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Política

Lula reclama investimentos e diz que fim da fome depende de ação do governo

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Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, na Bahia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a falta de ação governamental para gerar investimentos e, assim, reduzir o desemprego e acabar com a fome no Brasil. Para Lula é possível acabar com a fome, se o governo tomar iniciativa e fizer política pública com esse propósito.

“Qual é a grande obra que tem no Brasil?” questionou, ressaltando que o atual  ministro da Economia sequer utiliza as palavras desenvolvimento, investimento e emprego. “Por isso que não tem emprego no Brasil”, disse, culpando o governo pela volta da fome. “Está demonstrando que a fome no Brasil é total irresponsabilidade do governo. Total. Não tem outro culpado. Se você cuidasse do emprego, da renda e do salário, as pessoas não estariam passando fome”, disse.

Lula lembrou que, em seu governo, foram gerados 20 milhões de novas vagas, num cenário desfavorável de crise internacional, e que, quando deixou a Presidência, grandes obras estavam em andamento, como as hidrelétricas Jirau, Santo Antônio e Belo Monte, além de linhas de transmissão, a Transnordestina, a transposição do São Francisco e estádios de futebol para a Copa 2014. “Se o Estado não toma iniciativa para construir obras, elas não acontecem. Se o povo tem menos dinheiro, há menos consumo, menos comércio e mais desemprego”.

Ele vê contradição no fato de o Brasil ser grande produtor de alimentos e haver no país 19 milhões de pessoas passando fome e outras 40 milhões em situação de insegurança alimentar. O problema da fome não é, para Lula, falta de produção, mas sim falta de dinheiro para comprar alimento. “Nós já acabamos (com a fome) uma vez e é possível acabar outra vez, e não permitir que volte”, disse Lula.

Ele concedeu a entrevista coletiva ao lado do governador Rui Costa, após visita a uma unidade Policlínica na capital baiana. Lula lembrou que a Bahia é o sexto estado que ele visita na viagem pelo Nordeste, que começou em 15 de agosto. O ex-presidente ressaltou que teve como objetivo aprender o que estava sendo feito em cada estado. “Em todas as agendas o objetivo era aprender o que estava sendo feito, conversar com todas as forças políticas, conversar com todos os movimentos sociais, para que a gente discuta um pouco da conjuntura e do que se possa fazer para garantir que o povo tenha um futuro mais promissor”.

O ex-presidente se disse impressionado com o que viu na manhã desta quinta-feira na visita à Policlínica, referência de atendimento público em Salvador. Lula parabenizou Rui Costa e disse que o governo federal e os outros estados poderiam se inspirar no modelo de atendimento.  Lula criticou a falta de investimentos também em Saúde e convidou o governo Bolsonaro a conhecer a gestão do governo petista da Bahia.

“É importante que ele saiba o que o governo da Bahia está fazendo, para ele saber que o Brasil inteiro poderia ter policlínicas como essa da Bahia, que poderia salvar milhares e milhares de vidas para não permitir que as pessoas morram por falta de atendimento”.

 

Reconstruir o país
Lula criticou a política do governo de direita que desmonta o patrimônio brasileiro, com privatizações e venda de ativos da Petrobras. “Estão acabando com toda e qualquer capacidade de produção de petróleo em todo o Nordeste brasileiro e no Norte. Vão deixar apenas o pré-sal e no Sul.  Então, o país não volta a crescer”.

O ex-presidente, porém, disse estar convencido de que é possível consertar o país, fazendo as coisas de forma diferente do que são feitas hoje.  “É preciso ter compromisso com esse país, coisa que me parece que a gente não tem agora”, afirmou.

 

Sete de setembro

Lula  também comentou a ideia de usar o Exército ou a Força Nacional para reprimir manifestações, “direito democrático do povo”, e disse que o presidente Bolsonaro quer usar o desfile de 7 de setembro, uma cerimônia oficial, para tirar proveito político.  “Isso não é razoável. Não é pensável que haja um governo que quer tratar o Exército como se fosse propriedade dele, quando o Exército é uma instituição do Estado brasileiro. Não vamos resolver o problema do Brasil colocando militar na rua”. Segundo ele, se Bolsonaro não sair impedido pelo Congresso ou pelo STF, sairá pela vontade do povo em 2022.

De acordo com o ex-presidente, a esquerda não deve aceitar provocações de Bolsonaro, que está desesperado e tenta provocar a tudo e a todos, além de tentar desacreditar as instituições. “Nós precisamos nos manter com a cabeça tranquila, preocupados com o povo e o emprego e em garantir que o povo possa viver em paz”.

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