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ESG é muito mais que investimentos

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Em meio ao Mês do Meio Ambiente, a sigla ESG recebe bastante atenção pela quantidade e qualidade de estudos, relatórios e estudos que tratam esse tema como parte central ou importante de suas avaliações. Essas pesquisas são nacionais e internacionais, como a pesquisa realizada pela consultoria Russell Reynolds Associates em 2022.

O estudo registrou um aumento de 53 % na demanda por executivos especializados em desenvolvimento sustentável, em relação ao ano anterior. De acordo com a pesquisa, antes de assumir a liderança em sustentabilidade, 68 % das OSCs já ocupavam cargos de liderança relacionados à agenda e 55 % tinham mais de três anos de experiência na área.

Ao final de 2022, a série de análises da XP Investimentos também mostra que os investidores optam empresas com ESG e destaca a tendência deste ano, mencionando que receberá mais atenção entre quem investe em empresas que possuem ratings e ESG com significado e transparência, atualizados.

Um cenário que indica crescente interesse dos investidores por empresas que já estão alinhadas com a agenda ESG, com algumas dessas organizações obtendo lucros e crescimento acima da média em seu setor. Obter benefícios e ter uma agenda ESG contínua não se configuram em oposição, pelo contrário, o que olhamos, cada vez mais, é a convergência desses objetivos.

Segundo Ivo Neves, diretor da SG4 e especialista em ESG e sustentabilidade, o perfil técnico deste profissional vai além do entendimento das questões socioambientais e de governança para levar a organização a ser sustentável. O profissional deve conhecer bem o negócio e entender as alavancas e impactos do desenvolvimento sustentável.

“Um profissional que atua na área de sustentabilidade é alguém dedicado ao constante aprendizado. Ele está sempre atualizado, buscando informações, explorando novos recursos e participando de projetos para aprimorar seu conhecimento. É importante ressaltar que esse profissional não possui um domínio absoluto sobre todos os aspectos da sustentabilidade, pois está em constante evolução nessa jornada de aprendizado.” aponta Ivo Neves.

“Durante sua formação, é necessário que este profissional explore diferentes temas, aprofundando-se em uma esfera específica e, gradualmente, expandindo seu conhecimento para as demais esferas das vastas dimensões ambiental, social e de governança, adquirindo cada vez mais profundidade em cada um desses aspectos ao longo do tempo.”

Globalmente, 94 % das instituições financeiras reconhecem a sustentabilidade como uma prioridade estratégica. Os dados aparecem no último relatório de progresso do programa princípios para um banco Responsável das Nações Unidas, que tem mais de 300 signatários. Essa percepção também tem se fortalecido no mercado brasileiro – tanto no setor público quanto no privado.

“Os pilares do ESG são esferas importantíssimas para a jornada de qualquer empresa, não só por questões mercadológicas, mas também de sustentação empresarial, ou seja para que ela perpetue vinte, trinta, cinquenta, cem anos, olhando para todos os princípios, partes interessadas, pessoas e processos”.

No campo ESG, os objetivos só são alcançados quando as cadeias produtivas se unem em prol de mensurar e analisar seus processos atrelados a impactos sociais, ambientais e climáticos.

“Definitivamente, não se faz ESG em três meses. Todos esses itens demandam uma caminhada muito forte, muito pesada, que inclui investimento, atendimento legal, partes interessadas e mais. É um trabalho longo. Por isso, uma estratégia conectada é fundamental para garantir este crescimento a longo prazo. Isto só acontece depois que a empresa estabelece o plano estratégico, um mapa estratégico ao qual estão associados objetivos estratégicos. Estes objetivos estratégicos devem estar associados ao tema ESG e precisam ser coerentes e exequíveis.”

Ainda segundo Ivo Neves, “é impossível trabalhar uma boa gestão ESG sem olhar metas de desempenho, ou seja, sem estabelecer padrões e parâmetros de acompanhamento e gestão de indicadores. Justamente porque o tema ESG tem como princípio uma necessidade da melhoria contínua: melhoria dos seus indicadores e do seu desempenho.”.

“Para começar esse processo, recomendo fazer um diagnóstico para avaliar o estágio atual da gestão ESG na sua empresa e o desempenho atual. A partir daí, será possível traçar metas de melhoria, levando em conta os recursos financeiros e humanos disponíveis. É importante ser realista e dar passos alcançáveis. Conhecer a situação atual da sua organização, estabelecer etapas de melhoria e caminhar gradualmente, implementando práticas, construindo novos processos e acompanhando os resultados ao longo do tempo. Este é o caminho.”

Um passo dado por muitas instituições financeiras no Brasil para fomentar uma economia de baixo carbono é a transição energética. Movimento, por sinal, que já ganha força em 2023, já que o nosso País tem potencial para crescer em fontes renováveis.

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