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O que está saturado no marketing de influência: por que as marcas precisam repensar suas estratégias

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Publis genéricas, sorteios sem propósito e excesso de formatos iguais estão afastando o público e abrindo espaço para uma nova era de autenticidade e conexão real

Por Larissa Calheiros

O marketing de influência viveu anos de ouro, mas o cenário atual revela sinais claros de desgaste. A corrida por engajamento imediato e números inflados fez com que muitas marcas esquecessem o essencial: relevância e verdade. A repetição de formatos, o discurso publicitário ensaiado e a falta de propósito diluíram o impacto das campanhas, transformando o que deveria ser conexão em mera exposição.

Hoje, o público está mais atento, seletivo e exigente. Segundo dados da HubSpot, 53% dos consumidores afirmam ignorar campanhas patrocinadas que não refletem os valores ou o estilo do influenciador. A mensagem é direta: não basta pagar por visibilidade, é preciso construir relação.

O mercado se saturou de publis genéricas, daquelas em que o influenciador apenas segura o produto e repete um texto pronto. Esses conteúdos não estimulam diálogo, curiosidade ou confiança. A audiência quer ver experiências reais, histórias verdadeiras e contextos que façam sentido.

Outro ponto de desgaste são os sorteios e collabs infladas, que prometem crescimento rápido, mas entregam pouco em qualidade. A falsa sensação de alcance não se traduz em engajamento genuíno, e muitas vezes deixa o influenciador refém de seguidores desinteressados, que desaparecem após o resultado.

Os formatos repetitivos também perderam força. A estética perfeita e o roteiro previsível deixaram de inspirar. O público passou a consumir conteúdos mais voltados para a espontaneidade, nos quais erros, improvisos e demonstrações de vulnerabilidade são aceitos. A tendência é clara: a autenticidade vende mais que a perfeição.

Mas nem tudo é crise. O momento é também de reconstrução e amadurecimento. A nova fase do marketing de influência caminha em direção a três grandes movimentos. O primeiro é o das microcomunidades, que valorizam o engajamento qualitativo e o senso de pertencimento. Pequenos influenciadores, com nichos específicos, têm mostrado resultados muito mais consistentes do que grandes nomes com milhões de seguidores.

O segundo movimento é o da influência por propósito. Marcas e criadores que compartilham valores e causas têm gerado impacto real, ultrapassando a lógica da venda e entrando no território da identificação. Aqui, autenticidade não é discurso, é prática diária.

Por fim, surge o conteúdo imersivo, impulsionado por novas tecnologias e formatos que envolvem o público de maneira sensorial. Realidade aumentada, experiências híbridas e storytelling interativo são ferramentas que prometem transformar o consumo em experiência.

O que está em jogo não é apenas a evolução da estética, mas a maturidade das relações entre marcas, criadores e audiência. A influência de verdade acontece quando existe troca, escuta e propósito compartilhado. O desafio das marcas agora é abandonar o volume e voltar a enxergar o valor.

Sobre a autora:

Larissa Calheiros é a co-fundadora e Diretora Comercial da Agência Side, especialista em gestão comercial, administrativa e financeira da agência. Ela co-fundou a agência de marketing de influência Side.co em 2017 com Tatiane Medeiros, após terem atuado no mercado corporativo.

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