Com a importância do distanciamento social e a orientação de prevenir exposições desnecessárias ao novo coronavírus, muita gente deixou de buscar assistência médica. Entretanto, há doenças, como as cardiovasculares e respiratórias, que podem se tornar graves se negligenciadas, além de se tornarem fatores de risco para a COVID-19. Logo, o momento atual é de se cuidar mais e rever o estilo de vida.
O infectologista Igor Brandão chama atenção para o seguinte: com toda atenção voltada ao novo coronavírus pode estar havendo epidemias de doenças não-tratadas, uma vez que consultas médicas de rotina e procedimentos hospitalares foram adiados, assim como cirurgias eletivas canceladas.
“Hoje, com a redução dos casos da COVID-19 e com a retomada das atividades, será mais comum observarmos pacientes hipertensos e diabéticos mal compensados, diagnósticos tardios de infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, HIV, hepatites, doenças sexualmente transmissíveis, doenças dermatológicas, renais e oftálmicas, por exemplo”, afirma Igor Brandão, que também é especialista em Controle de Infecção Hospitalar e em Medicina da Família.
Ele aponta que os riscos de deixar de procurar assistência médica ao perceber sintomas são variáveis e dependem, diretamente, da doença, do paciente, comorbidades, do agente causador da patologia, genética e tempo de demora ao diagnóstico. Ele frisa: “a prevenção e o diagnóstico precoce devem sempre ser a forma ideal de buscar a saúde, diminuindo os impactos da doença na vida do paciente”. Da mesma forma acontece com a interrupção de tratamentos que podem trazer prejuízos ao paciente.
O infectologista ainda avalia que a pandemia reforçou maus hábitos de vida naqueles que não tinham uma rotina saudável. “Infelizmente, as medidas para proteção contra a COVID-19 – apesar de fundamentais – contribuíram e contribuem para dificultar a realização de exercícios físicos, assim como aumentam o estresse, a ansiedade e contribuem para a compulsão alimentar, culminando com maus hábitos de vida”, comenta o médico ao alertar para a necessidade do autocuidado.
Prevenção
Dentre as ações eficazes para a prevenção de doenças, Igor Brandão lembra que a melhor atitude individual e coletiva que há na medicina preventiva é a vacinação, seja contra a COVID-19 ou contra outras doenças imunopreveníveis.
Ele também indica três outros pilares fundamentais: exercício físico com frequência (mais do que três vezes por semana por, no mínimo, 30 minutos), alimentação balanceada e boas noites de sono (entre seis e oito horas). No caso de pessoas com hipertensão, diabetes, taxas elevadas de colesterol no sangue, HIV, doenças autoimunes e renais, por exemplo, ele indica o uso regular das medicações prescritas e acompanhamento com médico especialista.
Repor o que está em falta
De acordo com a farmacêutica Edza Brasil, sóci
“Estes ativos auxiliam na prevenção, pois repõem macronutrientes – que são as proteínas, carboidratos e gorduras – e micronutrientes, a exemplo de vitaminas e minerais; além de suplementos, como o Uc2, à base de colágeno, indicado para as articulações; lactobacilos, para manter o equilíbrio da flora intestinal, dentre tantos outros”, explica a sócia e fundadora da Singular Pharma.