** Entre 2019 e 2020, o número de galináceos no estado cresceu 0,5% e chegou a 47,7 milhões de animais, maior quantidade em 46 anos;
** Com o segundo maior aumento absoluto do país, rebanho baiano de ovinos também bateu recorde em 2020, chegando a 4,7 milhões de animais. Estado se manteve o líder do Brasil nesse efetivo, e os três municípios do país com mais ovinos estão na Bahia: Casa Nova, Remanso e Juazeiro;
** Em 2020, a Bahia também sustentou o maior rebanho de caprinos do Brasil (3,6 milhões de cabeças) e tinha 3 entre os 4 municípios brasileiros com maiores efetivos: Casa Nova (1º), Juazeiro (3º) e Curaçá (4º);
** Rebanho bovino voltou a diminuir na Bahia em 2020 (-4,6%), teve a segunda maior retração absoluta do país (menos 466,2 mil animais) e chegou a 9,7 milhões de cabeças – o menor quantitativo em 20 anos (desde 2000);
** Produção de ovos de galinha na Bahia voltou a crescer em 2020, chegou a 97,0 milhões de dúzias e foi a segunda maior para o estado em 46 anos;
** Entre 2019 e 2020, a Bahia foi o estado com os maiores aumentos absolutos na produção e no valor gerado pelo mel, que chegaram, respectivamente, a 5,0 mil toneladas e R$ 51,8 milhões;
** O mel puxou o aumento de 37,7% no valor total da produção da pecuária no estado, de 2019 para 2020. Foi a maior taxa anual de crescimento em 26 anos, que levou à geração de R$ 2,2 bilhões, também um recorde desde o início do Real;
** As informações são da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), do IBGE.
De 2019 para 2020, 5 dos 8 rebanhos investigados na Bahia pela Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), do IBGE, mostraram reduções de efetivos, com destaque para o bovino. Ainda assim, dentre os 3 rebanhos que cresceram, 2 bateram novos recordes: o de galináceos e o de ovinos.
Já dentre os 4 produtos de origem animal acompanhados pela pesquisa no estado, 3 tiveram aumentos quantitativos. O destaque em termos de avanço ficou com o mel de abelha, enquanto a produção de leite foi a única que recuou entre 2019 e 2020.
Apesar da queda no leite, o valor total da produção animal na Bahia avançou de forma significativa no ano passado. Teve a maior taxa de crescimento (+37,7%) e o maior aumento absoluto (mais R$ 592,5 milhões) em 26 anos (desde a implantação do Real, em 1994) e atingiu um novo recorde: R$ 2,2 bilhões. Todos os 4 produtos tiveram aumento do valor gerado, entre 2019 e 2020.
O valor da aquicultura baiana também cresceu em 2020, pelo segundo ano seguido (+17,0% frente a 2019), indo a R$ 171,6 milhões, o patamar mais elevado desde que a atividade passou a ser investigada pela PPM, em 2013.
Dentre os efetivos da pecuária, um dos principais destaques positivos na Bahia foi, mais uma vez, para os galináceos (grupo que engloba frangos para corte e galinhas poedeiras). Entre 2019 e 2020, o plantel desses animais no estado aumentou de 47,5 milhões para 47,7 milhões, a uma taxa de 0,5%, que representou mais 230 mil cabeças em um ano.
Foi apenas o 14º maior crescimento do país em números absolutos, mas fez com que o efetivo baiano de galináceos quebrasse o recorde anterior e atingisse, no ano passado, seu maior patamar nos 46 anos da PPM, que começou em 1974.
O aumento no número de galináceos em 2020 foi o segundo consecutivo, puxado pelo crescimento do efetivo de galinhas poedeiras (para produção de ovos), que passou de 6,05 milhões para 6,84 milhões de animais entre 2019 e 2020 (+13,2%). Por outro lado, o efetivo destinado ao abate mostrou leve recuo, de 41,4 milhões para 40,9 milhões de animais (-1,4%).
Com o resultado positivo dos galináceos entre 2019 e 2020, a Bahia superou Mato Grosso (47,2 milhões de animais em 2020), passando do 8º para o 7º maior efetivo do país, respondendo por 3,2% do total nacional, que foi de 1,5 bilhão de cabeças (+1,5% em relação a 2019).
Tanto em 2019 quanto em 2020, Barreiras (7,2 milhões de animais), Conceição da Feira (3,3 milhões) e Luís Eduardo Magalhães (3,2 milhões) foram as cidades com os maiores plantéis de galináceos na Bahia.
De 2019 para 2020, Varzedo teve o maior aumento no número de galináceos no estado. Em um ano, o efetivo do município cresceu 43,7%, de 1,1 milhão para 1,6 milhão. Com o resultado, Varzedo passou a ter o 9o maior plantel de galináceos da Bahia, no ano passado (em 2019, era o 11o).
Eunápolis também foi um destaque positivo, com aumento de 23,8% no efetivo de galináceos (de 2,0 milhões para 2,5 milhões, entre 2019 e 2020), passando da 7a para a 4a posição no ranking baiano.
Com segundo maior aumento absoluto do país, rebanho baiano de ovinos também bateu recorde em 2020, chegando a 4,7 milhões de animais
Entre 2019 e 2020, a Bahia teve os segundos maiores aumentos absolutos do país nos efetivos de ovinos (mais 210,1 mil ovelhas, carneiros e borregos, ou +4,7%) e caprinos (mais 140,9 mil bodes, cabras e cabritos, ou +4,0%). Os avanços ficaram abaixo apenas dos verificados em Pernambuco (mais 346,0 mil ovinos, ou +11,7%, e mais 183,2 mil caprinos, +6,2%).
Com os bons resultados, a Bahia manteve a sua posição de líder nacional nesses dois rebanhos de médio porte, com 4,7 milhões de ovinos e 3,6 milhões de caprinos em 2020. Mais que isso, o efetivo baiano de ovinos no ano passado estabeleceu um novo recorde para o estado, sendo o maior desde o início da realização da PPM, em 1974.
Em 2020, a Bahia respondeu por por 22,8% de todos os 20,6 milhões de ovinos do Brasil e por 30,1% do rebanho brasileiro de caprinos, de 12,1 milhões de animais.
O município baiano de Casa Nova lidera nacionalmente nos dois rebanhos, com os maiores efetivos de caprinos (538,0 mil) e ovinos (468,1 mil animais) do Brasil.
No caso dos caprinos, Juazeiro (360,0 mil cabeças) fica em 2º lugar na Bahia e tem o 3º maior efetivo nacional, enquanto Curaçá (282,5 mil animais) tem o 3º maior efetivo baiano e o 4º maior do Brasil.
Já entre os ovinos, a Bahia tinha, em 2020, os 3 maiores rebanhos do país. Depois de Casa Nova (468,1 mil animais), vinham Remanso (308,8 mil) e Juazeiro (293,2 mil). Os dois últimos municípios ganharam, cada um, uma posição no ranking nacional, frente a 2019.
Entre 2019 e 2020, rebanho bovino baiano teve a 2ª maior redução do país e chegou a 9,7 milhões de animais – menor quantidade em 20 anos
Após ter tido, em 2019, o seu primeiro aumento após cinco anos de queda, em 2020 o rebanho bovino baiano voltou a encolher. No ano passado, a Bahia tinha 9,7 milhões de cabeças de gado, 4,6% a menos do que em 2019, o que representou menos 466,2 mil bovinos em um ano.
O estado teve, entre 2019 e 2020, a segunda maior queda do país no efetivo bovino, tanto em números absolutos, quanto no percentual. Apenas o Rio Grande do Sul teve índices piores, com uma redução de 840,1 mil bovinos no período (-7,0%).
Como resultado da diminuição, o efetivo baiano de bovinos em 2020 (9,7 milhões de animais) foi o menor em 20 anos, desde 2000, quando o rebanho era de 9,6 milhões de cabeças.
Mesmo com a grande queda, em 2020, o rebanho bovino da Bahia seguiu sendo o 9º maior do país, representando 4,5% das 218,2 milhões de cabeças de gado existentes no Brasil (efetivo 1,5% maior que o de 2019).
O maior rebanho da Bahia, tanto em 2019 quanto em 2020, estava em Itamaraju (169,0 mil cabeças no ano passado). De 2019 para 2020, Itarantim subiu de 4º para 2º maior efetivo de bovinos no estado (144,2 mil), enquanto Itanhém caiu de 2º para 3º lugar (143,6 mil animais).
Apesar da queda geral no rebanho bovino baiano, 100 municípios do estado viram seus efetivos crescerem entre 2019 e 2020. Dentre eles o destaque ficou com Correntina, que teve o segundo maior aumento absoluto (de 98.033 para 132.371 animais) e passou, em um ano, da 13ª para a 5ª posição no ranking estadual.
Entre 2019 e 2020, a Bahia teve os maiores aumentos absolutos do país na produção e no valor do mel
Entre 2019 e 2020, pelo segundo ano consecutivo, a produção baiana de mel teve um importante aumento, passando de 3,7 mil toneladas para o recorde de 5,0 mil toneladas (+35,1%). Houve um incremento de mais 1.302 toneladas de mel em um ano, o maior crescimento absoluto na produção de mel dentre os estados brasileiros e o 5º maior aumento percentual.
Com isso, a Bahia passou de 7º a 4º maior produtor de mel do país, sendo responsável por 9,7% do total nacional, que foi de 51,5 mil toneladas em 2020 (em 2019, a Bahia era responsável por 8,1% do total nacional).
À frente da Bahia na produção de mel, em 2020, estavam apenas Paraná (7,8 mil toneladas ou 15,2% do total nacional), Rio Grande do Sul (7,4 mil toneladas ou 14,5%) e Piauí (5,7 mil toneladas ou 11,0%).
Em 2020, os três maiores produtores baianos de mel foram os municípios de Campo Alegre de Lourdes (592 toneladas, o 5o maior produtor de mel do Brasil), Jeremoabo (521 toneladas) e Ribeira do Pombal (361,3 toneladas). Este último apresentou o quarto maior aumento absoluto do país, com uma produção que mais que triplicou, de 110 para 361,3 toneladas em um ano.
O valor de produção do mel na Bahia também teve o maior crescimento do país, entre 2019 e 2020. No ano passado, o mel gerou R$ 51,8 milhões no estado, montante que mais do que dobrou frente ao ano anterior, quando havia sido de R$ 24,0 milhões (mais R$ 27,8 milhões, ou +115,6%).
Produção de ovos de galinha na Bahia voltou a crescer, chegou a 97,0 milhões de dúzias e foi a segunda maior para o estado em 46 anos
Após ter apresentado queda entre 2018 e 2019, a produção de ovos de galinha na Bahia voltou a crescer em 2020. No ano passado, foram produzidas 97,0 milhões de dúzias de ovos, 15,5% a mais do que em 2019 (+13,0 milhões de dúzias). Foi a segunda maior produção de ovos no estado desde o início da série histórica da PPM, em 1974, abaixo apenas da verificada em 2003 (105,1 milhões de dúzias).
O crescimento da produção baiana de ovos, de 2019 para 2020, foi o 4º maior do país em números absolutos, ficando atrás apenas de São Paulo (mais 47,5 milhões de dúzias), Santa Catarina (mais 23,2 milhões de dúzias) e Rio Grande do Sul (13,1 milhões de dúzias). Em percentagem, a Bahia apresentou o 3º maior crescimento, inferior apenas aos de Distrito Federal (64,0%) e Mato Grosso do Sul (22,5%).
Os principais municípios produtores de ovos de galinha na Bahia, em 2020, foram Barreiras (13,3 milhões de dúzias), Eunápolis (10,9 milhões de dúzias) e Entre Rios (10,6 milhões de dúzias).
De um ano para o outro, Eunápolis teve o maior aumento absoluto na produção de ovos no estado: o total quase se multiplicou por 8, passando de 1,4 milhão para cerca de 11,0 milhões de dúzias. Com isso, o município subiu da 12ª para a 2ª posição no ranking estadual, superando Entre Rios.
A Bahia é apenas o 11º maior produtor de ovos de galinha no Brasil, respondendo por 2,0% das 4,8 bilhões de dúzias produzidas no país em 2020.
Em 2020, o valor da produção de ovos na Bahia também aumentou 43,1%, chegando a R$ 454,2 milhões.
Em 2020, produção baiana de leite caiu, mas produtividade teve leve aumento (+3,4%) e chegou a novo recorde: 1,38 mil litros/vaca ordenhada
Em 2020, a produtividade do leite na Bahia avançou pelo 8o ano consecutivo (cresce desde 2013) e atingiu 1,38 mil litros por vaca ordenhada, um novo recorde para o estado, em 46 anos de investigação.
O avanço de 3,4% na produtividade do leite baiano em relação a 2019 (quando haviam sido produzidos 1,34 mil litros por vaca) se deu em consequência de uma queda maior no total de vacas ordenhadas (de 799,3 mil para 769,7 mil ou -3,7%) do que na produção leiteira (de 1,069 bilhão de litros para 1,065 bilhão, ou -0,4%).
Entretanto, apesar dos incrementos recentes, a produtividade do leite na Bahia ainda é praticamente a metade da média nacional, de 2,2 mil litros por vaca ordenhada em 2020, e quase um 1/3 do rendimento alcançado pelos líderes nacionais nesse indicador: Santa Catarina (3,7 mil litros por vaca) e Rio Grande do Sul (3,7 mil litros por vaca).
Em 2020, os municípios de Itarantin (41 milhões de litros), Medeiros Neto (29 milhões de litros) e Macarani (27 milhões de litros) se mantiveram como os três maiores produtores de leite do estado.