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Pais e Filhos

O que é preciso saber na fase do puerpério e os desafios de cuidar do recém-nascido

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Período pós-parto exige atenção à mãe e ao bebê Foto: Freepik

O nascimento de um bebê dá início a uma nova e intensa etapa na vida das mães: o puerpério, momento que envolve transformações físicas e emocionais na mulher e, também, os primeiros e delicados cuidados com o recém-nascido. Não por acaso, é considerado uma das fases mais vulneráveis da jornada materna. 

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), é comum que bebês apresentem episódios de regurgitação após as mamadas, causadas pela imaturidade do trato gastrointestinal, nos primeiros dias após o nascimento. 

É justamente nesse período, mais especificamente nos primeiros 40 dias de vida do bebê, que o atendimento de pediatria deve ser feito com maior constância, já que a criança está em adaptação ao novo ambiente. 

Paralelamente aos cuidados com o recém-nascido, o corpo da mulher continua em processo de recuperação. Pesquisa publicada na Science Advances mostra que, embora 47% dos indicadores fisiológicos retornem aos níveis pré-gestacionais no primeiro mês após o parto, outros, como colesterol e função hepática, podem levar de seis meses a um ano para se estabilizarem. 

Em alguns casos, marcadores inflamatórios também não retornam aos níveis anteriores, mesmo após mais de 80 semanas do parto. O acompanhamento em uma clínica de ginecologia permite avaliar desde a cicatrização uterina e perineal até possíveis alterações hormonais e emocionais.

Conforme orientações do Ministério da Saúde, a mulher deve passar por, no mínimo, duas consultas após o parto: uma entre o 7º e o 10º dia e outra entre o 30º e o 42º. O acompanhamento tem como objetivos verificar possíveis intercorrências, orientar sobre planejamento reprodutivo e investigar sinais de depressão pós-parto.

Nesse período, também é comum que grande parte das mulheres sinta uma melancolia passageira, conforme informações do grupo hospitalar Rede D’Or. Os sintomas, também chamados de baby blues, envolvem oscilações de humor, irritabilidade, cansaço extremo e choro frequente. 

Apesar de esperados e transitórios, esses sentimentos podem causar insegurança e frustração, especialmente diante da expectativa social de que a maternidade seja vivida com plena felicidade. A principal diferença entre o baby blues e a depressão pós-parto está na duração e intensidade dos sintomas, conforme explica a Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

Quando essas sensações se prolongam por mais de duas semanas e passam a interferir nas atividades diárias, na relação com o bebê e com outras pessoas, a orientação é buscar ajuda médica. O suporte emocional e psicológico nessa fase é tão importante quanto o acompanhamento físico, e deve ser parte do cuidado integral oferecido às mulheres no puerpério, conforme a Febrasgo.

Desafios com o recém-nascido exigem atenção, paciência e apoio 

O recém-nascido demanda cuidados intensivos nos primeiros dias de vida, quando ainda está se adaptando ao ambiente extrauterino. De acordo com o Ministério da Saúde, o período neonatal, que vai até o 27º dia de vida, concentra grande parte da mortalidade infantil. Por esse motivo, são recomendados o acompanhamento especializado mais próximo, a realização de exames e a atenção redobrada a sinais de alerta. 

A amamentação também pode ser um desafio. Problemas como pega incorreta, fissuras mamárias e ingurgitamento são comuns e, se não tratados, podem comprometer a nutrição do bebê e a saúde da mãe. 

Há, ainda, quadros como a disquesia, em que o bebê faz força, chora e geme para evacuar, apesar das fezes estarem pastosas. Segundo a SBP, esse é um distúrbio funcional decorrente da imaturidade intestinal, que tende a desaparecer com o tempo, sem necessidade de intervenção medicamentosa, mas é preciso o parecer de um especialista em cada caso.

Outras situações que requerem atenção são as regurgitações após as mamadas. Embora na maioria dos casos sejam benignas, é preciso observar se há sinais como recusa alimentar, choro inconsolável ou baixo ganho de peso, que podem indicar a necessidade de avaliação mais detalhada por um pediatra.

Para garantir um cuidado integral, as autoridades de saúde recomendam que as famílias também estejam atentas ao comportamento do bebê: mudanças bruscas no padrão de sono, alimentação ou atividade podem indicar que algo não está bem. Nesses casos, a recomendação é buscar auxílio médico emergencial, caso a consulta com o pediatra que acompanha a criança ainda esteja longe de acontecer. 

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14ª Caminhada da Adoção será realizada no próximo domingo em Copacabana com apoio de diversas instituições

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A orla de Copacabana receberá, no domingo (18), a 14ª edição da Caminhada da Adoção, um dos eventos mais emblemáticos do mês de maio, que marca o calendário da defesa dos direitos de crianças e adolescentes à convivência familiar e comunitária. A concentração será às 10h, no Posto 6 da Praia de Copacabana, com caminhada até o Posto 4.

O evento é promovido pela Frente Parlamentar em Defesa da Família, da Adoção e da Primeira Infância da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), com o objetivo de sensibilizar a população sobre a importância da adoção responsável, do acolhimento familiar e do fortalecimento de políticas públicas que assegurem o direito de crescer em um lar amoroso.

A Caminhada conta com o apoio de diversas instituições comprometidas com a causa da infância, entre elas:

Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ)

Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ)

Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro

Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional RJ (OAB-RJ)

Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDCA-RJ)

Instituto Quintal de Ana

Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção (ANGAAD)

Associação Carioca de Apoio à Adoção – Quintal da Casa de Ana

Instituições da sociedade civil organizada e grupos de apoio à adoção em todo o estado

A deputada estadual Tia Ju (Republicanos), presidente da Frente Parlamentar e madrinha da Caminhada da Adoção, estará presente na atividade. Para ela, o evento é um momento de reafirmação do compromisso com o afeto e a garantia de direitos:

“A Caminhada da Adoção é um ato de amor coletivo. Nosso compromisso é com cada criança que espera por uma família. É nossa responsabilidade, como sociedade, construir pontes para que essas crianças e adolescentes encontrem acolhimento, dignidade e um lar onde possam crescer com afeto e segurança”, declarou Tia Ju.

A atividade é aberta ao público e visa reunir famílias adotivas, crianças, adolescentes, grupos de apoio, representantes do sistema de Justiça, parlamentares e toda a sociedade civil que acredita na transformação social por meio do cuidado e da solidariedade.

Serviço

14ª Caminhada da Adoção

Data: Domingo, 18 de maio de 2025

Horário: 10h

Local: Praia de Copacabana – Concentração no Posto 6

Percurso: Do Posto 6 ao Posto 4

Realização: Frente Parlamentar em Defesa da Família, da Adoção e da Primeira Infância – ALERJ

Apoio: TJRJ, MPRJ, Defensoria Pública, OAB-RJ, CNJ, CEDCA-RJ, Instituto Quintal de Ana, ANGAAD, entre outras entidades.

Para mais informações, acompanhe as redes sociais da Frente Parlamentar ou do Instituto Quintal de Ana.

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A maternidade é capaz de redefinir prioridades, dar novos sentidos à rotina e, para algumas mulheres, até à carreira. Foi o que aconteceu com Brunna Farizel, capixaba, mãe de três e sócia-fundadora da rede de franquias Splash Bebidas Urbanas, hoje com 65 unidades em operação no Brasil, uma em Portugal e a apresentadora Sabrina Sato como sócia. 

Antes de empreender, Brunna acumulava mais de uma década de experiência como executiva nas áreas de comercial e novos negócios no mercado de luxo. A virada aconteceu em 2018, durante a gestação da sua primeira filha, Helena. Em busca de mais autonomia sobre a própria rotina, ela e o marido, Lucas Moreira, decidiram fundar a Splash. Mas não era a primeira tentativa: o casal já havia falido duas empresas anos antes. “Tínhamos uma vida financeira estável, mas faltava sentido. Hoje, mesmo trabalhando mais, sou dona da minha agenda e vejo meu processo criativo ser valorizado”, conta Brunna.

A Splash nasceu com a proposta de levar ao consumidor bebidas e comidas práticas com sabores brasileiros, em um modelo de negócio versátil que vai desde quiosques até cafeterias store-in-store. A marca rapidamente ganhou tração e, em 2023, a entrada de Sabrina Sato como sócia deu novo fôlego à expansão.

Atualmente, Brunna divide o tempo entre o comando da estratégia de marketing, desenvolvimento de produtos e o dia a dia com os três filhos — Helena (7), Sophia (5) e Enrico (1). Sem romantizar os desafios, ela compartilha abertamente os altos e baixos de conciliar maternidade e negócios. “Empreender depois da maternidade exige preparo, mas também nos aproxima do que realmente importa. Foi meu jeito de estar mais presente e, ao mesmo tempo, não abrir mão dos meus sonhos”, afirma. Além da atuação à frente da Splash, Brunna também inspira outras mulheres a seguirem caminhos semelhantes. É coautora do livro Pra Cima!, escrito durante a pandemia com foco em quem quer empreender com mais consciência e resiliência e compartilha diariamente nas suas redes sociais insights e dicas para mulheres e mães empreendedoras.

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Crescimento do número de cesáreas reacende debate sobre melhor opção e faz surgir número de boatos sobre o assunto

O Brasil é o segundo país no mundo em número de cesáreas, com mais de 55% dos nascimentos realizados cirurgicamente, número este que vem crescendo nos últimos anos. Por outro lado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que apenas cerca de 10% dos partos sejam feitos dessa forma, sendo o parto normal a melhor opção.

Acontece que a cesariana deve ser indicada apenas em casos específicos, quando mãe ou bebê apresentam risco de vida. No entanto, apesar das contraindicações clínicas em pacientes saudáveis, o procedimento continua sendo a prioridade no Brasil. Para a fisioterapeuta obstétrica Cinthia Simão, isto ocorre devido a um misto de desinformação e comodidade.

“Isso se deve, em parte, à percepção cultural de que a cesariana é mais segura, mas também a fatores organizacionais, como o modelo de remuneração baseado em procedimentos e a conveniência de agendar o parto em datas mais favoráveis aos médicos”, explica.

Nesse sentido, a profissional enfatiza a importância de desmistificar informações equivocadas sobre os diferentes tipos de parto, para que as mulheres possam tomar a melhor decisão para si mesmas. Confira algumas delas a seguir:

Mito: Cesárea é indolor — Embora evite a dor das contrações durante o parto, a cesariana apresenta recuperação pós-cirúrgica dolorosa por conta dos cortes feitos até chegar ao útero, passando por pele, gordura e músculos. Também por essa razão, trata-se de uma recuperação lenta, que limita a volta às atividades cotidianas.

Mito: A vagina não volta ao normal após o parto vaginal — A região íntima fica inchada após o parto, por conta da pressão exercida para a passagem do bebê. No entanto, esse estado é temporário e a vagina volta à sua forma e elasticidade naturais em poucas semanas. Exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico podem ajudar na recuperação.

Mito: Após uma cesariana, não é possível ter um parto normal em uma gestação futura — Desde que a cicatrização da cirurgia anterior esteja adequada e as condições da gestação atual permitam, é possível ter um parto normal após uma cesariana. Até mesmo um parto gemelar pode ser realizado por via vaginal, dependendo de fatores clínicos.

Mito: A gestante pode receber anestesia no parto normal — A anestesia altera o estado de consciência durante o trabalho de parto, inibindo os movimentos e impedindo que a paciente reaja à dor. Já a analgesia alivia a dor, preservando a mobilidade e a sensibilidade do corpo, o que possibilita a troca de posições. Por isso, no parto normal, utilizam-se substâncias analgésicas, proporcionando uma experiência mais confortável sem limitar a liberdade de movimentos.

Mito: A cesárea é a única opção para bebês grandes — Bebês grandes podem apresentar desafios durante o nascimento, mas o parto normal é possível nesses casos, desde que haja boa evolução do processo e o bebê esteja saudável. A cesárea pode ser recomendada em algumas situações, mas nem sempre é necessária. No caso de bebês com mais de 4,5 kg, a avaliação da equipe médica é essencial.

Mito: Partos vaginais sempre causam incontinência urinária — Incontinência urinária não é uma consequência direta do parto normal. Embora o trauma no assoalho pélvico possa aumentar o risco, a maioria das mulheres não sofre desse problema a longo prazo, especialmente se fizerem exercícios para fortalecer a área.

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