Saber do que se trata cada uma é fundamental para a formação do futuro médico e para sua carreira em longo prazo
Uma jornada de estudos que já começa nos vestibulares mais concorridos, o trajeto para se tornar um médico é duro e exige muito estudo e dedicação. Mesmo chegando ao fim da graduação, o futuro médico ainda precisa escolher um caminho entre tantos disponíveis, fazendo uma especialização ou residência médica para se tornar um médico especialista.
Afinal, ao terminar a faculdade já formado, o médico é um generalista. Isto é, ele sabe um pouco sobre cada especialidade, como cardiologia, ortopedia e oftalmologia, por exemplo. Porém, não está aprofundado em nenhuma delas. Para tanto, precisa fazer uma pós-graduação, que na medicina pode ser tanto a especialização como a residência.
Qual a diferença entre especialização e residência médica?
A diferença entre elas começa pela carga horária. A residência médica é um dos meios mais tradicionais para chegar à especialização. Sua carga horária é de cerca de 3.000 horas, o que demanda entre 2 e 3 anos para ser cumprida. Nela, o médico formado atua em um hospital ou em uma clínica de sua escolha, com supervisão de médicos especialistas na área, de forma prática.
Já a especialização médica é um curso de pós-graduação lato sensu, sem carga horária e trabalho intensivo da residência. Nela, o médico que deseja se aprofundar em um campo do conhecimento da medicina estuda em uma determinada instituição de ensino que ofereça o curso, ou seja, é muito mais teórico do que prático.
Especialização não garante título de especialista
Contudo, o médico que se forma especialista através de uma especialização não sai prontamente com o título, ao contrário do que ocorre com o médico que faz residência. O médico que faz a especialização sai com o título de pós-graduação, mas não de especialista, e precisa fazer uma prova de título reconhecida pela Associação Médica Brasileira para tanto.
O que levar em conta na hora de escolher
A residência exige muito mais do médico, a começar pelo ingresso em um programa. Afinal, não são todos os hospitais que oferecem a oportunidade, o que torna o processo muito concorrido. O candidato deve passar por prova teórica, prática, análise curricular e entrevista ao final para só então ser aprovado.
Além disso, a carga horária é grande e envolve plantões e turnos extensos de trabalho, muitas vezes. Para ajudar, o estudante que consegue residência em um hospital público pode contar com uma bolsa do governo. Instituições particulares também costumam oferecer o incentivo, embora não represente um vínculo empregatício.
A escolha deve levar em conta o planejamento de carreira
Comparando uma com a outra, a especialização é mais rápida em duração e com menor carga horária, porém não garante o título. Além disso, é paga pelo médico na forma de uma mensalidade. Já a residência precisa de muito mais dedicação, mas é recompensada com ampla aceitação no mercado, por ser uma das maneiras mais tradicionais de se especializar.
Nada impede, porém, que o médico faça as duas, a depender dos seus objetivos. Mas deve, no entanto, dar o primeiro passo. Isso significa buscar provas para ingressar na residência. Dentre elas, a residência médica PSU-MG é uma ótima opção. Contando com mais de mil vagas, é um processo unificado que reúne dezenas de instituições.