Conscientizar a sociedade sobre a importância do esporte é um dos objetivos da De Peito Aberto, que completou 18 anos de atuação em 2024. A menos de um mês para a abertura dos Jogos de Paris, a Instituição Social vem se destacando no cenário nacional pela qualidade dos projetos esportivos para promover mudanças positivas em comunidades do Brasil.
Mais de 60 cidades já foram contempladas pelas iniciativas. Entre elas, Camaçari, na Bahia. Foi lá que o boxeador da Marinha do Brasil e do Palmeiras, Kaian Reis, de 22 anos, deu seus primeiros passos no projeto Oportunidade Através do Esporte, também idealizado e promovido pela De Peito Aberto.
“Além de ganhar muitos amigos, aprendi com as palestras educacionais que envolvem disciplina e organização. Sem falar no lado material que o projeto proporcionou, com a entrega de roupas e botas para a prática do boxe”, afirma Kaian.
Agora, o atleta, que já representou o Brasil em competições internacionais segue sonhando com o futuro no esporte.
“Meu objetivo é chegar às Olimpíadas e conquistar a medalha de ouro. Mas também sonho em criar um projeto para inspirar os mais jovens da periferia”.
Com o apoio da prefeitura, as atividades de boxe são realizadas na Pracinha da Cultura, no centro de Camaçari. Já em Terra Santa, no Pará, o Projeto Esporte na Cidade beneficia 150 alunos entre 7 e 17 anos de idade com atividades esportivas gratuitas no Ginásio Bráulio Nelson da Conceição.
Lucilly Bianca Siqueira Batista, 20 anos, entrou no projeto em 2016 para frequentar as aulas de vôlei, futsal e basquete. Mas foi no vôlei que ela se destacou e hoje é atleta do Sorriso, clube que leva o mesmo nome da cidade.
“Meu primeiro contato com o esporte foi no Projeto. Não tinha oportunidades”, lembra Lucily.
Para o diretor-presidente da DPA, Wenceslau Madeira, o esporte é uma ferramenta poderosa para a transformação social.
“O trabalho da De Peito Aberto é um exemplo de excelência em gestão social. A instituição se destaca pela qualidade de seus projetos, pela dedicação de seus profissionais e pelo impacto positivo que gera na comunidade”.
Stefany Soares Pessoa, 28 anos, também saiu de Terra Santa para brilhar no esporte, mas em outra modalidade. Hoje, ela é jogadora de futebol e atua como volante no profissional do Remo. Stefany lembra que o projeto foi fundamental para seguir a carreira como atleta.
“Foi importante porque não tínhamos noção dos fundamentos básicos. Por conta dos treinamentos, não tive muita dificuldade para me adaptar em outros lugares”, lembra a atleta, que além de volante, atua nas posições de zagueira e lateral, e tem como principal característica a marcação.
Gustavo Pereira Lima, da cidade de Parauapeba (PA), saiu da Instituição Social De Peito Aberto para brilhar no atletismo. O jovem de 18 anos passou o ano de 2023 treinando futebol pela Instituição e foi lá, durante as aulas de futebol de campo, que aprendeu algumas lições para ingressar na corrida de rua.
“Aprimoramos a movimentação, a intensidade e a disciplina. Somos melhores dentro e fora de casa, na educação em geral”, afirma Gustavo.
Agora, como próximo passo, ele quer se profissionalizar como atleta paraense.
“Não quero ser apenas um atleta, mas ser o melhor, para representar o Brasil em diferentes competições do atletismo”.
Gustavo já tem planos para participar da maior corrida de rua da América Latina, a tradicional São Silvestre.
“Estou treinando todos os dias”.
Minas Gerais, Bahia e Pará são os estados atendidos pela instituição, que já soma mais de 60 mil alunos beneficiados.