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Entendendo o autismo: 13 fatos essenciais sobre TEA

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Entendendo o autismo: 13 fatos essenciais sobre TEA
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O Transtorno do Espectro Autista (TEA), conhecido como autismo, é um transtorno do neurodesenvolvimento que impacta a forma como as pessoas percebem e interagem com o mundo. Ele pode influenciar diretamente as habilidades sociais e comportamentais, além de trazer desafios em várias áreas da vida, interferindo, por exemplo, na maneira como a pessoa se comunica. 

Dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), revelam uma mudança na prevalência do Transtorno do Espectro Autista (TEA): em 2020, nos Estados Unidos, 1 em cada 36 crianças foi identificada como autista. Esse é o número mais recente do órgão. “Ainda existe uma defasagem muito grande nos dados sobre autismo no Brasil e no mundo. Os últimos números publicados pela OMS, em 2010, revelavam que havia cerca de 2 milhões de autistas no Brasil, e a população total no país é de 200 milhões de habitantes, o que significa que 1% da população estaria no espectro” afirma o fundador e CEO da healthtech Genial Care, Kenny Laplante. 

Mas o que é realmente o autismo?

O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades na comunicação, na interação social e por padrões de comportamentos restritos e repetitivos. Pessoas dentro do espectro frequentemente enfrentam desafios em manter um engajamento ativo, em utilizar uma comunicação eficaz e em gerenciar suas emoções de maneira adequada.

“Os sinais do TEA se manifestam ainda na infância, e tanto crianças quanto adultos com o transtorno podem necessitar de diferentes níveis de apoio. Enquanto alguns conseguem realizar atividades diárias de forma independente, outros precisam de assistência para tarefas básicas, como tomar banho, se vestir e se alimentar”, completa a Fonoaudióloga e Criadora de Conteúdos Clínicos da Genial Care, Ana Sousa. 

Atualmente, o principal guia utilizado para diagnosticar o autismo é o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais). Este documento é publicado pela Associação Americana de Psiquiatria (APA), a maior organização de psiquiatras e estudantes de Psiquiatria nos Estados Unidos.

Até a versão anterior, o DSM-4, o diagnóstico de autismo englobava várias condições neurológicas com nomes diferentes, como:

  1. Transtorno Autista;
  2. Síndrome de Asperger;
  3. Transtorno Desintegrativo da Infância;
  4. Transtorno Invasivo do Desenvolvimento.

Com a 5ª edição do manual, o autismo passou a ser reconhecido sob a denominação única de Transtorno do Espectro Autista, categorizado entre os transtornos do neurodesenvolvimento.

O que é díade do autismo?

Guias como o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da Associação Americana de Psiquiatria) e a CID-11 (Classificação Internacional de Doenças, da Organização Mundial da Saúde) descrevem as principais características do espectro autista sob o conceito de “díade do autismo”:

  1. Dificuldades na comunicação e interação social
  2. Comportamentos repetitivos e padrões restritos de interesse

“É importante ressaltar que pessoas no espectro não necessariamente manifestam todos esses sinais, assim como algumas pessoas fora do espectro podem exibir alguns deles. Por isso, uma avaliação profissional é essencial para um diagnóstico adequado”, declara Ana Sousa. 

Quais são os níveis de autismo?

O autismo é classificado em diferentes níveis conforme a necessidade de suporte, variando entre os níveis 1, 2 ou 3, segundo os manuais DSM e CID. Segundo Ana, pessoas autistas que conseguem realizar suas atividades diárias com pouca ou nenhuma ajuda são geralmente classificadas no nível 1. Já aquelas que precisam de mais assistência, tanto nas tarefas diárias quanto em outras áreas do desenvolvimento, são classificadas no nível 3.

Para simplificar, muitos profissionais e familiares costumam referir-se a esses níveis como graus de autismo. Assim, é comum ouvir os termos:

Autismo leve: nível 1 de suporte.

Autismo moderado: nível 2 de suporte.

Autismo severo: nível 3 de suporte.

Fatos importantes sobre o autismo

Independentemente dos níveis de suporte, existem vários pontos importantes a serem considerados sobre o autismo. Reunimos 13 informações fundamentais que podem ajudar a ampliar o entendimento. Veja a seguir: 

1) O autismo é um espectro: cada pessoa diagnosticada com TEA é única. O termo “espectro” significa que há uma ampla gama de características e níveis de suporte necessários. Algumas pessoas podem ser altamente funcionais e independentes, enquanto outras podem necessitar de apoio intenso em suas atividades diárias.

2) Sinais de Autismo: os sinais de autismo em crianças podem variar, mas geralmente incluem dificuldades na comunicação, como atrasos na fala ou na linguagem, dificuldades em manter conversas e expressar emoções. Outros indicadores podem ser comportamentos repetitivos, interesses restritos e desafios na interação social, como dificuldade em fazer amigos. Os primeiros sinais costumam aparecer antes dos 3 anos, e reconhecer esses sinais precocemente é essencial para promover o desenvolvimento das habilidades da criança.

3) Diagnóstico de TEA: o diagnóstico deve ser realizado por profissionais especializados, como neurologistas, psicólogos e psiquiatras, que avaliam os sintomas e o histórico de desenvolvimento da criança. Identificar o transtorno cedo é essencial para assegurar que a criança receba o suporte necessário para seu desenvolvimento.

4) Pessoas autistas possuem maneiras diferentes de se comunicar: algumas pessoas no espectro autista podem ter dificuldades em se comunicar por meio da fala , mas isso não significa que não tenham nada a dizer. É importante considerarmos que a comunicação é multimodal, ou seja, acontece por diferentes meios (fala, gestos, expressões faciais, entre outros) e dispositivos de comunicação aumentativa e alternativa (CAA) pode ser um deles. 

5) Autismo não tem cura, mas há tratamentos e intervenções eficazes: não existe cura para o autismo, pois não é uma doença. No entanto, uma abordagem multidisciplinar, que envolve a participação ativa da família, costuma oferecer os melhores resultados. Terapias fonoaudiológicas, comportamentais, educacionais e ocupacionais, como a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e a Integração Sensorial, podem auxiliar pessoas no espectro autista a desenvolver habilidades e melhorar sua qualidade de vida.

6) Rotina e previsibilidade são importantes: previsibilidade é fundamental para pessoas autistas, pois mudanças abruptas ou imprevistas podem gerar grande desorganização e ansiedade. Por isso, é importante não só avisar sobre mudanças com antecedência, mas também utilizar (sempre que necessário) suportes visuais para ajudar na compreensão e adaptação às novas situações. Suportes como cronogramas, quadros de rotinas e histórias narrativas, podem facilitar a compreensão e contribuir para um ambiente mais seguro e previsível.

7) É fundamental respeitar e valorizar a individualidade: o respeito pela neurodiversidade é uma parte importante da compreensão do autismo na infância e ao longo da vida. A sociedade está cada vez mais consciente da importância sobre a inclusão de crianças com autismo, e por isso escolas e comunidades devem trabalhar para criar ambientes inclusivos onde todas as crianças tenham a oportunidade de aprender e crescer.

8) Apoio familiar: o autismo pode ser desafiador para as famílias, e é muito importante que pais e cuidadores recebam suporte adequado para entender e lidar com as necessidades de seus filhos. Isso inclui a orientação parental, que ajuda os cuidadores a desenvolverem estratégias eficazes para apoiar o desenvolvimento da criança e gerenciar comportamentos desafiadores. Além disso, é importante que as famílias tenham acesso a recursos e informações que as capacitem a oferecer um ambiente de apoio e a buscar intervenções quando necessário. 

9) Hipersensibilidade sensorial e hiperfocos são comuns: em alguns casos as crianças apresentam hipersensibilidade ou hipossensibilidade aos estímulos sensoriais. Barulhos altos, luzes fortes ou texturas específicas podem ser extremamente desconfortáveis, e ambientes calmos e controlados são frequentemente preferidos. Também é possível observar o desenvolvimento de interesses intensos em tópicos específicos. Esses “hiperfocos” podem levar a uma expertise profunda em áreas como matemática, música, ciência ou história, por exemplo. 

10) Relacionamentos sociais podem ser desafiadores, mas são possíveis: embora as interações sociais possam ser desafiadoras, isso não significa que as pessoas com TEA não desejam ter amigos ou relacionamentos. Com o apoio adequado e estratégias específicas, como ensino de habilidades sociais, pessoas autistas podem desenvolver e manter relacionamentos significativos. A construção de laços sociais pode ser facilitada pela compreensão e aceitação das diferenças, tanto por parte das pessoas autistas quanto de suas redes de apoio, incluindo familiares, amigos e colegas. Com compreensão e apoio adequados é possível desenvolver vínculos significativos.  

11) Adultos também podem ser diagnosticados com autismo: embora o autismo seja frequentemente identificado na infância, algumas pessoas recebem o diagnóstico na fase adulta, muitas vezes após uma avaliação baseada em sinais e sintomas que foram mais sutis ou não reconhecidos anteriormente.  

12) Autismo não desaparece com a idade: o autismo é um transtorno do desenvolvimento que persiste ao longo da vida. No entanto, com uma intervenção eficaz, as maneiras como os sinais se manifestam podem mudar/melhorar ao longo do tempo.

13) A inclusão é essencial: pessoas com autismo têm direito à educação, trabalho e participação na sociedade como qualquer outra pessoa. Promover ambientes inclusivos, tanto na escola quanto no trabalho, é fundamental para garantir que possam alcançar seu pleno potencial.

 

É necessário destacar que as intervenções em crianças autistas devem ser conduzidas por uma equipe composta por profissionais multidisciplinares, transdisciplinares e interdisciplinares, em conjunto com uma orientação parental. Esse suporte abrange direcionamentos e treinamentos para lidar com possíveis comportamentos desafiadores no dia a dia, ao mesmo tempo que ressalta a importância de manter o autocuidado e preservar a saúde mental dos cuidadores.

“O acompanhamento adequado traz diversos benefícios para a criança. O objetivo de uma intervenção com qualidade é promover o desenvolvimento de habilidades necessárias para a sua autonomia e independência e integração social. Melhorando assim a sua qualidade de vida e sendo apoio para que ela atinja o seu máximo potencial”, conclui Ana Sousa.

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Saúde

Profissionais da saúde se reúnem em Fortaleza para discutir prevenção e bem-estar

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De 13 a 16 de novembro, especialistas brasileiros e estrangeiros se reúnem na capital cearense para debater avanços da Acupuntura e das Práticas Integrativas em Saúde

Fortaleza se prepara para receber um dos mais importantes encontros da área da saúde no país: o 16º Congresso Brasileiro de Acupuntura, realizado pela Associação Brasileira de Acupuntura (ABA), em parceria com o Congresso Internacional de Práticas Integrativas em Saúde (PICS). O evento acontece de 13 a 16 de novembro de 2025, no Hotel Mareiro AFAGO, à beira-mar de Fortaleza (Av. Beira Mar, 2380 – Meireles), transformando a cidade em um polo de reflexão sobre saúde integral e bem-estar.

Com o tema “Promover a saúde é antecipar-se às doenças”, o congresso propõe um amplo debate sobre o papel da Acupuntura e das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) como recursos reconhecidos pelo Ministério da Saúde por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). O objetivo é fortalecer a integração entre ciência, tradição e políticas públicas, estimulando o diálogo entre profissionais de diversas áreas, gestores, autoridades e o público interessado em novas abordagens de cuidado.

Encontro de saberes e experiências
A diversidade de participantes é um dos pontos altos do evento. Estarão presentes acupunturistas, médicos, terapeutas, gestores públicos e privados, pesquisadores, representantes da República Popular da China, autoridades do Ministério da Saúde e parlamentares brasileiros. Essa pluralidade reforça a relevância crescente das terapias integrativas no campo da saúde pública e na medicina contemporânea.

A programação é extensa e dinâmica, com cursos, minicursos, palestras, mesas-redondas, apresentações científicas e práticas vivenciais ao ar livre, como Qi Gong e Tai Chi na praia. Entre os temas em destaque estão fertilidade e saúde da mulher sob a ótica da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), saúde mental e psicossomática, neuromodulação, emoções e equilíbrio energético e a integração das terapias complementares na rede pública de saúde.

Além das atividades formativas, o congresso também reserva espaço para homenagens, lançamentos de livros e uma celebração especial pelos 68 anos da ABA, instituição que tem sido referência na difusão e regulamentação da Acupuntura no Brasil.

Fortaleza no mapa da saúde integrativa
Ao escolher Fortaleza como sede desta edição, a ABA reforça o papel estratégico do Nordeste na consolidação de políticas voltadas à promoção da saúde e à prevenção de doenças. O evento simboliza um encontro entre tradição milenar e inovação científica, unindo saberes orientais e ocidentais em prol de uma medicina mais humana, preventiva e integral.

 

Serviço
16º Congresso Brasileiro de Acupuntura
Evento conjunto ao Congresso Internacional de Práticas Integrativas em Saúde (PICS)
📅 Data: 13 a 16 de novembro de 2025
📍 Local: Hotel Mareiro AFAGO – Av. Beira Mar, 2380, Meireles, Fortaleza – CE
🎯 Tema: “Promover a saúde é antecipar-se às doenças”
👨‍⚕️ Coordenação: José Nilson Leite Fernandes
🔗 Inscrições: www.abacongresso.com.br

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Saúde

Ansiedade sazonal: por que o fim do ano aumenta o estresse — e como preparar corpo e mente para o verão

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A doutora e terapeuta ortomolecular Vera Lúcia e sua sócia Joyce Martins especialista em Desenvolvimento Humano e Práticas Integrativas.
A doutora e terapeuta ortomolecular Vera Lúcia e sua sócia Joyce Martins especialista em Desenvolvimento Humano e Práticas Integrativas.

Com a correria do fim do ano, os fatores emocionais e hormonais se intensificam, exigindo mais atenção à saúde mental e energética. A terapeuta ensina como equilibrar o organismo e começar o verão com mais leveza interior.

À medida que o ano se aproxima do fim, muitas pessoas experimentam uma mistura de cansaço, ansiedade e impaciência. A chamada ansiedade sazonal, comum nos meses de novembro e dezembro, está relacionada ao acúmulo de responsabilidades, às expectativas não cumpridas, à sobrecarga emocional que acompanha o encerramento de ciclos e as festividades de fim ano.

Segundo a terapeuta ortomolecular e doutora Vera Lúcia, criadora do método Ser + Pleno, essa fase é marcada por uma alteração no ritmo interno e hormonal do corpo, o que interfere diretamente no equilíbrio emocional.

“O organismo sente a pressão desse fechamento de ciclo. O sistema nervoso fica mais reativo, o sono tende a piorar e o corpo sinaliza a exaustão com sintomas como irritabilidade, fadiga e queda de imunidade. É o momento ideal para cuidar da energia vital e preparar o terreno para o novo ano”, explica a doutora.

A especialista reforça que o detox emocional e físico é um dos caminhos mais eficazes para restaurar o bem-estar e a vitalidade antes do verão. O foco deve estar na recuperação dos nutrientes que sustentam o sistema nervoso e o metabolismo energético.

“Além do magnésio e das vitaminas do complexo B — que equilibram os neurotransmissores ligados ao estresse —, é importante incluir cofatores antioxidantes como selênio, zinco e vitamina C, além de fitoterápicos calmantes como passiflora, L-teanina e camomila, e aminoácidos reguladores do humor, como triptofano e taurina. Esses elementos ajudam o organismo a responder melhor ao estresse e trazem sensação de calma e clareza mental”, destaca.

Vera também destaca a parceria com sua sócia no método Ser + Pleno, Joyce Martins, especialista em Desenvolvimento Humano e Práticas Integrativas. Segundo Joyce, o autocuidado integrativo é essencial para atravessar o fim de ano com equilíbrio e vitalidade. Entre as práticas recomendadas estão a respiração consciente, que ajuda a manter a mente no presente e fortalece a presença intencional — evitando divagações e preocupações com o futuro —, além de caminhadas leves e alongamentos, banhos de sol matinais e hidratação adequada.

Esses hábitos simples contribuem para a regulação do ritmo circadiano e o aumento natural da serotonina, neurotransmissor diretamente ligado ao bem-estar e ao equilíbrio emocional.

“O fim do ano pode ser um período de renovação, não de exaustão. Quando cuidamos do corpo de forma integral — física, emocional e energética —, entramos no verão mais leves, com disposição e serenidade para iniciar um novo ciclo”, conclui Joyce.

O método Ser + Pleno, idealizado por Vera Lúcia e cofundado por Joyce Martins, integra a Clínica Vida Mais e tem como propósito promover o encontro entre ciência e alma, corpo e consciência, matéria e energia. O método combina terapias personalizadas e abordagens ortomoleculares, comportamentais e holísticas, oferecendo um caminho de reconexão e equilíbrio integral.

 

🔗 Saiba mais: clinicavidamais.com.br/ser-pleno e @sermaispelo

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Saúde

Empatia e acolhimento transformam a experiência de pacientes durante o Outubro Rosa

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Foto Divulgação
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Equipe de enfermagem do centro cirúrgico do Hospital de Brotas promoveu treinamento e reforçou a importância do cuidado humanizado a pacientes em tratamento de câncer de mama

No tradicional “arco-íris da saúde”, o mês de outubro é rosa e dedicado à prevenção ao câncer de mama. O foco das campanhas é intenso e domina as mídias até o dia 31 de outubro, quando, com o Halloween, viramos a página para o Novembro Azul.
Mas, enquanto as ações de prevenção ganham destaque, quem já está em tratamento enfrenta uma realidade mais delicada: ouvir, repetidamente, sobre a importância de prevenir uma doença que está fazendo parte da sua vida e dos seus cuidados com a saúde.

Em apoio à campanha do Outubro Rosa, o Hospital de Brotas — sob gestão do Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS) — promoveu um momento de aprendizado e reflexão voltado à empatia e ao cuidado. A ação reuniu a equipe do Centro Cirúrgico (CC) e do Centro de Material e Esterilização (CME) para um treinamento sobre acolhimento a pacientes com diagnóstico ou suspeita de câncer de mama, com o objetivo de fortalecer práticas de escuta qualificada e assistência humanizada.

A iniciativa partiu da coordenadora de enfermagem do Centro Cirúrgico e do CME, Lailla Farias, que destacou o quanto o acolhimento vai muito além da escuta atenta. “Acolher envolve oferecer um ambiente seguro e acolhedor, monitorar e controlar a dor no pós-operatório, prevenir infecções e esclarecer dúvidas. Essas ações refletem as competências que buscamos fortalecer na equipe assistencial, promovendo um cuidado mais empático, seguro e centrado no paciente.”

Transformar o medo em confiança e a cirurgia em esperança

De acordo com Nadir Mendes, enfermeira do Centro Cirúrgico e uma das palestrantes do treinamento, a experiência foi emocionante e transformadora. “Foi um momento de troca, aprendizado e sensibilização sobre a importância do cuidado humanizado. Perceber o envolvimento e a empatia da equipe reforçou o quanto o acolhimento pode transformar o medo em confiança e o momento cirúrgico em uma oportunidade de esperança” – colocou ela com pertinência.

A cirurgiã vascular Renata Caires Sampaio, que atua no Hospital de Brotas e realiza procedimentos para tratamentos oncológicos — como a inserção de cateter venoso central totalmente implantado, utilizado na administração de quimioterapia —, reforçou o valor do acolhimento. “A paciente oncológica chega para a cirurgia carregando muitas emoções: medo, ansiedade, esperança… O cuidado humanizado transforma essa experiência, mostrando que o tratamento vai muito além do procedimento. O acolhimento da equipe de enfermagem faz toda a diferença: é o jeito de falar, o olhar, a tranquilidade que passam. Isso faz com que a paciente se sinta amparada e menos sozinha. A transmissão de calma muda completamente a experiência. Ela percebe que há uma equipe que cuida com técnica, mas também com carinho e empatia.”

A assistente social Caroline Ramos, residente em Salvador e funcionária pública do Governo do Estado da Bahia, completou 43 anos, no último 16 de outubro. Uma semana depois, estava no Centro Cirúrgico do Hospital de Brotas para uma cirurgia complexa de mama com o mastologista Marcelo Pinheiro, tratando um câncer.

Após o sucesso da cirurgia, já em casa, em repouso e recuperação, Caroline aceitou compartilhar sua história para essa matéria jornalística, apenas cinco dias após o procedimento, demonstrando leveza, simpatia e disponibilidade.

Experiências compartilhadas, mais pessoas alertadas

Mãe de Luana Vitória, com 13 anos, Caroline a amamentou por dois anos, sendo seis meses de forma exclusiva. A amamentação é um dos fatores que pode reduzir o risco do câncer de mama. Em janeiro desse ano, a mamografia feita pela assistente social, dentro do prazo regular de realização para prevenção, apresentou normalidade. Sete meses depois, em agosto, ela percebeu um nódulo, durante o autoexame. Investigou e já encontrou sinais de malignidade nos exames para diagnóstico.

“Sou servidora pública do Estado da Bahia e beneficiária do Planserv, o que me possibilitou estar no Centro Cirúrgico do Hospital de Brotas, no dia 24 de outubro de 2025, para um procedimento de mastologia. O acolhimento da equipe de enfermagem, da equipe médica — tanto do cirurgião quanto do anestesista — e da equipe de instrumentação foi excelente! O local estava extremamente preparado para me receber. Quando cheguei, havia uma música ambiente que me acolheu muito, além de uma equipe alegre e tranquilizadora.”

Acostumada a acolher outras pessoas em sua rotina profissional, Caroline fez questão de compartilhar com a família sua experiência positiva, no centro cirúrgico. “Isso é um exemplo de relações humanizadas construídas em um momento que não é tão tranquilo para o paciente. A gente fica nervoso, prestes a passar por uma cirurgia. Eu estava ansiosa e preocupada, mas fui tão bem acolhida — inclusive por profissionais que tinha acabado de conhecer, como a equipe de enfermagem. Esse conjunto fez toda a diferença para meu conforto e segurança.”

Caroline Ramos fez questão de enfatizar a importância da prevenção e do autocuidado: “Que a nossa situação sirva de alerta para tantas outras pessoas. Minha família não tem casos de câncer de mama. É uma família longeva, onde as pessoas chegam aos 90, 100 anos. Faço meus exames de forma regular. E sete meses depois de uma mamografia com laudo normal, eu descobri um câncer de mama em fase inicial o que me dá toda a chance de cura. Passei esse mês de outubro todo vivenciando e pensando na importância da prevenção. E encontrei no Hospital de Brotas um olhar além da prevenção, mas um olhar inclusivo a todas as pessoas que têm mama – como as pessoas trans – e, principalmente, de acolhimento para as pessoas em tratamento.”

Com essa ação da equipe de enfermagem do Centro Cirúrgico, dentro do simbolismo do Outubro Rosa — mas que se estende pelos 12 meses do ano —, o Hospital de Brotas, única unidade com atendimento exclusivo aos beneficiários do Planserv, reafirma seu compromisso em oferecer um atendimento que une técnica, sensibilidade, humanização e empatia, inspirando confiança e contribuindo para o conforto das pessoas que enfrentam o câncer de mama, em momentos de vulnerabilidade emocional.

Câncer de mama em números

A campanha de prevenção do Outubro Rosa é voltada a todas as pessoas com mamas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 99% dos casos de câncer de mama, registrados mundialmente, são em pessoas designadas mulheres ao nascer, e apenas 1% em pessoas designadas homens ao nascer. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) e o Ministério da Saúde estimam que, em 2025, surjam cerca de 73 mil novos casos de câncer de mama no Brasil. Em 2024, a Bahia registrou 4,3 mil novos casos da doença.

Quando o câncer é identificado em estágio inicial, as chances de cura ou sobrevida podem ultrapassar 90%. Por isso, o Outubro Rosa é, acima de tudo, uma campanha de prevenção e diagnóstico precoce — mas que também reforça a importância do acolhimento humano durante toda a jornada de quem já enfrenta o câncer de mama.

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