:

Amigo de Valor

Caruaru 

Projeto: Tecendo Saberes na Vida da Meninada e na Comunidade 

 

Glória do Goitá

Projeto: Educação e Vivências Inclusivas 

 

Gravatá

Projeto: Mãos que Acolhem

 

Ibimirim

Projeto: Rede Umburanas

 

Lagoa de Itaenga

Projeto: Teia de Proteção, Acolhimento e Inclusão

 

Moreno

Projeto: Família Acolhedora Moreno

 

Palmares

Projeto: ConVivência Feliz

 

Paulista

Projeto: Por uma Juventude em Paz e Segura

 

Salgueiro

Projeto: Cultivando Valores

 

São Caetano

Projeto: Família Acolhedora – Cuidado que Garante Direitos

 

São José da Coroa Grande

Projeto: Gerando Laços

 

Serra Talhada

Projeto: Sementes do Amanhã

 

Triunfo

Projeto: Caravana Adolescência sem Gravidez

 

Parceiro do Idoso

 

Belo Jardim: 

Projeto: NAPI – Núcleo de Apoio à Pessoa Idosa

 

Glória do Goitá

Projeto: Vida Feliz

 

Ibimirim

Projeto: Cidadania e Autonomia – Direitos da População Idosa

Inajá

Projeto: Seguindo em Frente

Lagoa de Itaenga

Projeto: Vamosimbora?

Mirandiba

Projeto: Qualidade de Vida na Terceira Idade

Palmares

Projeto: Bem-Estar Social à Pessoa Idosa Residente em ILPI

Pesqueira

Projeto: Pessoa Idosa – Um Novo Retrato para a Sociedade

Poção

Projeto: Renovação Renascente – Pontos e História

Salgueiro

Projeto: Envelhe (SER)

Santa Cruz da Baixa Verde

Projeto: Novos Horizontes

Serra Talhada

Projeto: Envelhecer com Dignidade – Direitos e Autonomia

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santander/divulgação
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Está em andamento a 23ª edição do Amigo de Valor e Parceiro do Idoso, campanhas anuais do Santander Brasil que se consolidaram como uma das maiores iniciativas de destinação de Imposto de Renda para fins sociais no País. A expectativa para 2025 é arrecadar R$ 34 milhões até o dia 21 de novembro, apoiando 104 projetos em 21 estados e beneficiando diretamente mais de 16 mil crianças, adolescentes e idosos.

Neste ano, cinco municípios do Pará têm juntos oito projetos (veja os detalhes ao fim do texto) beneficiados nos programas do Santander: Barcarena, Belterra, Breves, Mojuí dos Campos e Santarém, no Amigo de Valor; e Barcarena e Santarém, no Parceiro do Idoso. 

O cenário atual do país reforça a urgência dessa mobilização. No Brasil, 44% das denúncias de violações de direitos humanos envolvem crianças e adolescentes; os casos de maus-tratos cresceram 8%; a violência doméstica aumentou 7,8%; e, a cada hora, cinco crianças de até 14 anos sofrem violência sexual. Entre os idosos, a realidade também preocupa: apenas nos três primeiros meses de 2024, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania recebeu mais de 42 mil denúncias de violações de direitos, número superior ao registrado no mesmo período de 2023 e 2022.

“A cada edição, reforçamos que solidariedade e cidadania andam juntas. Ao facilitar o processo de destinação do Imposto de Renda, possibilitamos que clientes e colaboradores contribuam diretamente para o fortalecimento das comunidades e para a construção de uma sociedade mais justa”, afirma Bibiana Berg, head de Experiência, Cultura e Impacto Social do Santander Brasil.

A participação é simples e sem custo adicional. Pessoas físicas que fazem a declaração pelo modelo completo podem destinar até 6% do imposto devido, enquanto aquelas que optam pelo modelo simplificado podem contribuir a partir de R$ 25. Já as empresas tributadas pelo lucro real podem direcionar até 1% do imposto para o Amigo de Valor e mais 1% para o Parceiro do Idoso, com dedução no imposto a pagar.

Os recursos são destinados diretamente ao projeto escolhido pelo doador, por meio de uma plataforma online criada pelo Santander, que apresenta descrições, imagens, metas de arrecadação e o número de beneficiários de cada iniciativa. Empresas também podem realizar suas doações pelo Internet Banking.

Todos os projetos apoiados seguem as diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do Estatuto do Idoso, e são desenvolvidos em cidades com IDH de até 0,739. Entre as frentes de atuação estão: acolhimento de crianças e adolescentes, inclusão de pessoas com deficiência, combate a maus-tratos, ao trabalho infantil e à violência sexual, além de ações socioassistenciais e de empoderamento feminino.

Ao longo de sua história, o Amigo de Valor e o Parceiro do Idoso já arrecadaram juntos mais de R$ 363 milhões, apoiaram 1.328 iniciativas sociais em mais de 500 municípios e transformaram a vida de cerca de 1,7 milhões de pessoas.

Contexto

De acordo com o Atlas da Violência 2025 (Ipea/FBSP), mais de 115 mil crianças e adolescentes foram vítimas de violência física, psicológica, sexual ou negligência em 2023 — um aumento de 36% em relação ao ano anterior, sendo a maioria dos casos registrados dentro de casa. Esse dado evidencia a urgência de ampliar redes de proteção e apoio social.

Ao contribuir com projetos sociais por meio do Amigo de Valor, a sociedade ajuda a quebrar ciclos de violência e a enfrentar fenômenos como a adultização de crianças e adolescentes — quando responsabilidades e situações para as quais não estão preparados lhes são impostas precocemente, comprometendo seu desenvolvimento. As iniciativas apoiadas pelo programa oferecem acolhimento, segurança, atividades socioeducativas e oportunidades de lazer, garantindo que meninas e meninos vivam plenamente a infância e a adolescência.

 

Cidades e projetos beneficiados:

BARCARENA

Projeto: Família Acolhedora – Acolher para Proteger 

Executor: Secretaria Municipal de Assistência Social

Causa: Acolhimento 

Capacidade de atendimento: 35 entre crianças, adolescentes e familiares 

O que faz:

Barcarena está implantando o serviço de Família Acolhedora. Já foi contratada uma equipe técnica e iniciadas ações para acolher temporariamente crianças e adolescentes que sofrem violência intrafamiliar. O projeto pretende reforçar o fortalecimento de vínculos e a proteção das vítimas em um ambiente familiar. Para isso, seguirá com a formação das famílias acolhedoras, as visitas às famílias de origem e a mobilização da comunidade com campanhas de divulgação.

BARCARENA

Projeto: Proteger – Enfrentamento ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes 

Executor: Secretaria Municipal de Assistência Social

Causa: Violência Sexual

Capacidade de atendimento: 400 entre crianças, adolescentes e familiares 

O que faz:

Com foco em áreas portuárias e ribeirinhas, este projeto está enfrentando a violência sexual contra crianças e adolescentes no município. A equipe técnica contratada já está realizando a busca ativa de vítimas, recebendo denúncias e atendendo os casos mapeados. Em 2026, o projeto seguirá atuando em escolas e locais de grande circulação do município, reforçando a articulação com o poder público e capacitando os profissionais das redes de saúde, educação e assistência social.

BELTERRA

Projeto: Trilha 

Executor: Secretaria Municipal do Trabalho e Promoção Social

Causa: Socioassistencial 

Capacidade de atendimento: 190 entre crianças, adolescentes e familiares

O que faz:

Crianças e adolescentes que tiveram seus direitos violados ou passaram por medidas socioeducativas agora contam com atividades de formação cidadã e inclusão produtiva. As obras para instalação de uma sala digital no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) já começaram e, enquanto não ficam prontas, os beneficiários são atendidos pela rede socioassistencial. Em 2026, a meta é ampliar as atividades de inclusão digital, reforço escolar e formação para o mundo do trabalho.

BREVES

Projeto: Vozes das Águas 

Executor: Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social

Causa: Violência Sexual 

Capacidade de atendimento: 250 entre crianças, adolescentes e familiares

O que faz:

Este projeto está enfrentando os índices de violência sexual e gravidez na adolescência com ações integradas entre escolas, centros sociais e a rede de proteção. Já foram contratados profissionais, mapeado o território e definidos os públicos prioritários. Em 2026, o projeto será fortalecido com estratégias de engajamento comunitário, escuta ativa dos públicos atendidos, novas ferramentas de mensuração de resultados e a capacitação continuada da equipe.

MOJUÍ DOS CAMPOS

Projeto: Crescer sem Violência  

Executor: Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social

Causa: Violência Sexual 

Capacidade de atendimento: 700 entre crianças, adolescentes e familiares

O que faz:

A primeira etapa deste projeto, que atua na prevenção e atendimento da violência sexual contra crianças e adolescentes, focou na preparação e capacitação da equipe, no mapeamento das comunidades e no início das atividades de conscientização, que já levou palestras e dinâmicas às escolas. Em 2026, serão ampliadas as rodas de conversa com famílias, formações para profissionais, produção de materiais acessíveis, atendimentos psicossociais e a ampliação das ações para territórios mais distantes.

SANTARÉM

Projeto: Transformar Vidas 

Causa: Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social 

Executor: Violência Sexual 

Capacidade de atendimento: 800 entre crianças, adolescentes e familiares

O que faz:

Este projeto tem garantido atendimento psicossocial a vítimas de violência sexual na zona urbana e nas comunidades ribeirinhas de difícil acesso. A rede de proteção foi articulada, uma equipe multidisciplinar foi contratada e capacitada. Para 2026, será viabilizada a locação de veículo 4×4 e embarcação fluvial, assegurando que as ações cheguem também às áreas mais remotas.

BARCARENA

Projeto: Cuidadoso Ribeirinho 

Executor: Secretaria Municipal de Assistência Social 

Causa: Atendimento Domiciliar 

Capacidade de atendimento: 200 idosos e familiares

O que faz:

Este projeto oferece atendimento domiciliar a idosos em isolamento, apoiando também suas famílias no cuidado diário e garantindo o acesso de todos aos serviços socioassistenciais do município. Uma equipe multidisciplinar foi contratada, a região de atuação foi mapeada, foi feita a articulação com a rede de proteção, e os resultados já estão aparecendo. 

SANTARÉM

Projeto: Segurança e Conforto na Melhor Idade 

Causa: Obras Sociais da Arquidiocese de Santarém Lar São Vicente de Paulo 

Executor: Instituição de Longa Permanência 

Capacidade de atendimento: 80 idosos e familiares

O que faz:

Esta instituição de longa permanência para idosos agora quer trabalhar para evitar que esse tipo de acolhimento seja necessário. Para isso, o projeto está implementando atendimentos domiciliares, identificando casos de violações e trabalhando junto às comunidades para criar uma rede de proteção às pessoas idosas. Uma das metas é criar um barco para que uma equipe multiprofissional realize atividades itinerantes, como rodas de conversas, escuta e oficinas.

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Está em andamento a 23ª edição do Amigo de Valor e Parceiro do Idoso, campanhas anuais  do Santander Brasil que se consolidaram como uma das maiores iniciativas de destinação de Imposto de Renda para fins sociais no País. A expectativa para 2025 é arrecadar R$ 34 milhões até o dia 21 de novembro, apoiando 104 projetos em 21 estados e beneficiando diretamente mais de 16 mil crianças, adolescentes e idosos.

Neste ano, dois municípios de Rondônia têm projetos (veja os detalhes ao fim do texto) beneficiados nos programas do Santander: Ariquemes e Ji-Paraná, cada um com um projeto no Amigo de Valor e Parceiro do Idoso. 

O cenário atual do país reforça a urgência dessa mobilização. No Brasil, 44% das denúncias de violações de direitos humanos envolvem crianças e adolescentes; os casos de maus-tratos cresceram 8%; a violência doméstica aumentou 7,8%; e, a cada hora, cinco crianças de até 14 anos sofrem violência sexual. Entre os idosos, a realidade também preocupa: apenas nos três primeiros meses de 2024, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania recebeu mais de 42 mil denúncias de violações de direitos, número superior ao registrado no mesmo período de 2023 e 2022.

“A cada edição, reforçamos que solidariedade e cidadania andam juntas. Ao facilitar o processo de destinação do Imposto de Renda, possibilitamos que clientes e colaboradores contribuam diretamente para o fortalecimento das comunidades e para a construção de uma sociedade mais justa”, afirma Bibiana Berg, head de Experiência, Cultura e Impacto Social do Santander Brasil.

A participação é simples e sem custo adicional. Pessoas físicas que fazem a declaração pelo modelo completo podem destinar até 6% do imposto devido, enquanto aquelas que optam pelo modelo simplificado podem contribuir a partir de R$ 25. Já as empresas tributadas pelo lucro real podem direcionar até 1% do imposto para o Amigo de Valor e mais 1% para o Parceiro do Idoso, com dedução no imposto a pagar.

Os recursos são destinados diretamente ao projeto escolhido pelo doador, por meio de uma plataforma online criada pelo Santander, que apresenta descrições, imagens, metas de arrecadação e o número de beneficiários de cada iniciativa. Empresas também podem realizar suas doações pelo Internet Banking.

Todos os projetos apoiados seguem as diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do Estatuto do Idoso, e são desenvolvidos em cidades com IDH de até 0,739. Entre as frentes de atuação estão: acolhimento de crianças e adolescentes, inclusão de pessoas com deficiência, combate a maus-tratos, ao trabalho infantil e à violência sexual, além de ações socioassistenciais e de empoderamento feminino.

Ao longo de sua história, o Amigo de Valor e o Parceiro do Idoso já arrecadaram juntos mais de R$ 363 milhões, apoiaram 1.328 iniciativas sociais em mais de 500 municípios e transformaram a vida de cerca de 1,7 milhões de pessoas.

Contexto

De acordo com o Atlas da Violência 2025 (Ipea/FBSP), mais de 115 mil crianças e adolescentes foram vítimas de violência física, psicológica, sexual ou negligência em 2023 — um aumento de 36% em relação ao ano anterior, sendo a maioria dos casos registrados dentro de casa. Esse dado evidencia a urgência de ampliar redes de proteção e apoio social.

Ao contribuir com projetos sociais por meio do Amigo de Valor, a sociedade ajuda a quebrar ciclos de violência e a enfrentar fenômenos como a adultização de crianças e adolescentes — quando responsabilidades e situações para as quais não estão preparados lhes são impostas precocemente, comprometendo seu desenvolvimento. As iniciativas apoiadas pelo programa oferecem acolhimento, segurança, atividades socioeducativas e oportunidades de lazer, garantindo que meninas e meninos vivam plenamente a infância e a adolescência.

 

Cidades e projetos beneficiados:

ARIQUEMES

Projeto: Inclusão Digital 

Executor: Lions Clube Ariquemes Canaã

Causa: Socioassistencial  

Capacidade de atendimento: 520 entre crianças, adolescentes e familiares 

O que faz:

O projeto já promoveu a alfabetização digital de 140 jovens – 40% a mais que o previsto. A sala de aula foi reformada, uma nova equipe foi contratada e já são notadas melhorias nas notas escolares e no envolvimento das famílias. Com a maior procura da comunidade, no próximo ano as metas são ampliar a oferta de cursos e palestras, comprar materiais e criar um cadastro de alunos aptos para o primeiro emprego, para que acessem oportunidades de trabalho.

JI-PARANÁ

Projeto: Dignidade e Resiliência 

Executor: Secretaria Municipal de Assistência Social e Família

Causa: Violência Sexual

Capacidade de atendimento: 180 entre crianças, adolescentes e familiares 

O que faz:

Este projeto já deu passos na missão de fortalecer e qualificar o atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. O espaço de atendimento foi adaptado para garantir um ambiente mais acolhedor, as equipes técnicas foram capacitadas e foi elaborado um diagnóstico socioterritorial para nortear as próximas ações. Em 2026, o foco estará na contratação de uma equipe própria, com psicóloga, assistente social, pedagogo, advogado e outros profissionais de apoio.

ARIQUEMES

Projeto: Idoso Feliz 

Executor: Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social 

Causa: Atendimento Domiciliar 

Capacidade de atendimento: 160 idosos e familiares

O que faz:

Por meio de visitas domiciliares regulares, a iniciativa identifica e acompanha idosos em isolamento social, garantindo o acesso a atendimentos e serviços públicos essenciais. Já houve avanços no mapeamento da região de atuação e na articulação com equipes de saúde. Em 2026, o projeto será ampliado com a contratação de visitadores, supervisores e profissionais de fisioterapia, pedagogia e psicologia, e com a expansão para o Distrito de Bom Futuro, impactado pela presença do garimpo. 

JI-PARANÁ

Projeto: Envelhecer em Família 

Causa: Secretaria Municipal de Assistência Social e Família

Executor: Acolhimento Familiar  

Capacidade de atendimento: 40 idosos e familiares

O que faz:

Este projeto quer oferecer uma alternativa humanizada ao acolhimento institucional: famílias capacitadas vão acolher em suas casas pessoas idosas em situação de risco. Todos receberão acompanhamento psicológico e social em suas comunidades. A equipe está sendo formada e a rede de proteção, envolvida na implementação do serviço. Para 2026, sua doação vai viabilizar a seleção, capacitação e acompanhamento das famílias acolhedoras, ampliando a proteção e a dignidade na velhice.

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