Bahia
Governo inaugura serviço de hemodinâmica em Irecê e autoriza ampliação do hospital regional
O serviço de hemodinâmica, que pode salvar a vida de um paciente infartado ou evitar a amputação de um membro, foi inaugurado pelo governador Rui Costa, no Hospital Regional Dr. Mário Dourado Sobrinho (HRDMDS), em Irecê, nesta sexta-feira (10), estabelecendo um marco histórico na saúde da região. Na oportunidade, acompanhado da secretária da Saúde em exercício, Tereza Paim, Rui assinou ordem de serviço para novas obras de ampliação da unidade. Juntos, o serviço de hemodinâmica e a ampliação representam investimentos da ordem de R$ 32,7 milhões.
O governador também autorizou a Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra) a licitar a pavimentação asfáltica em um trecho de 9,5 quilômetros da BA-431, entre o distrito de Belo Campo, em América Dourada, e a localidade de Gameleira, em João Dourado, que vai receber recursos da ordem de R$ 8,5 milhões. Rui fez ainda a entrega simbólica de 372 títulos de terra do Projeto Bahia Mais Forte, um investimento de R$ 558 mil. Também foram anunciadas, ainda para este ano, as licitações do anel rodoviário de Irecê e a recuperação e ampliação do aeroporto.
“Vamos imaginar o que era Irecê em 2007, o que era o hospital de Irecê, o que era a saúde da região. É um orgulho saber que aquilo que a gente pensou e sonhou está se materializando. Nós estamos implantando aqui no sertão da Bahia o que tem de melhor em equipamentos, em instalações, mas principalmente em profissionais de saúde com alta especialização. É esse serviço público de saúde que nós estamos trazendo para o interior da Bahia”, declarou Rui.
Ampliação
Nas obras de ampliação do hospital serão investidos aproximadamente R$ 27 milhões. Segundo Tereza Paim, o hospital vai receber dez leitos de UTI neonatal, mais dez de unidade semi-intensiva convencional e cinco de canguru. “É uma unidade materno-infantil com três leitos de Centro de Parto Normal, mais dois leitos de centro cirúrgico, formalizando um total de oito leitos na sala cirúrgica, contando com os seis antigos. Para além disso, nós temos 12 leitos para quimioterapia. Implantamos hoje aqui a hemodinâmica e mais 71 leitos de enfermaria para essas diversas especialidades”.
A secretária da Saúde em exercício destacou importância da obra. “Isso faz com que o hospital aumente a sua capacidade instalada hoje com 120 leitos para 171 leitos. A gente aumenta muito a possibilidade de a mulher ter o seu filho na própria região de saúde e ter uma assistência adequada, especializada para o nascimento, para UTI e na complexidade de oncologia”, disse.

Salvando vidas
Na semana passada, o agricultor Idelfonso de Sousa, 55 anos, sentiu uma dor no peito enquanto vistoriava a pequena plantação da roça, na zona rural de Irecê. Ele não deu muita importância até que uma segunda e mais forte dor lhe levou ao posto de saúde mais próximo. De imediato, o médico do posto identificou o princípio de infarto. Mesmo antes da inauguração, durante a fase de testes do Centro de Hemodinâmica, o agricultor já pôde fazer os exames necessários, sem precisar viajar mais de 400 quilômetros, até Feira de Santana ou Salvador.
Emocionado, ele contou o que aconteceu. “Era aquela dorzinha que eu sentia há muito tempo, mas tomava água e passava. No sábado e no domingo, eu fui me abaixar e senti aquela dor. Comecei a suar, olhei para o barraco de um sobrinho, a dor foi ficando forte, insuportável, e eu achei que ia morrer, mas a dor parou. Depois atacou mais duas vezes. Na quarta vez, atacou de repente, eu pedi para minha esposa me levar para o hospital. O médico suspeitou de infarto, pediu os exames, e eu pude fazer tudo aqui. Foi um serviço muito especial para mim, salvou minha vida e eu tenho que agradecer primeiramente a Deus, à minha família e aos médicos daqui”, explicou o agricultor.
Procedimentos
Foram investidos cerca de R$ 5,7 milhões em obras de adequação e no novo angiógrafo. O serviço funcionará 24 horas, todos os dias para procedimentos de arteriografia, angioplastia e CATE (cineangiocoronariografia). Toda a equipe de médicos e enfermeiros foi treinada antes da realização dos primeiros exames. Serão realizados procedimentos em pacientes internos com indicação e em pacientes regulados por meio da Central Estadual de Regulação.

Para o cirurgião vascular Magno Balnieri, a inauguração do serviço de hemodinâmica no Hospital Regional Mário Sobrinho é um marco para a saúde de Irecê. “Todos os médicos da região estão em êxtase. Agora os pacientes não precisam mais ir para a capital para fazer esses exames, que salvam vidas quando o paciente está infartado. Através da hemodinâmica, a gente consegue fazer uma angiografia cerebral, mostrando aneurismas e conseguindo tratar esses casos. Essa nossa máquina consegue fazer até a arteriografia com 3D cerebral. Então, é uma alta tecnologia aliada a salvar vidas”.
O Hospital Regional Mário Dourado Sobrinho (HRDMDS) compõe a rede assistencial da região de saúde de Irecê, composta por 19 municípios, com aproximadamente 396.556 habitantes.
Repórter: Raul Rodrigues
Luana Marinho
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Bahia
Vice-governador Geraldo Júnior destaca importância do II Fórum Internacional de Ciências Policiais
O vice-governador Geraldo Júnior comemorou o sucesso do II Fórum Internacional de Ciências Policiais (FICP Bahia 2025), encerrado na sexta-feira (31), em Salvador. Representando o governador Jerônimo Rodrigues, o vice participou da abertura do evento, que reuniu autoridades, pesquisadores, gestores, policiais e especialistas nacionais e internacionais no SENAI CIMATEC, consolidando a Bahia como referência nacional em inovação e inteligência aplicada à segurança pública.
O vice-governador destacou o protagonismo da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e o legado deixado pelo encontro. “A atenção e o protagonismo da SSP-BA e a dedicação pessoal do secretário Marcelo Werner na realização do FICP Bahia 2025 demonstram a maturidade institucional e a visão estratégica de uma gestão que compreende que enfrentar o crime exige método, integração e conhecimento. A Bahia se tornou sede de um movimento que ultrapassa fronteiras, reunindo polícias, universidades, empresas e governos em torno de uma ideia central: sem ciência, não há segurança sustentável”, afirmou Geraldo Júnior.
Promovido pelo Instituto Arrecife, em parceria com a Superintendência de Inteligência (SI/SSP), o Fórum teve como tema “Inteligência Policial e Novas Tecnologias no Combate ao Crime”, reunindo centenas de participantes do Brasil e do exterior em dois dias de intensos debates, painéis e oficinas. A programação abordou temas como policiamento orientado por inteligência, crimes digitais, estatística criminal, gestão de imagens, reconhecimento facial e cibersegurança.
O vice-governador também enfatizou a importância do Fórum para o fortalecimento das políticas públicas de segurança e para a valorização dos profissionais da área: “Os debates, painéis e palestrantes de peso contribuíram para o avanço das discussões sobre as ciências policiais e para o fortalecimento da integração, da inteligência e dos investimentos nos nossos policiais. A SSP está de parabéns por promover um evento que projeta a Bahia no cenário internacional e reafirma nosso compromisso com uma segurança pública moderna, humana e baseada no conhecimento científico.”
O FICP Bahia 2025 contou com a presença de Jason Potts, diretor de Segurança Pública de Las Vegas (EUA) e presidente da American Society of Evidence-Based Policing (ASEBP), além de especialistas e representantes de diversos estados brasileiros, instituições de ensino e centros de pesquisa. A iniciativa dá continuidade ao sucesso da primeira edição, realizada no Rio de Janeiro em 2024, e consolida o Fórum como um dos mais importantes espaços de integração entre ciência, tecnologia e prática policial no país.
Geraldo Júnior reforçou o compromisso do Governo da Bahia com a valorização da ciência e da inovação na segurança pública: “Seguimos firmes, investindo em tecnologia, inteligência e capacitação, e fortalecendo nossos quadros com base no conhecimento. A Bahia segue no caminho certo, com uma política de segurança pública cada vez mais integrada, técnica e humana”.
Bahia
Republica: Mais do que um conceito, uma prática necessária Significado nos sistemas constitucionais dos EUA e do Brasil
Autoria Zizi Martins
A sobrevivência do Estado de Direito, fundamento da ordem e da estabilidade política, depende da compreensão e da prática efetiva da república. O Estado de Direito é aquele em que as leis se sobrepõem ao arbítrio, garantindo segurança jurídica, respeito à propriedade e às instituições legítimas. Quando esse equilíbrio se perde, o poder se torna instável e abusivo, abrindo caminho para o colapso do espírito republicano. Por isso, entender a república como regime político e como ética pública é essencial para preservar a liberdade e a autoridade legítima.
A ideia de república tem raízes antigas. Na Grécia, a politeia representava o governo voltado ao bem comum e à participação do cidadão na vida pública. Em Roma, a res publica – literalmente, a “coisa do povo”- simbolizava o domínio do interesse público sobre a vontade pessoal dos governantes. Séculos depois, a Magna Carta inglesa impôs limites ao poder real e consagrou o princípio da legalidade, pedra angular do republicanismo moderno, baseado na limitação do poder e no respeito às regras.
Nos Estados Unidos, a Constituição de 1787 criou um governo republicano fundado na soberania popular e na divisão equilibrada dos poderes. A alternância de mandatos, as eleições regulares e a independência dos poderes asseguram o controle mútuo e a estabilidade do regime. A Suprema Corte americana atua como guardiã desse modelo, garantindo que o governo continue submetido à Constituição e aos limites do Estado de Direito. Assim, protege-se a liberdade, o mérito e a previsibilidade institucional, valores que sustentam o progresso nacional.
Desde o século XIX, a Suprema Corte dos Estados Unidos reafirma que a “forma republicana” de governo significa um poder representativo, equilibrado e sempre sujeito à Constituição. Essa postura evita o personalismo e o autoritarismo, preservando a legitimidade do poder e a harmonia entre as instituições.
O Brasil, inspirado nesse modelo, adotou oficialmente o regime republicano com a Constituição de 1891. A Carta de 1988 reafirmou os pilares da república: soberania popular, federação e presidencialismo, mas os velhos vícios políticos e culturais ainda persistem, impedindo que o “valor republicano” seja efetivado.
Raymundo Faoro apontou o patrimonialismo como o maior obstáculo à verdadeira república brasileira: a confusão entre o público e o privado, que transforma o Estado em instrumento de grupos privilegiados. Gilberto Freyre destacou o peso da cultura personalista, que enfraquece a impessoalidade e o mérito. Roberto DaMatta observou que, em meio a essas distorções, a formalidade republicana muitas vezes é subvertida pela informalidade das relações pessoais e clientelistas.
Essas práticas corroem as bases da república. O uso político da máquina pública, o apadrinhamento, os desvios de recursos e a manipulação de contratos são expressões modernas do patrimonialismo. Mas há também uma forma mais recente e perigosa de desvio republicano: o ativismo judicial. Quando o Poder Judiciário ultrapassa suas competências constitucionais e passa a governar e legislar, reinterpretando a Constituição conforme interesses ideológicos ou interferindo nas decisões legítimas dos demais poderes, rompe-se o equilíbrio institucional que sustenta a república.
Esse fenômeno antirrepublicano mina o princípio da separação de poderes, substituindo o império da lei pela vontade subjetiva de magistrados ou tribunais, muitas vezes movidos por patrimonialismo ou clientelismo, que representam . O resultado é a concentração indevida de poder, a insegurança jurídica e a fragilização da soberania popular. Em uma república autêntica, juízes aplicam a lei, não a criam. A estabilidade democrática depende justamente de que cada poder atue dentro de seus limites, sem usurpar funções alheias.
O exemplo americano mostra que a estabilidade institucional nasce do respeito aos limites constitucionais e da independência do Judiciário, e não da sua supremacia sobre os demais poderes. Nenhuma função estatal pode ser absoluta. A verdadeira república requer disciplina, ética pública e compromisso com o mérito. O Estado deve proteger as liberdades e garantir a responsabilidade dos governantes, de modo que nunca substitua a sociedade ou sirva a interesses particularizados.
A república, portanto, não é apenas um conceito jurídico, mas um modo de vida política. É o regime da ordem, da autoridade legítima e da liberdade responsável. Sua prática exige vigilância permanente, respeito às regras constitucionais e rejeição de qualquer forma de privilégio, seja político, econômico ou judicial. O futuro do Brasil depende dessa postura: restaurar a moralidade pública, fortalecer as instituições e garantir que a lei prevaleça sobre o poder. Só assim o país será, de fato, uma república, e não apenas de nome.
*Zizi Martins é ativista pela liberdade. Vice-presidente da ANED, membro fundadora e diretora da Lexum, Presidente do Instituto Solidez e membro do IBDR. Advogada com mestrado em direito público e especialização em Direito Religioso, Doutora em Educação, Pós-Doutora em Política, Comportamento e Mídia. Articulista e comentarista política
Bahia
Não tenha medo de fazer Homeschooling no Brasil. Hoje você tem apoio e a Expo Homeschooling é uma prova disto!
Autoria: Zizi Martins
O homeschooling tem ganhado grande espaço no Brasil, consolidando-se como uma opção educacional viável e apoiada por diversas estruturas que oferecem segurança jurídica, pedagogia e recursos especializados. A Associação Nacional de Educação Domiciliar (ANED)* destaca-se como o principal suporte jurídico e institucional, oferecendo assessoria legal, acompanhamento de processos e capacitação para famílias e advogados, garantindo que o ensino domiciliar seja exercido com respaldo legal.
O maior evento do setor, a Expo Homeschooling* – cuja próxima edição ocorrerá de 20 a 22/11 em João Pessoa/PB-, promove anualmente a conexão entre famílias, educadores e fornecedores, possibilitando o acesso a palestras, workshops e recursos pedagógicos que atendem às necessidades específicas da educação em casa. Ali, inovadoras metodologias pedagógicas, tecnologias educacionais e orientações legais são apresentadas, facilitando a prática do ensino domiciliar com qualidade.
Entre os recursos disponíveis para o ensino domiciliar, destacam-se materiais didáticos diversificados, que vão desde apostilas, livros e videoaulas até jogos educativos e atividades práticas. Esses materiais são desenvolvidos para atender desde os primeiros anos escolares até o Ensino Médio, permitindo personalização conforme a idade e o ritmo do aluno, com foco em incentivar tanto o desenvolvimento cognitivo quanto socioemocional.
Além disso, uma rede de profissionais como pedagogos, tutores e consultores pedagógicos fornece orientações e acompanhamento para as famílias. Esses especialistas auxiliam na elaboração de planos de estudo, adaptação curricular e monitoramento do desempenho, impondo maior estrutura e qualidade ao aprendizado em casa.
Metodologias ativas têm ganhado espaço entre os homeschoolers, com práticas que incluem aprendizagem baseada em projetos, avaliações formativas, estudos interdisciplinares e uso de recursos digitais interativos para promover o protagonismo do estudante. A flexibilidade dessas metodologias permite que cada criança aprenda conforme seu ritmo e interesse, garantindo maior engajamento e efetividade.
As plataformas digitais complementam esse cenário, oferecendo ambientes virtuais completos para gestão do ensino, avaliação constante, comunicação entre educadores e famílias, e acesso a conteúdos multimídia. Essa tecnologia garante eficiência e organização, além de aproximar o homeschooling das inovações educacionais contemporâneas.
A capacitação contínua é outro ponto forte. Cursos, workshops e grupos de estudo estão organizados para preparar os pais e educadores, ajudando-os a superar desafios e a aplicar as melhores práticas pedagógicas e legais. Essa formação cria uma base sólida para o ensino domiciliar e a atuação segura frente aos desafios de ambientes questionadores dessa modalidade educacional.
Com todos esses recursos e apoio, o homeschooling no Brasil não é mais um caminho solitário ou incerto, como o que eu fiz no início dos anos 2000 com meus filhos. Ao contrário, tornou-se um movimento estruturado, que oferece segurança, qualidade e respaldo para famílias que buscam uma educação diferenciada para seus filhos. Portanto, se você pensa em optar pelo ensino em casa, saiba que há um ecossistema robusto pronto para apoiar sua jornada.
*Zizi Martins é ativista pela liberdade. Vice-presidente do Conselho de Administração da ANED, Membro fundadora e Diretora Secretária da LEXUM, Presidente do Instituto Solidez, membro do IBDR e da Federalist Society. Procuradora do Estado da Bahia, Advogada, Comentarista Política, Articulista e Consultora. Com pós-doutorado em Política, Comportamento e Mídia, Doutorado em Educação, Mestrado em Direito, Especialização em Direito Administrativo e Direito Religioso, Master em Liderança e Gestão Pública, MBA em Educação Corporativa e Gestão do Conhecimento.
*Para mais informações sobre a ANED e EXPO HOMESCHOOLING, confira: @aned.digital e @expohomeschooling
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