Sujeitos às incertezas das ruas, é fundamental que os motoristas de aplicativo sigam certas diretrizes para não se exporem tanto aos riscos
A exposição pela qual os motoristas de aplicativo e passageiros estão sujeitos nas ruas é, invariavelmente, motivo para muitas discussões e preocupações. A violência urbana, seja em forma de atentados à integridade física ou assaltos, bem como a própria violência do trânsito, deixa a todos vulneráveis, e não raro acarreta em marcas e traumas muito grandes.
Tentativas governamentais de auxiliar na segurança
Tentativas de mitigar esse problema partem de diversas frentes. Recentemente, um projeto de lei aprovado pela Comissão de Ciência e Tecnologia estipulou a obrigatoriedade de instalação de botões de pânico nos veículos, em uma tentativa de dar mais segurança a trabalhadores e usuários.
Além disso, projetos como a instalação de blindagens na cabine do motorista com auxílio de crédito governamental também passaram por debate na Câmara dos Deputados. Iniciativas parecidas deram certo em cidades como Manaus. Deputados autores da proposta explicam: “especialmente nas grandes capitais, os casos de latrocínio contra motoristas de táxi e de aplicativo são uma triste realidade”.
Falta de direitos precariza o trabalho
Motoristas também estão expostos à falta de direitos fundamentais dada aos trabalhadores, como férias, 13º salário, remuneração mínima, jornada de trabalho, entre outros. Isso acontece pela falta de regulamentação do setor. Contudo, ela deu um grande passo recentemente, por meio da lei criada pelo Executivo, mas que ainda não progrediu no Congresso, mesmo após longos meses de debates entre as várias partes.
Iniciativas das próprias empresas são essenciais
A Uber, por exemplo, possui um seguro que dá mais segurança para os motoristas, que cobre inclusive despesas médicas hospitalares em caso de acidente até cobertura de invalidez permanente, para casos mais graves. O U-Seguro é o nome do aplicativo de seguro e segurança Uber, e é por meio desta central de segurança que outras ações são incentivadas, como direção defensiva.
O motorista também deve fazer sua própria segurança
Enquanto medidas mais severas não são postas em prática, cabe aos motoristas e passageiros zelar pela própria segurança adotando alguns procedimentos. Ao aceitar uma corrida, por exemplo, é sempre importante verificar se os dados como nome do passageiro ou motorista estão corretos e se placa, modelo e carro coincidem com os mostrados no aplicativo. Além disso, notas muito baixas recebidas por ambas as partes podem ser um indicativo negativo.
Atenção redobrada aos sinais de perigo
Para os motoristas, é fundamental fazer o embarque de passageiros em locais mais movimentados ou ao menos iluminados. Locais muito desertos são os preferidos pelos bandidos, devido à facilitação para sua ação. No mais, fazer uma chamada para o passageiro é uma boa maneira de driblar alguma ação criminosa, pois dá um bom panorama do tipo de pessoa que está do outro lado.
Afinal, com algumas perguntas, é possível perceber a real intenção da pessoa. Em qualquer sinal de perigo, é fundamental não hesitar no cancelamento da viagem. Preferencialmente, não se deve andar com objetos de valor à mostra, ainda que o carro possua películas nos vidros.
No mais, não há também a necessidade de se carregar muitos valores em dinheiro, uma vez que a maioria dos pagamentos é feita por meio de cartão de crédito. Seguindo essas dicas e dando a devida atenção aos sinais, o motorista ficará mais protegido, principalmente aqueles que circulam pelas ruas à noite.
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