Cada vez mais relevantes para o mercado, fundos esportivos oferecem grande leque para investimentos seguros
Os fundos esportivos são fundos de investimentos direcionados a negócios do esporte. Cada vez mais importante aos olhos do mercado financeiro, a esfera esportiva oferece diversas possibilidades para aplicação do dinheiro e muitas oportunidades de lucro, afinal, ela corresponde a uma parcela de 1,5% a 2% do PIB mundial, segundo a Fundação Getúlio Vargas. No entanto, é importante entender as peculiaridades do setor.
O objetivo do fundo é reunir uma quantia satisfatória para a realização de um investimento comum aos participantes do negócio. Para a formalização da aplicação, um FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) é constituído, com mais da metade do seu patrimônio líquido destinado para direitos creditórios, aqueles referentes a valores que uma empresa pode receber com origem em cheques, cartão de crédito, hipotecas, duplicatas, etc.
Como investir em fundos esportivos?
Entre as possíveis aplicações para o dinheiro depositado no fundo esportivo estão: passes de atletas, multas contratuais definidas entre clube e jogador, direitos de transmissão de campeonatos, ações em ligas e times. Vale lembrar que, pela popularidade, o futebol atrai a maior parte dos investimentos, porém é possível aplicar recursos em outras modalidades, como Fórmula 1 e voleibol.
Os fundos esportivos são uma realidade tanto para os investidores, quanto para os clubes. Todas as partes envolvidas buscam gerar receita para si e, consequentemente, para o outro. O sucesso deste modelo é possível, tanto que clubes como Manchester United, Lyon, Juventus, Benfica e Ajax têm capital aberto na bolsa de valores. Na NBA, Golden State Warriors, San Antonio Spurs e Sacramento Kings abriram a capital.
Naturalmente, a maior parte dos investimentos é direcionada para os maiores mercados, como a Champions League, a Premier League e demais campeonatos da elite europeia do futebol. No entanto, é possível diversificar competições e modalidades. O mais importante é saber se o fundo esportivo é adequado para o seu perfil de investidor e fazer movimentos conscientes.
A remuneração para os investidores
Assim sendo, a remuneração dos investidores em fundos esportivos é feita por um modelo parecido com renda fixa, ou seja, com forma e prazo estipulados para o pagamento: os fundos de recebíveis, uma modalidade lastreada no setor imobiliário. O risco não é alto e a rentabilidade é considerável, além de ser uma oportunidade de diversificar sua carteira de investimentos e colher resultados a longo prazo.
Por fim, alguns avisos são válidos: uma dose de experiência no mercado financeiro é importante para esse investimento, tendo em vista a baixa liquidez no setor. O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) não cobre prejuízos em casos de imprevistos com fundos esportivos, porém é possível renegociar suas ações com outros investidores e acionistas, o chamado mercado secundário.