Home Estilo e Vida Comportamento Escola de Curitiba pratica atenção plena desde a primeira infância
Comportamento

Escola de Curitiba pratica atenção plena desde a primeira infância

Envie
Default Featured Image
Envie

Meditação, concentração e silêncio intencional permitem que os pequenos desenvolvam o autocontrole das emoções e aprendam com mais qualidade

Para os não praticantes, a ideia de meditação para crianças pode parecer meio estranha. Como, afinal, é possível conseguir que os pequenos fiquem em silêncio, concentrados e atentos por mais de um minuto? O desafio parece ainda maior na rotina movimentada e repleta de distrações em que vive a maioria. Justamente por isso a meditação tem conquistado não só as crianças, mas também os pais, que em meio a toda agitação da vida percebem a cada dia a importância de um olhar interno.

Na Escola Interpares, de Curitiba, a meditação foi inserida em 2019, para crianças de até 6 anos, inicialmente com a proposta de envolver as famílias, numa atividade para pais e filhos. “Mas logo depois a pandemia e o temor da morte atingiu a todos de forma bem significativa. As perdas e abalos emocionais afetaram também as crianças e as necessidades envolvidas nesse momento se ampliaram”, explica Dayse Campos, diretora da escola.

Diante disso, o olhar atento da direção para a integralidade da saúde, do aprendizado e do bem-estar dos alunos vem fazendo diferença na comunidade. “Não importa o que esteja acontecendo no universo em torno da criança, quando a prática da meditação é constante, ela aprende a lidar com suas emoções, ganha consciência corporal, além de treinar a atenção plena”, conta Amanda Lieuthier, professora de meditação na Interpares.

Ela explica que o lúdico é uma das principais diferenças na condução da meditação para crianças. Outra dica é destacar temas que os  pequenos gostam, sempre respeitando o tempo da atividade, que costuma ter duração de 2 a 3 minutos nas primeiras práticas. “Por isso não trabalhamos apenas com a meditação formal – aquela sentada – mas também com um processo mais ativo de consciência corporal em conjunto com as brincadeiras e movimentos mais leves, lentos e atentos”, conta Amanda.

A professora explica que a meditação é introduzida também em forma de brincadeiras e conversas, levando a criança à atenção plena. “Se os adultos têm dificuldade em reconhecer suas emoções, imagine a criança. Por isso, o mais importante é ensiná-las a reconhecer o que estão sentindo, criando um vocabulário das emoções para, então, efetivar o acolhimento”, finaliza.

A aluna Maria Luiza Fontoura, de 5 anos, carinhosamente atendida por Malu, está aprendendo a reconhecer suas emoções juntamente com seus pais, Helen Cristofolini e Roberson Fontoura, numa prática coletiva fortalecedora envolvendo escola, alunos e familiares. “A principal diferença é que, por meio da meditação, a Malu conseguiu ficar mais atenta e concentrada. E nós, como pais, aprendemos a compreender melhor as emoções da nossa filha e até mesmo a controlar a nossa própria ansiedade”, detalha o pai.

Segundo Helen, mãe de Malu, a filha também aprendeu a reconhecer os momentos que pedem calma daqueles em que pode haver desenvoltura, além de verbalizar seus sentimentos de forma mais clara. “Eu, como mãe, só vi ganhos na meditação”, completa.

 

*Todos os artigos publicados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não expressam a linha editorial do portal e de seus editores.

Compartilhe com seus amigos

Tirar cidadania: italiana e portuguesa lideram as mais pesquisadas pelos brasileiros

Tirar cidadania: italiana e portuguesa lideram as mais pesquisadas pelos brasileiros

Leia Mais
Adultos voltam a comprar brinquedos da infância por nostalgia

Adultos voltam a comprar brinquedos da infância por nostalgia

Leia Mais
Comprar um imóvel: ranking mostra meios mais buscados pelos brasileiros em 2025

Comprar um imóvel: ranking mostra meios mais buscados pelos brasileiros em 2025

Leia Mais
Lembram do relógio que troca pulseira, grande sucesso em 2010? Ele voltou!

Lembram do relógio que troca pulseira, grande sucesso em 2010? Ele voltou!

Leia Mais
A era do rosto em evidência: como as redes sociais transformaram a relação com a autoimagem e o olhar da Dra. Camila Hoffmann

A era do rosto em evidência: como as redes sociais transformaram a relação com a autoimagem e o olhar da Dra. Camila Hoffmann

Leia Mais
Envie