Ministério da Educação divulgou o cronograma, que se estende até 2024
A área da educação foi duramente desafiada durante o auge da pandemia. De uma hora para outra, as escolas de ensino médio e ensino fundamental precisaram migrar para o mundo virtual e adaptar as aulas. Professores e alunos aprenderam aos poucos a lidar com os desafios do chamado “novo normal”. Agora, com o avanço da imunização em todo o país, algumas instituições começam a receber de volta os alunos, que terão de encarar outra grande mudança: o novo ensino médio.
Em julho deste ano, o Ministério da Educação divulgou no Diário Oficial da União (DOU), através da Portaria Nº 521, o cronograma para a implementação do Novo Ensino Médio. A partir de 2022, escolas das redes pública e privada do país já funcionarão conforme o novo modelo proposto. A ideia é que seja uma transição gradual, que iniciará com a primeira série do ensino médio já no ano que vem, a segunda série, em 2023, e a terceira série, em 2024.
Entenda as mudanças
Através de uma nova organização curricular, respeitando o que consta na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que rege as normas para as redes de ensino, o Novo Ensino Médio dará ao aluno a oportunidade de escolher, a partir de itinerários formativos, as matérias do ensino médio com que mais se identifica, podendo se aprofundar em determinada área do conhecimento. São eles: Matemáticas e suas Tecnologias, Linguagens e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Formação Técnica e Profissional (FTP).
A carga horária mínima também mudou. Das atuais 800 horas, os estudantes terão de cumprir, a partir do ano que vem, mil horas anuais. Aliás, a implementação de escolas em tempo integral também é um projeto do Ministério da Educação desde 2017 (Portaria Nº 727/13 de junho de 2017). Embora o Novo Ensino Médio não estabeleça que as instituições de ensino passem a adotar o ensino médio integral, indica que essas matrículas sejam ampliadas.
As mudanças previstas atendem a uma demanda antiga e visam promover uma educação de qualidade, que leve em conta a realidade do aluno fora da escola. A ideia é que os estudantes ganhem autonomia para trilhar um caminho profissional desde o ensino médio. Para o ministro da Educação Milton Ribeiro, “precisamos dar uma resposta aos nossos jovens do presente para o futuro. O que fizemos agora vai refletir lá no futuro”.