“O que muitas pessoas ainda não entendem é que a enxaqueca não é apenas uma dor de cabeça comum. Ela envolve alterações neurológicas complexas e precisa ser levada a sério”, explica o neurologista Dr. Carlos Gropen, referência em neurociência clínica e tratamento da dor.
Com o avanço da medicina da dor, surgem novas possibilidades de diagnóstico e terapias mais eficazes. Uma das ferramentas que tem se destacado é o Doppler Transcraniano, exame de ultrassom cerebral que permite analisar o fluxo sanguíneo nas artérias do cérebro, ajudando a entender melhor o padrão das crises de enxaqueca. Apesar de útil em alguns casos, o diagnóstico de enxaqueca é iminentemente clínico.
“Esse exame tem nos permitido identificar alterações precoces na circulação cerebral, o que nos ajuda a personalizar o tratamento para cada paciente”, destaca Dr. Gropen.
Além dos medicamentos tradicionais, a medicina da dor tem investido em abordagens integrativas, como terapias comportamentais, acupuntura, neuroestimulação e ajustes no estilo de vida.
“Estresse, privação de sono e alimentação desregulada são grandes gatilhos para as crises. Por isso, o tratamento deve ser multidisciplinar, envolvendo também o acompanhamento psicológico e a reeducação de hábitos”, completa o especialista.
O que você precisa saber:
• Enxaqueca não é frescura: trata-se de uma condição neurológica que exige atenção especializada.
• Atinge mais as mulheres: por fatores hormonais, elas são até três vezes mais propensas a desenvolver a doença.
• Novos tratamentos: além dos medicamentos, há terapias não farmacológicas que promovem alívio real.
• Estilo de vida importa: sono, alimentação, atividade física e controle do estresse são aliados essenciais.
. Tratamento por equipes interdisciplinares podem levar a resultados mais satisfatórios.
“Com acompanhamento adequado e um plano de tratamento individualizado, é possível, sim, reduzir as crises e recuperar a qualidade de vida”, conclui Dr. Gropen.