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IBGE-BA: Em 2020, puxado pela silvicultura, valor da produção florestal baiana voltou a crescer (+12,0%), após três anos de queda

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** Com crescimento na silvicultura (+14,0%) e queda na extração vegetal (-2,4%), produção florestal na Bahia gerou R$ 1,20 bilhão no ano passado, maior valor para a atividade desde 2017;

** Todos os três produtos da silvicultura baiana tiveram crescimento de volume entre 2019 e 2020, com destaque para a lenha, cuja produção quase triplicou (+170,2%). Estado se manteve o 3º maior produtor de carvão da silvicultura no país (167.317 t);

** Ainda assim, a área destinada à silvicultura na Bahia teve a 3a maior queda absoluta do país, chegando a 584.373 hectares em 2020;

** Produtos madeireiros extraídos da natureza (de matas nativas) tiveram mais um recuo na Bahia, em 2020, mas estado ainda era o 4º produtor de lenha e de carvão por extração;

** Em 2020, na Bahia, 6 dos 10 produtos extrativos não madeireiros apresentaram queda na produção. Ainda assim, o estado manteve a liderança nacional na extração de piaçava, umbu, castanha-de-caju e licuri;

** As informações são da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) 2020, do IBGE. 

Em 2020, a produção primária florestal na Bahia (soma da extração vegetal e da silvicultura) gerou um valor de R$ 1,20 bilhão, representando um aumento de 12,0% frente ao resultado de 2019 (cerca de R$ 1,07 bilhão).

Este foi o primeiro crescimento no valor da produção florestal baiana após três anos consecutivos de retrações. Com isso, o montante do estado atingiu, no ano passado, o seu patamar mais alto desde 2017 (quando o valor havia sido de R$ 1,24 bilhão).

O aumento entre 2019 e 2020 se deu em razão do desempenho da silvicultura (plantação de florestas para fins comerciais), já que a extração vegetal apresentou a sua quarta queda consecutiva.

Na Bahia, a silvicultura rendeu, no ano passado, R$ 1,08 bilhão, respondendo por R$ 9 em cada R$ 10 gerados pela produção florestal no estado (90,0% do total). Em relação a 2019 (R$ 944,4 milhões), houve aumento nominal de 14,0%, o que representou mais R$ 132,1 milhões. O estado seguiu com o 7º valor gerado pela silvicultura no país.

Já a extração vegetal baiana gerou R$ 126,4 milhões em 2020, numa queda de 2,4% em relação ao ano anterior (R$ 129,5 milhões). Apesar do recuo, a Bahia se manteve na 9ª posição no ranking nacional do valor da extração vegetal.

No Brasil como um todo, a produção primária florestal voltou a apresentar crescimento, após ter tido queda em 2019, e chegou ao valor recorde de R$ 23,5 bilhões em 2020 (+17,9% frente ao ano anterior). O incremento se deu por conta de altas tanto na extração vegetal (+6,3%, chegando a R$ 4,7 bilhões), quanto na silvicultura, que gerou R$ 18,8 bilhões em 2020, 21,3% a mais que em 2019.

Bahia se manteve, em 2020, como o 7º estado em valor da produção primária florestal, respondendo por 5,1% do total nacional. Minas Gerais era o líder, com R$ 6,1 bilhões (25,9% do total). Em seguida vinham Paraná (R$ 4,8 bilhões ou 20,3%) e Rio Grande do Sul (R$ 1,9 bilhão ou 7,9%).

Todos os 3 produtos da silvicultura baiana tiveram aumento de volume entre 2019 e 2020, com destaque para a lenha, que quase triplicou (+170,2%) 

Entre 2019 e 2020, houve aumento no volume dos três produtos da silvicultura investigados na Bahia, lenha, madeira em tora e carvão, com importante destaque para o primeiro.

A produção baiana de lenha da silvicultura deu um salto no período e quase triplicou, passando de 161,5 mil metros cúbicos (m³) para 436,5 mil m³, em um crescimento de 275,0 mil m³, ou mais 170,2%, entre os dois anos. O estado apresentou o maior aumento percentual e o segundo maior crescimento absoluto, atrás apenas do registrado em Mato Grosso (mais 285,1 mil m³ entre os dois anos).

Com isso, a Bahia passou a ser o 9º maior produtor de lenha por silvicultura do país em 2020 (era o 11o no ano anterior), e o valor da produção cresceu 156,6% no período, chegando a R$ 18,1 milhões.

O aumento da produção de lenha da silvicultura no estado foi puxado por três municípios que não tinham registro dessa atividade em 2019 e, no ano seguinte, passar a figurar entre os cinco maiores produtores. Jaborandi entrou no ranking estadual em 2020 já assumindo a liderança, com 197.100 m³; Planaltino estreou na 3a posição, com 45.880 m³; e Alagoinhas também passou a fazer parte dos maiores produtores baianos, ficando em 5o lugar, com 24.967 m³.

Além desses três, os municípios de Barreiras (em 2o lugar, com 47.500 m³) e São Desidério (em 4o, com 35 mil m³) formavam, no ano passado, o top5 da produção de lenha pela silvicultura na Bahia.

A produção silvicultural baiana de madeira em tora também teve o segundo maior crescimento absoluto do país entre 2019 e 2020, passando de 11,0 milhões de m³ para 13,2 milhões de m³ (+19,9%). O avanço de 2,2 milhões de m³ só foi inferior ao do líder nessa atividade, o Paraná (+6,9 milhões de m³, indo a 36,8 milhões de m³).

A Bahia seguiu sendo o 7º maior produtor nacional de madeira em tora da silvicultura, com o valor de produção crescendo 14,2% e chegando a R$ 977,0 milhões.

Já a produção baiana de carvão da silvicultura chegou a 167.317 toneladas em 2020, 0,9% maior do que no ano anterior (mais 1.522 t). Com isso, o estado se manteve como o 3º maior produtor nacional, abaixo de Minas Gerais (5,4 milhões de toneladas) e Mato Grosso do Sul (188.579 t).

Os três municípios baianos com maior produção de carvão da silvicultura, em 2020, foram Entre Rios (75.698 t), Esplanada (41.606 t) e Mata de São João (25.897 t).

Mesmo ficando maior, a produção baiana de carvão da silvicultura teve leve redução no seu valor, de R$ 81,7 milhões em 2019 para R$ 81,3 milhões em 2020 (-0,5%).

Em 2020, Bahia teve a 3ª maior queda do país na área dedicada à silvicultura

Apesar do aumento no volume produzido e no valor gerado, a área destinada à silvicultura na Bahia diminuiu entre 2019 e 2020, de 599.562 hectares (ha) para 584.373 ha (-2,5%). A redução de 15.189 ha foi a terceira maior do país no período, inferior apenas às registradas em Goiás (-31.408 ha) e Santa Catarina (-24.631 ha).

Caravelas foi o principal destaque entre os municípios baianos em 2020, com 89.728 ha dedicados à silvicultura, 15,4% do total da Bahia. Apesar de ter apresentado crescimento entre 2019 e 2020, o município caiu da 6ª para a 7ª posição entre as maiores áreas de florestas plantadas no país.

Desde 2013, a Bahia tem a 7a maior área de silvicultura do país. No ano passado, o estado respondia por 6,1% dos 9,616 milhões de hectares de floresta plantadas no Brasil. A área nacional de florestas plantadas caiu 0,7% frente a 2019.

Minas Gerais (2,1 milhões de hectares, 21,5% do total), São Paulo (1,2 milhão de hectares, ou 12,5%) e Paraná (1,2 milhão de hectares, ou 12,1%) detinham, em 2020, as maiores fatias da área de silvicultura do Brasil.

Produtos madeireiros extraídos da natureza seguem em queda na Bahia, mas estado ainda é o 4º maior produtor de lenha e carvão por extração

Em 2020, o volume dos produtos madeireiros extraídos da natureza continuou a cair na Bahia. A produção extrativa de madeira vem perdendo espaço ao longo dos anos em virtude da legislação ambiental que estabelece maior rigor e controle em operações que envolvem espécies nativas.

A quantidade de lenha extraída na Bahia cai seguidamente desde 2010 e recuou 8,2%, em relação a 2019, chegando, em 2020, ao seu menor patamar em 34 anos (desde 1986): 1,7 milhão de m³. A redução de 150,7 mil m³ no estado, frente ao ano anterior, foi a maior do país em termos absolutos.

Mesmo assim, em 2020 a Bahia seguiu como o 4o maior produtor de lenha por extração do Brasil, atrás de Ceará (2,9 milhões de m³), Piauí (2,2 milhão de m³) e Pernambuco (1,9 milhão de m³).

Os três municípios baianos que mais extraíram lenha da natureza, em 2020, foram Santa Rita de Cássia (67,5 mil metros cúbicos), Riacho de Santana (66,5 mil m³) e Serra do Ramalho (64,8 mil m³).

A produção de carvão a partir de madeira nativa também caiu na Bahia, de 2019 para 2020 (-5,5%), indo a 45.659 toneladas. Foi o quinto recuo seguido no estado, que manteve, porém, a 4a maior produção de carvão por extração do Brasil, atrás de Maranhão (103.129 t), Pará (72.279 t) e Mato Grosso do Sul (49.280 t).

O município de Baianópolis, que chegou a liderar a produção de carvão da extração no país e era o 2º colocado nacional em 2019, perdeu uma posição e passou a 3º maior produtor do país em 2020, com 16,0 mil toneladas, atrás apenas de Parnaguá/PI (22,7 mil t) e Paragominas/PA (19,1 mil t).

O estado tem outros dois municípios entre os dez maiores produtores do Brasil: São Desidério, 2º na Bahia e 6º no país, com 9,5 mil toneladas, e Cristópolis, 3º da Bahia e 10º do Brasil, com 6,5 mil toneladas.

A produção de madeira em tora por extração na Bahia caiu 4,4% entre 2019 e 2020, chegando também ao seu menor volume desde 1986: 182.889 m³. O estado seguiu como 9º produtor do país, num ranking que é liderado por Mato Grosso (3,841 milhões de m³), Pará (3,489 milhões de m³) e Amapá (848,5 mil m³).

Extração de 6 dos 10 produtos não madeireiros tiveram queda na Bahia, entre 2019 e 2020, com destaques negativos para piaçava e umbu

De 2019 para 2020, houve redução na quantidade de 6 dos 10 produtos não madeireiros da extração vegetal investigados na Bahia.

Os recuos na produção de piaçava (menos 416 toneladas, chegando a um volume de 5.453 t) e umbu (menos 109 toneladas, chegando a 5.413 t) foram os mais representativos em termos absolutos. Ainda assim, o estado manteve a liderança nacional na extração desses dois produtos.

Dos 10 municípios que mais extraem piaçava no país, 8 são baianos, com destaques para Canavieiras (972 t, 2ª colocada nacional), Nilo Peçanha (675 t, 3ª colocada), Cairu e Ituberá (540 t para ambas, 4as colocadas).

Já no caso do umbu, dos 10 municípios com maior extração, 7 estão na Bahia, com destaques para Mirante (375 t, 2ª colocada nacional), Brumado (326 t, 3ª colocada) e Manoel Vitorino (285 t, 4ª colocada).

A Bahia também é líder nacional na extração de castanha-de-caju, com 625 toneladas produzidas em 2020, e licuri, 958 toneladas.

Em relação à castanha-de-caju, dos 10 municípios com maior extração, 5 estão na Bahia, com destaques para Conceição do Coité (70 t, 4ª colocada nacional), Sítio do Quinto (60 t, 6ª colocada) e Tucano (55 t, 7ª colocada). No caso do licuri, todos os 10 municípios com maior extração estão na Bahia, liderados por Serrolândia (145 t), Cansanção (120 t) e Monte Santo (109 t).

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