De acordo com o Censo de 2022, Campinas teve crescimento populacional de 8,3% nos últimos dez anos. Como a pesquisa ainda não foi concluída, esta é apenas uma estimativa, com base nas pessoas que já responderam aos recenseadores.
O Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Crecisp) também observou este crescimento. Segundo um estudo realizado, houve um aumento de quase 44% nas vendas e de quase 99% no número de contratos de aluguéis.
Isso significa que mais pessoas se interessam por apartamentos ou casas à venda em Campinas, se identificando com a região e por isso fixando suas moradias. Esse aumento populacional pode ser consequência de uma pesquisa da Bloom Consulting, na qual a cidade ficou entre as dez melhores para se viver.
Vendas de apartamentos em alta
Para quem decidiu realizar o sonho da casa própria, a preferência ficou com os apartamentos de 2 dormitórios e área útil de até 100 m². A média de preço paga foi R$ 250 mil.
Também ocorreram vendas de casas, ficando no valor médio de R$ 350 mil para imóveis com até 2 quartos e área útil de até 100 m².
No aluguel a preferência é pelas casas
Quando o interesse é alugar a preferência se inverte. As pessoas têm optado por casas no lugar dos apartamentos. A procura por casas ficou em 63% enquanto a por apartamentos em 37%.
O valor pago mensalmente pelo local está na média de R$ 1,7 mil para casas com até 3 dormitórios e 100 m² de área útil. Quando se fala nos apartamentos, o valor baixa um pouco, para R$ 1,2 mil e a opção por imóveis com até 2 quartos e a mesma área útil.
Para garantir o pagamento, e fechar negócio, a maioria dos interessados optou pelo seguro fiança.
Região preferida e modalidade de compra
Tanto na compra quanto no aluguel houve maior interesse em viver na periferia, um pouco mais distante da região central da cidade. Na compra a média ficou em 47,8%, já no aluguel em 51%.
Em seguida estão as áreas nobres, com maior procura na compra (28,1%), apesar de a média ser muito próxima no aluguel (26,5%). Por último, com menor interesse, está a região central de Campinas.
No aluguel, quase metade das pessoas se mudaram para imóveis com um valor mais baixo pago mensalmente. Já na compra, a modalidade mais utilizada foi o financiamento.
33,8% dos imóveis foram financiados pela Caixa Econômica, 21,7% foram pagos à vista, 21,3% parcelados direto com o proprietário e 6,8% foram adquiridos por meio do consórcio. Também há uma pequena parcela, de 16,4%, que optou por financiar por meio de outros bancos.
Mês com mais vendas e locações em 2022
A pesquisa do Crecisp também considerou o aumento ou queda das vendas e aluguel mês a mês em 2022. O mês com maior porcentagem de vendas foi dezembro, com +43,44%. Já no aluguel, o maior aumento ocorreu em outubro, com +323,47%.
Os valores mostram a chegada de novos moradores na cidade. Outubro pode ter tido esse maior volume de aluguéis exatamente por isso. Em dezembro, quem decidiu se estabelecer a longo prazo na região pode ter optado por realizar o sonho da casa própria e deixar o aluguel de lado.
Outro motivo que pode ter levado as pessoas a comprarem os imóveis em dezembro, principalmente na modalidade de financiamento, foi a leve variação da Taxa Selic. Como ela influencia nos juros, pode ter surgido o medo de um aumento gradativo para 2023, o que poderia adiar ainda mais a compra do imóvel.