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Entenda por que é tão difícil tratar o Covid-19 através de medicamentos

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Apesar de várias vacinas já terem sido desenvolvidas, complexidade do vírus torna tratamento medicamentoso muito mais difícil de definir

Desde março de 2020, quando o Covid-19 assolou o mundo, a ciência vem trabalhando arduamente em formas de combater o vírus. Em menos de um ano foram desenvolvidos vários tipos de vacina, tudo com uma rapidez impressionante e em tempo recorde. Porém até hoje ainda não contamos com nenhum tipo de medicamento eficaz contra o coronavírus e seguimos sem previsão de quando isso poderá acontecer.

O que torna o tratamento medicamentoso do Covid-19 tão difícil é justamente o fato dessa ser uma doença nova, que a humanidade nunca teve de enfrentar antes. Os vírus são estruturas simples, que carregam consigo apenas material genético e proteínas, porém é justamente isso que o torna tão complexo. Uma bactéria, por exemplo, é muito mais fácil de ser controlada, já que elas são formadas por uma única célula, ou seja, através disso, já é possível encontrar antibióticos realmente eficazes contra aquela ameaça.

No caso de um vírus inédito como o coronavírus, ainda não existe nenhum medicamento desenvolvido especialmente para ele ou aprovado no seu tratamento, e esse é um processo que leva muito tempo. Não é possível arriscar qualquer tipo de remédio nas pessoas infectadas, pois isso poderia resultar em efeitos colaterais graves que são impossíveis de prever.

Sendo assim, primeiramente, a ciência estuda o vírus por um bom tempo, até ser capaz de deduzir alguns medicamentos que podem ser eficazes de diferentes formas, seja aliviando sintomas, reduzindo a replicação do vírus ou, na melhor das hipóteses, até curando a doença. É um processo de tentativa e erro, em que pouquíssimos medicamentos apresentam resultados positivos. Por exemplo, um grupo de pesquisadores ingleses e alemães testou ao todo 1.917 drogas contra o Covid-19: de quase duas mil, apenas 200 se mostraram promissoras, sendo que somente duas delas tiveram ação antiviral, sem danificar as células saudáveis.

No começo de junho, a Inglaterra intensificou seus estudos voltados para medicamentos contra o coronavírus, reunindo grande parte de seus microbiologistas e profissionais da faculdade de Biomedicina. Já foram descobertos alguns anti-inflamatórios que reduzem o risco de morte da doença, mas, ainda assim, os testes seguem inconclusivos.

Como os próprios pesquisadores apontam, os medicamentos usados para combater um tipo específico de vírus não são eficazes contra outros. Esse é um processo que levará anos de muitas pesquisas, desenvolvimento e aprovação de novas drogas, então não veremos um tratamento medicamentoso de Covid-19 tão cedo.

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