Jurídico e Direito
Empréstimo com garantia de processo trabalhista: 4 coisas para saber antes de aderir
Modalidade permite antecipar valores de ações judiciais, mas exige atenção a riscos e condições contratuais
Em um cenário econômico desafiador, muitos trabalhadores encontram no processo judicial trabalhista uma possível fonte de alívio financeiro, mesmo antes da sentença final. O empréstimo com garantia de processo trabalhista surge como uma alternativa para quem precisa de recursos imediatos e ainda aguarda a conclusão de uma demanda na Justiça do Trabalho. Porém, apesar das vantagens, essa operação exige cautela e conhecimento prévio sobre seu funcionamento.
O que é o empréstimo com garantia de processo trabalhista?
Essa modalidade de crédito permite ao trabalhador utilizar como garantia o valor estimado de uma ação trabalhista ainda em tramitação. Na prática, o reclamante oferece os direitos financeiros que pretende receber ao final do processo como forma de assegurar o pagamento do empréstimo.
Trata-se de uma linha de crédito voltada principalmente para quem já tem um processo judicial em andamento e está aguardando a liberação dos valores, mas precisa de dinheiro com urgência.
Geralmente, essa operação ocorre por meio de uma Cédula de Crédito Bancário (CCB) firmada entre o credor e o trabalhador. Com isso, é possível antecipar o recebimento do valor estimado da causa, ainda que sujeito à avaliação da instituição financeira.
Apesar de ser uma opção interessante para quem busca liquidez imediata, o empréstimo com garantia judicial deve ser encarado com seriedade, especialmente por envolver um processo ainda indefinido. Veja a seguir os quatro pontos que merecem atenção.
- Escolha da instituição financeira
O primeiro passo é selecionar uma empresa especializada e confiável. Nem todas as instituições oferecem essa linha de crédito, e é essencial garantir que o agente financeiro seja autorizado a operar esse tipo de produto.
Além disso, pesquise a reputação da empresa, confira avaliações de outros clientes e verifique se há registros em órgãos de defesa do consumidor. Transparência e clareza nas condições apresentadas são fatores fundamentais.
- Envio e análise de documentos
Após escolher a instituição, será necessário encaminhar toda a documentação relacionada ao processo trabalhista. Isso inclui a petição inicial, o número da ação, decisões judiciais já emitidas, entre outros dados. Esses documentos serão utilizados para avaliar o potencial de ganho da causa e estimar o valor que poderá ser antecipado.
Esse procedimento é técnico e detalhado, o que torna essencial o acompanhamento do advogado responsável pelo caso. Ele poderá auxiliar na seleção dos documentos e na negociação dos termos, garantindo que a operação seja viável e segura.
- Avaliação e negociação das condições
Com os documentos em mãos, a instituição fará uma análise criteriosa da ação, considerando fatores como a fase processual, valores envolvidos e histórico de decisões. Com base nessa análise, a empresa irá propor as condições do empréstimo, incluindo taxas de juros, prazos de pagamento, valores antecipáveis e cláusulas de quitação.
Nesse momento, é importante comparar as ofertas disponíveis no mercado e questionar todos os encargos incluídos no contrato. Embora o acesso ao crédito seja facilitado, os juros praticados costumam ser elevados, refletindo os riscos da operação.
- Assinatura do contrato e liberação do valor
Após a aprovação e aceite dos termos, o contrato é formalizado e o valor acordado é liberado para o trabalhador, geralmente em conta bancária. A partir daí, o tomador passa a cumprir com as obrigações financeiras previstas, mesmo que o processo ainda esteja em andamento. Em alguns casos, caso o resultado da ação seja desfavorável, o empréstimo precisará ser quitado por outros meios.
Além disso, é possível que o contrato preveja a necessidade de quitação antecipada caso o valor final do processo seja inferior ao estimado, o que exige atenção redobrada às cláusulas contratuais.
Antes de assinar qualquer contrato, informe-se sobre as condições, avalie os riscos e, se possível, consulte seu advogado para garantir que a decisão seja tomada de forma consciente e segura.
Antecipar um direito futuro pode ser uma solução prática, desde que feita com responsabilidade e planejamento. Tendo isso em mente, em alguns casos, a venda do processo trabalhista pode ser uma alternativa mais segura ao empréstimo, pois transfere definitivamente o risco da ação para o comprador, evitando a necessidade de pagamento futuro em caso de resultado desfavorável.
Jurídico e Direito
Profissionais do Direito se reinventam diante da LGPD, Marco Civil da Internet e Código do Consumidor
À medida que o mundo digital redefine, as relações de consumo, comunicação e negócios, três leis brasileiras têm se tornado pilares essenciais para a atuação jurídica contemporânea: a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o Marco Civil da Internet e o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Mais do que regras, essas normas representam uma mudança de cultura, exigindo das empresas e dos profissionais do Direito uma nova compreensão sobre privacidade, responsabilidade e ética digital.
De acordo com Danilo da Silva Oliveira Melo, advogado e empreendedor com 13 anos de experiência em Direito Digital, Contratos, Direito Empresarial, Direito do Consumidor e Proteção de Dados (LGPD), o momento é de profunda transformação.
“A LGPD trouxe uma revolução silenciosa: empresas de todos os portes agora precisam entender que dados pessoais são um ativo importantíssimo dos seus negócios, mas que regras de utilização e gestão destes dados, precisarão ser observadas. Isso abriu um campo vasto de atuação para advogados que saibam unir técnica jurídica e visão de negócio”, explica.
A Lei Geral de Proteção de Dados, em vigor desde 2020, estabeleceu diretrizes rigorosas para o tratamento de informações pessoais, impondo às empresas o dever de garantir transparência, segurança e finalidade legítima no uso de dados. Já o Marco Civil da Internet, conhecido como a “Constituição da Internet brasileira”, assegura liberdade de expressão e neutralidade da rede, definindo responsabilidades para provedores e plataformas. O Código do Consumidor, por sua vez, tem sido reinterpretado à luz do ambiente digital, com atenção especial ao comércio eletrônico e às relações mediadas por aplicativos e marketplaces.
Segundo Danilo, a convergência dessas normas demanda uma atuação mais estratégica e multidisciplinar dos advogados.
“O profissional jurídico que deseja se destacar precisa compreender não apenas a letra da lei, mas também o ecossistema digital, da gestão de dados ao marketing de influência. O cliente hoje está na internet, e o Direito precisa estar lá também”, destaca.
Além de comandar seu escritório, Danilo Melo lidera o programa “Formação Mercado Digital para Advogados”, iniciativa voltada à capacitação de profissionais interessados em atuar na chamada Creator Economy – o mercado que movimenta influenciadores, produtores de conteúdo e marcas nas redes sociais.
“Os criadores de conteúdo são os novos empreendedores digitais, e eles, assim como qualquer negócio, também precisam de assessoria jurídica especializada. Saber interpretar o Marco Civil, a LGPD e o Código do Consumidor dentro desse contexto, é o futuro do Direito Digital”, afirma.
Com a rápida evolução tecnológica, a atuação dos advogados brasileiros passa a ir muito além dos tribunais: ela se expande para os bastidores da inovação, das plataformas digitais e das relações de consumo online. Um campo em que ética, estratégia e tecnologia caminham lado a lado, onde profissionais como Danilo da Silva Oliveira Melo se tornam referência de uma advocacia alinhada ao tempo presente.
Jurídico e Direito
Benner Jurídico é destaque durante a Fenalaw 2025
– Recursos de automação inteligente, análise preditiva e IA conversacional, ampliam eficiência, precisão e capacidade analítica dos departamentos jurídicos, fortalecendo a governança e a tomada de decisão baseada em dados
– Evento ocorre entre os dias 22 e 24 de outubro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo
Com o objetivo de ampliar a agilidade e possibilitar uma atuação mais analítica e estratégica aos departamentos jurídicos, a Benner, uma das principais fornecedoras de soluções em software e serviços para gestão empresarial no Brasil, apresentará durante a Fenalaw 2025 os novos recursos de automação inteligente, análise preditiva e IA conversacional da plataforma Benner Jurídico. O evento, considerado o principal hub de inovação e negócios do setor jurídico na América Latina, acontece entre os dias 22 e 24 de outubro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.
A presença da Benner na Fenalaw ocorre em um momento de consolidação do uso de tecnologia no meio jurídico. À medida que departamentos jurídicos ampliam o investimento em automação e dados para lidar com o aumento do volume de processos e demandas de governança, a companhia busca demonstrar como suas soluções acompanham essa evolução. O Benner Jurídico vem sendo desenvolvido com base em modelos de inteligência artificial e automação voltados à análise preditiva e à padronização de fluxos, em linha com o movimento de transformação digital da gestão jurídica nas empresas brasileiras.
De acordo com a vice-presidente de Operações da Benner, Lucrécia Oliveira, a Fenalaw representa um espaço estratégico para demonstrar como a tecnologia está transformando o papel dos departamentos jurídicos. “O evento é um ponto de encontro essencial para quem acompanha a transformação digital do Direito. Nossa participação busca mostrar, na prática, como a automação e a inteligência artificial estão se tornando parte do cotidiano jurídico, apoiando a tomada de decisão e fortalecendo a governança. Acreditamos que a tecnologia deve atuar como um instrumento para ampliar a eficiência, a transparência e a previsibilidade nas operações jurídicas”, afirma a executiva.
Novas funcionalidades ampliam automação e integração da plataforma
Entre as novidades que serão apresentadas no estande da empresa, estão ferramentas de automação de cadastros processuais, preenchimento e validação de pagamentos, classificação e resumo automático de documentos e processos, análise de dados para geração de insights e IA conversacional integrada ao sistema. A solução também passa a oferecer integração com o Microsoft 365, módulo de internacionalização e melhorias que ampliam a escalabilidade e o controle de fluxos jurídicos em empresas de médio e grande porte.
Com foco em produtividade e padronização, as atualizações do Benner Jurídico foram projetadas para atender às demandas crescentes de automatização e controle de riscos em empresas com alto volume de processos. A solução executa tarefas repetitivas, como leitura de andamentos, análises contratuais e conferência de documentos, liberando as equipes para atividades de maior valor agregado. Além disso, modelos preditivos ajudam a identificar tendências e possíveis desfechos judiciais, contribuindo para uma atuação preventiva e baseada em dados.
Segundo o diretor da vertical jurídica da Benner, Magno Alves, o lançamento na Fenalaw reforça o papel da empresa como parceira de transformação digital no setor. “Nosso objetivo é apoiar as organizações na transição de uma gestão reativa para uma atuação estratégica, orientada por dados e inteligência artificial. A Fenalaw é o ambiente ideal para compartilhar essa visão, estabelecer novas parcerias e demonstrar como nossas soluções evoluíram para atender às necessidades de um mercado jurídico em expansão e cada vez mais analítico”, explica o executivo.
Palestras e painéis
Além da exposição no estande, a Benner também participará da programação de palestras e painéis da Fenalaw 2025. A companhia levará à agenda do evento discussões sobre a aplicação prática da inteligência artificial e da automação em departamentos jurídicos corporativos, abordando temas relacionados à eficiência operacional, cultura digital e estratégias de transformação nas grandes empresas.
No dia 22 de outubro, às 14h, durante o congresso da Fenalaw, a vice-presidente de Operações, Lucrécia Oliveira, participa da apresentação do case “Petrobras – Do Compliance à Inteligência: a Nova Era da Governança Digital”, ao lado de Marco Aurélio Ferreira Martins, gerente geral de Eficiência Jurídica da Petrobras. A sessão integra a programação da sala “Departamento Jurídico” e mostrará como grandes corporações estão utilizando tecnologia para aprimorar processos de compliance e gestão de dados jurídicos.
Já no dia 23 de outubro, às 18h, o gerente de mercado da vertical jurídica da Benner, Christian Klug, será um dos participantes do painel “Transformando o Contencioso: Implantação, Cultura e Estratégia nas Grandes Empresas”, no espaço Fenatalks Inovação, aberto ao público geral. O debate reunirá representantes de empresas e escritórios para discutir como o uso de dados e automação vem alterando o papel dos times jurídicos e exigindo novas competências de gestão e análise.
Para Lucrécia Oliveira, a presença da Benner na Fenalaw reflete o compromisso da companhia em acompanhar de perto as transformações do setor. “O evento é um espaço de diálogo que conecta tecnologia, gestão e Direito. Estar presente nessa discussão é essencial para entender as demandas do mercado e, ao mesmo tempo, compartilhar experiências que mostram como a inovação pode fortalecer a governança e a tomada de decisão nos departamentos jurídicos”, finaliza a executiva.
Serviço
Evento: Fenalaw 2025
Data: 22 a 24 de outubro de 2025
Local: Centro de Convenções Frei Caneca, São Paulo (SP)
Endereço: Rua Frei Caneca, 569 – Consolação
Estande Benner: 5º andar, nº 534
Sobre a Benner
Entre as maiores fornecedoras brasileiras de soluções em software de gestão, serviços e transformação de processos, com foco nos mercados de saúde; jurídico; RH; logística e supply chain; ERP; e turismo corporativo. São mais de 2 mil colaboradores, que atuam nos três centros de desenvolvimento de tecnologia e em escritórios localizados em São Paulo, Barueri (SP); Brasília (DF); Goiânia (GO); Blumenau (SC); Maringá (PR); João Pessoa (PB); e Rio de Janeiro (RJ), além de canais de venda nos principais polos econômicos nacionais.
Jurídico e Direito
Candidato à presidência do Tribunal de Justiça da Bahia, Desembargador José Rotondano, apresenta propostas de gestão
Com 41 anos dedicados ao sistema jurídico, o atual Conselheiro do CNJ apresenta sua experiência e projetos para disputar as eleições no dia 19 de novembro
O Desembargador José Edivaldo Rocha Rotondano, candidato à presidência do Tribunal de Justiça da Bahia, apresentou nesta quinta-feira (23) as propostas e projetos que pretende implementar caso seja eleito para presidir o Poder Judiciário baiano no biênio 2026/2027. Com 41 anos dedicados ao ecossistema jurídico, Rotondano tem na sua trajetória experiências como presidente do Tribunal Eleitoral Regional (TRE-BA), Corregedor Geral do TJ-BA e Conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cargo que ocupará até janeiro de 2026.
Estruturado em 13 eixos, o plano de gestão do Desembargador Rotondano propõe uma administração em que o corpo funcional do Judiciário seja protagonista do processo, com investimentos na cultura e clima organizacionais. “Um ambiente de trabalho saudável é fundamental para que o serviço entregue à população seja aprimorado e, com isso, a Justiça seja ainda mais presente na vida das pessoas”, aponta o Desembargador.
Entre suas propostas, há uma atenção especial para a redução da morosidade processual, um dos pontos mais sensíveis para a sociedade. Destacam-se as iniciativas de ampliação do quadro de servidores dos gabinetes dos magistrados e magistradas, realização de novos concursos e implantação de centrais regionais para agilização processual.
A profissionalização da comunicação institucional é também uma prioridade para Rotondano, que se inspira nas experiências de outros Poderes, como o Executivo, para propor um diálogo ainda mais transparente, seguro e coeso. “A tecnologia vem modificando as relações sociais e na comunicação o impacto é ainda maior. Vamos priorizar o diálogo institucional com todos os atores sociais, aproximando ainda mais o Judiciário das pessoas”, contextualiza.
O ecossistema jurídico vive uma verdadeira transformação com a implantação da inteligência artificial generativa, por isso os temas da tecnologia e da inovação também surgem como prioridade no plano de gestão. Para o candidato a presidente do TJ-BA, é preciso investir no uso da IA de forma responsável, com os cuidados éticos que a ferramenta exige. “Temos que explorar o potencial humanizador das IAs, na medida que elas contribuem para tornar processos mais eficientes e práticos e, desta forma, os magistrados e servidores conseguem focar no que é essencial e nunca deixará de ser uma atividade humana”, explica.
Em seu projeto para o Tribunal, o Desembargador José Rotondano reafirma a importância de o Poder Judiciário ter uma atenção especial à população mais vulnerável, com o combate à violência doméstica, investimentos na área da infância e juventude, e na promoção da cultura da sustentabilidade. “Vamos aproximar a população do serviço judiciário, com uma linguagem simples e direta, disponibilizando uma estrutura de atendimento ao cidadão e à cidadã em cidades onde não há comarca instalada”, finalizou.
As eleições do TJ-BA estão marcadas para 19 de novembro e contará com 63 Desembargadores e Desembargadoras aptos e aptas para votar. Para ser eleito(a), o(a) candidato(a) precisa obter maioria absoluta dos votos. Se necessário, a eleição será definida em dois turnos.
Recentemente, o Conselho Nacional de Justiça garantiu a candidatura da Desembargadora Pilar Celia Tobio de Claro, que faz parte do grupo político de Rotondano, para o cargo de Corregedora do Foro Extrajudicial. Além dela, o grupo conta com as candidaturas do Desembargador Josevando de Andrade para a 1ª Vice-Presidência; do Desembargador Mario Albiani, para a 2ª Vice-presidência; além da Desembargadora Maria de Lourdes Medauar, para a Corregedoria Judicial. Apoiam a chapa a atual presidente do Tribunal, Desembargadora Cynthia Maria Pina Resende, e o seu antecessor, Desembargador Nilson Castelo Branco.
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